Festival 50 anos de Arena terá um mês de espetáculos e oficