Guia21 recomenda Lucky, Verão 1993, a exposição de Jorge Aguiar e a música de Gil

Milton Ribeiro

O norte-americano Lucky e o espanhol Verão 1993 são os destaques dentre os lançamentos nos cinemas.

Além de ser um excelente filme sobre a solidão e a morte, Lucky tem atrativos extras: o fato de ser o último filme do grande Harry Dean Stanton — o primeiro em que é protagonista, aos quase 90 anos — e a volta aos cinemas de David Lynch, desta vez como ator. 

Verão 1993 é também sobre a morte, ou sobre a perda. Frida perde seus pais e é obrigado a morar com os tios em outra cidade. Em parte autobiográfico, o filme não é lacrimoso. A câmera subjetiva comandada pela diretora Carla Simón funciona maravilhosamente e nos atinge direto. O filme registra mais incertezas e confusões do que tristezas.

Fora dos cinemas, temo a exposição de fotografia documental de Jorge Aguiar. A bela exposição Jorge Aguiar 4.2 está nas Salas Negras do Margs.

Complementando, não esqueçam que tem Gilberto Gil, com Refavela, no Bourbon Country, domingo. 

Abaixo, maiores detalhes de tudo isso e muito mais.

Este pequeno Guia é um resumo. Não se trata de uma programação completa, mas de recomendações dos melhores espetáculos que assistimos. O critério é a qualidade. Se você tiver sugestões sobre o formato e conteúdo de nosso guia, por favor, comente. Boa semana! De segunda a sexta, atualizamos nosso Guia21 com a programação do que acontece em POA.

Cinema – Estreias

Lucky (****)
(Lucky), de John Carroll Lynch, EUA, 2017, 88 min


Depois de fumar por muito mais tempo que todos os seus conterrâneos, o velho ateu Lucky, de 90 anos, está no fim de seus dias, apenas esperando a morte. Vivendo em uma cidade no deserto, ele inicia sua última atividade antes de partir: autoexplorar-se. este drama tragicômico que marca a estreia do ator John Carroll Lynch (um coadjuvante por excelência, visto em filmes como Zodíaco, 2007, e Ilha do Medo, 2010) como realizador é uma verdadeira pérola a ser descoberta, que tem muito da sua força em uma atuação estelar do saudoso Harry Dean Stanton, que se foi deixando como adeus uma obra inequivocamente à altura do seu gigantesco talento. Pois é triste perceber que foi preciso chegar ao fim de uma jornada de exatos 200 créditos (!) no cinema e na televisão para que Harry Dean Stanton surgisse não só como protagonista, mas como um leading man do qual os olhos do espectador não conseguem se afastar. Assim como seu intérprete, Lucky é um nonagenário orgulhoso da sua trajetória, ciente de sua condição e sem vontade alguma de se despedir. Porém, há forças que não podem ser vencidas. (Com o Papo de Cinema).


No Guion Center 3, às 15h50, 17h30 e 19h10

Verão 1993 (****)
(Estiu 1993), de Carla Simón, Espanha, 2017, 97 min


Espanha, verão de 1993. Após a morte da mãe, a menina Frida, de seis anos de idade, se muda de Barcelona para o interior da região da Catalunha a fim de viver com os tios, agora seus responsáveis legais. Antes do verão acabar, a garota terá que aprender a lidar com suas emoções e se adaptar à nova vida. O roteiro de Verão 1993 é uma visão muito sensível e naturalista do processo pelo qual uma criança precisa quando se depara com uma perda irreparável. E não poderia ser de outra forma, visto que a cineasta Carla Simón foi buscar em suas próprias memórias a experiência de perder os pais em tenra idade. Dito isso, o longa-metragem da cineasta estreante exala sentimentos muito pessoais, verdadeiros, não caindo na armadilha de construir um passado idílico, muito romanceado. Talvez por essa verossimilhança, atrelada ao bom elenco, o filme tenha chamado tanto a atenção no Festival de Berlim, de onde saiu com dois importantes louros: Melhor Filme de Cineasta Estreante e o Grande Prêmio do Júri na mostra Generation Kplus. Além disso, está na lista dos melhores estrangeiros pinçados pela tradicional National Board of Review, além de ter sido escolhido pela Espanha como seu representante no Oscar 2018. (Com o Papo de Cinema).


No Guion Center 2, às 15h40 e 19h25
No Guion Center 3, às 14h
No Espaço Itaú 1, às 20h

Cinema – Em cartaz

Com Amor, Van Gogh (*****)
(Loving Vincent), de Dorota Kobiela e Hugh Welchman, Reino Unido/Polônia, 2017, 95 min


A trama da animação britânica e polonesa se baseia nas mais de 800 cartas escritas pelo próprio Vincent Van Gogh. Depois que as cenas foram filmadas, 85 pintores recriaram os 62.450 frames em formas de pinturas individuais a óleo. Para cada segundo do longa são necessárias nada menos do que 12 pinturas para que a montagem possa ser feita. Ao todo, foram necessários 860 quadros pintados, além de terem sido realizados 1.026 desenhos. Trata-se e uma investigação aprofundada sobre a vida e a misteriosa morte de Vincent Van Gogh através das suas pinturas e dos personagens que habitam suas telas. Animado com a técnica de pintura a óleo do pintor holandês, os personagens mais próximos são entrevistados e há reconstruções dos acontecimentos que precederam sua morte. É o primeiro longa-metragem feito totalmente em óleo sobre tela. A história: 1891. Um ano após o suicídio de Vincent Van Gogh, Armand Roulin encontra uma carta por ele enviada ao irmão Theo, que jamais chegou ao seu destino. Após conversar com o pai, carteiro que era amigo pessoal de Van Gogh, Armand é incentivado a entregar ele mesmo a correspondência. Desta forma, ele parte para a cidade francesa de Arles na esperança de encontrar algum contato com a família do pintor falecido. Lá, inicia uma investigação junto às pessoas que conheceram Van Gogh, no intuito de decifrar se ele realmente se matou. (Com o AdoroCinema).


No Guion Center 1, às 14h30, 16h40, 18h40 e 20h30
No Espaço Itaú 2, às 15h50 e 20h

Thelma (****)
de Joachim Trier, Noruega/França/Dinamarca/Suécia, 2017, 116 min


​Thelma é uma jovem tímida que acaba de deixar a casa dos pais para estudar em Oslo, onde vive seu primeiro amor. Mas seu relacionamento é logo afetado pela intromissão opressiva de sua família, as crenças religiosas fundamentalistas de seus pais e habilidade única que exercem em afetar a vida da garota. Mas há mais coisas perseguindo Thelma (Eili Harboe). Quando a estudante entra na universidade de biologia, os pássaros no céu parecem segui-la. As cobras também. Os pais religiosos acompanham seus passos, fazem com que ela confesse qualquer deslize. Desde a magnífica cena inicial, percebemos que ela está em perigo. A câmera não para de espiá-la, à distância, em planos aéreos, remetendo ao olhar de uma figura divina, meio protetora e meio punitiva. Sabemos que algo grave está prestes a acontecer com a personagem – ou talvez já tenha acontecido. Aos poucos, descobrimos uma jovem cristã corroída pela culpa. Por um lado, a moral estimula que ela reprima todos os seus desejos, o que inclui a proibição de álcool, drogas e sexo.


No Guion Center 3, às 20h50

Os golfinhos vão para o leste (***)
(Las Toninas Van al Este), de Gonzalo Delgado e Veronica Perrotta, Uruguai / Argentina, 2016, 83 min


Miguel Angel Garcia Mazziotti, figura gay decadente do showbiz no Rio de la Plata, é visitado por sua filha Virginia, de quem se manteve afastado por anos. El Gordo, como o chamam em Punta del Este, rejeita abertamente a visita. Mas, ao saber que vai se tornar avô, não consegue controlar a emoção e acaba cedendo e compartilhando da felicidade de sua filha. Miguel Ángel (Jorge Denevi) e Virginia (Veronica Perrotta) são pai e filha afastados há anos. Ao engravidar, ela resolve retomar os laços. Sem qualquer preparação ou aviso, Virginia embarca em um ônibus para Punta del Este, caminho tomado pelos golfinhos do título (em tradução literal), a fim de quebrar o gelo formado pelo tempo. No famoso balneário uruguaio, Ángel é uma celebridade que tenta lidar com o envelhecimento. A chegada da filha não apenas não colabora para despistar a velhice como promove, sem sequer consultá-lo, o personagem de Denevi a uma posição nova e desconhecida: a de avô.


No Espaço Itaú 8, às 15h50
Na Sala Paulo Amorim, às 17h15

No Intenso Agora (****)
de João Moreira Salles, Brasil, 2017, 127 min


Feito a partir da descoberta de filmes caseiros rodados na China em 1966, durante a fase inicial e mais aguda da Revolução Cultural, No intenso agora trata da natureza efêmera dos momentos de grande intensidade. Às cenas da China somam-se imagens dos eventos de 1968 na França, na Tchecoslováquia e, em menor medida, no Brasil, a partir das quais, na tradição dos filmes-ensaio, tenta-se investigar como aqueles que tomaram parte naqueles acontecimentos seguiram adiante depois do arrefecimento das paixões. As imagens, todas elas de arquivo, revelam não só o estado de espírito das pessoas filmadas – alegria, encantamento, medo, decepção, desalento – como também a relação entre registro e circunstância política. O que se pode dizer de Paris, Praga, Rio de Janeiro e Pequim a partir das imagens daquele período? Por que cada uma dessas cidades produziu um tipo específico de registro?


No Espaço Itaú 8, às 21h20

Exposições

Exposição Jorge Aguiar 4.2 ̶ Uma vida na fotografia documental
De 8 de dezembro a 28 de janeiro de 2018, de terças a domingos, das 10h às 19h
Nas Salas Negras do MARGS

A exposição reúne imagens que correspondem a 10 documentários produzidos nos últimos 20 anos, totalizando 20 painéis que retratam o cotidiano de pessoas em situação de vulnerabilidade social. O fotógrafo explica que concebe seu trabalho ouvindo histórias de vida e observando com olhar atento o dia a dia nas periferias das cidades. Cada tema leva em média dois anos até ser finalizado. O trabalho vai amadurecendo conforme ele visita os locais, a cada 15 dias, conversando com as pessoas, absorvendo suas realidades e entrelaçando suas histórias. Somente após o longo período de reconhecimento e pesquisa é que começam os registros fotográficos. Um dos trabalhos que compõem a mostra intitulado “Manas Lisas da Periferia” é baseado na observação de mulheres das comunidades que estão assumindo sua negritude com orgulho. Assim, em contraponto ao quadro mais famoso do mundo, A Monalisa, o fotógrafo capta retratos de mulheres pobres, enquadradas por uma que ele coloca na frente delas.

Foto: Jorge Aguiar

Exposição PulsationsPulsações – Do arquivo vivo de Sérvulo Esmeraldo
De 28 de novembro de 2017 a 31 de março de 2018
De segunda a sexta, das 10h30 às 22h e sábados, das 10h30 às 20h
Na Galeria do Instituto Ling, na Rua João Caetano, 440

PulsationsPulsações – Do arquivo vivo de Sérvulo Esmeraldo, primeira exposição póstuma do artista cearense,falecido em fevereiro deste ano, pouco antes de completar 88 anos. A exposição mostra uma das trajetórias mais originais da arte brasileira: conhecido por seu rigor geométrico-construtivo, Esmeraldo incursionou pela escultura, a gravura, a ilustração e a pintura, tendo sido um dos pioneiros da arte cinética e autor de obras de geometria e luminosidade singulares. A mostra, com curadoria de Ricardo Resende, traz 84 peças – entre gravuras, matrizes, desenhos, estudos, relevos, maquetes, instalações, documentos e fotografias – que fazem parte do arquivo do IAC – Instituto de Arte Contemporânea (São Paulo/SP). PulsationsPulsações joga luz sobre o rico processo criativo do artista em seus primeiros anos na França, uma fase de aprendizado, de iniciação nas técnicas da gravura em metal e litografia. Contempla os desenhos e as gravuras em metal que compõem esse período europeu, sob a influência do abstracionismo lírico que vigorava na capital francesa naquele momento, que seria uma resposta à Action Painting nova-iorquina. É acompanhada, ainda, de uma seleção de esculturas e de duas pinturas posteriores a essa fase, quando explorou a topologia das coisas e formas.

Sérvulo Esmeraldo | Foto: Leonard De Selva

Exposições Diante do espelho, de Eduardo Vieira da Cunha,
e Prazer em Re conhecer com obras do acervo, na Galeria Duque
Rua Duque de Caxias, 649, de segunda a sexta das 10h às 19h e aos sábados das 10h às 17h
Término: 20 de janeiro de 2018

A exposição Diante do espelho, composta por 10 pinturas e 25 desenhos do artista plástico Eduardo Vieira da Cunha – a maior parte dos trabalhos foi produzida este ano. “Trata-se do resultado de uma pesquisa plástica na qual o imaginário do espelho aparece como uma procura pelo mistério da imagem”, revela ele. A Duque apresenta também obras de mestres do seu acervo. A curadora Daisy Viola faz um recorte com obras que, associadas, criam uma proposta de diálogo com o público, estimulando a reflexão. “Abre-se para um público mais amplo do que aquele que frequenta normalmente o espaço tradicional de uma galeria, a possibilidade de se (re) encontrar com obras de grandes mestres da historia da arte brasileira, e com o trabalho de artistas atuantes no cenário cultural da cidade e do país”, diz Daisy.

Divulgação Eduardo Vieira da Cunha / Galeria Duque

Música

Refavela
Com Gilberto Gil, Céu, Moreno Veloso e Maíra Freitas
do Teatro do Bourbon Country, em Porto Alegre, no dia 10 de dezembro, às 20h

Idealizado e dirigido por Bem Gil, a apresentação reúne releituras das músicas do disco lançado em 1977 por Gilberto Gil, além de canções que fizeram parte do show original. “A ideia de reunir novamente as canções de Refavela em um show surgiu mais da vontade coletiva em mergulhar nesse repertório do que de qualquer outra coisa”, esclarece Bem Gil. “O conteúdo poético e filosófico do disco, através de suas letras, se mantém atual, e isso por si só já seria o suficiente para que o trabalho de 77 fosse visitado por nós e revisitado pelo próprio Gil, mas o que nos move nesse caso é a música ali existente, a beleza e a riqueza da guitarra de Perinho, do baixo de Rubão, das baterias de Paulinho, Chiquinho e Robertinho, enfim, da inspiração de todos os criadores dessa obra fundamental na formação de cada integrante do Refavela40”. “Refavela é um disco lindo”, continua. “Sempre imaginei a sua transposição para o palco. Não era nascido quando meu pai rodou com esse show pelo Brasil e resolvi juntar os amigos a fim de recriar o repertório e a força dessa obra que mexe com todos nós. ”

Lançamento do álbum Pé Na Estrada da banda Hard Blues Trio
Dia, 08/12, às 20h, no Gravador Pub (Rua Conde de Porto Alegre, 22)

O trio é formado por Dani Ela (baixo/voz), Juliano Rosa (guitarra/voz) e Alexandre Becker (bateria/voz). A principal influência do grupo é o blues e suas vertentes. O que é possível perceber nas nove canções do disco, que inicia com sonoridade mais rock e gradativamente toma uma roupagem mais voltada para o blues. Todas as canções são assinadas pelos três integrantes. Os videoclipes das faixas “Pé Na Estrada” e “Growin’ Up” já podem ser conferidos no canal de YouTube da banda. “Véio Bruno” é uma homenagem ao pai de Juliano Rosa. A faixa “Dani’s Groove” foi composta por Alexandre Becker logo que passou a fazer parte do trio. “Cadeiras Vazias” e “Correndo Com o Diabo” foram concebidas durante o processo de gravação do álbum. Pé na Estrada conta com as participações mais que especiais de Gonzalo Araya (harmônica), Luciano Leães (piano/hammond/wurlitzer) e Diego Dias (teclados).

Divulgação

Teatro e Dança

Sete8ito – Impermanências
Dias 8 e 9 de dezembro às 20h
No Teatro Glênio Peres (Câmara Municipal de Porto Alegre), Av. Loureiro da Silva, 255 – Centro

É comum em uma aula de dança o professor, sinalizar o início de uma sequência de movimentos contando em voz alta o final de um compasso de oito tempos: – 5, 6, 7, 8 e 1. Em muitos ensaios, sobretudo em início de montagens, usamos o termo “7, 8” para iniciarmos os trabalhos. “Sete, oito” se transformou como o significado de prontidão, ação imediata, objetivar, etc. “Sete8ito” é o mote desse novo espetáculo de Dança Contemporânea que tem a concepção de Marco Fillipin. A prontidão para o inusitado onde as cenas têm desfechos inesperados, levando o espectador a se inquietar e se questionar sobre sua própria vida. Sete8ito – Impermanências oferece a todos a observação de um mundo dinâmico onde a impermanência é inerente à vida. Revelar que as combinações são infinitas e que a vida é movimento. Os bailarinos Marco Fillipin e Thais Petzhold assumem a pesquisa coreográfica e atuação. Dois artistas importantes da cena cultural contemporânea: Marco com 30 anos de trabalhos na dança e que a 19 vem montando trabalhos de sua autoria, buscando desafiar a si próprio, propondo novos temas, mas mantendo o foco no ser humano e suas múltiplas facetas; Thais que atua no cenário artístico há 27 anos e há 18 anos pesquisa a integração da obra coreográfica com a cena urbana, trazendo a ação da arte para o momento presente, para o diálogo com o público, arquitetura, sons, iluminação e outros tantos fatores que compõem o ambiente. A direção cênica é da atriz e diretora Claudia Sachs, artista com extensa experiência de atuação, doutora em teatro que sempre teve a dança e o envolvimento do corpo como elemento indispensável à sua pesquisa.

Foto: Andre Chassot

19º Porto Verão Alegre anuncia programação e pré-venda

Entre 06 e 15 de dezembro de 2017, será possível comprar ingressos pelo site www.portoveraoalegre.com.br pelo preço de R$20,00, ou seja, com descontos de 50% em relação ao valor normal dos ingressos de R$40,00, para todas as peças, exceto para os seguintes espetáculos: Alcemar e a Mascada Perdida, em cartaz do Teatro do Bourbon Country; e Pequeno trabalho para velhos palhaços, Mágicos do Sul, Frida Kahlo à Revolução, Terça Insana e Os Mulheres Negras, em cartaz no Theatro São Pedro. No entanto, apenas uma quantidade determinada estará disponível nessa pré-venda.

Nesta edição serão apresentados 81 espetáculos, 13 a mais que no ano passado, 40 deles pela primeira vez no festival, dos quais quatro escolheram o Porto Verão Alegre para sua estreia.

Informações completas estão no site www.portoveraoalegre.com.brA página no Facebook continua sendo um dos principais canais de comunicação, através do endereço www.facebook.com.br/pva2018 .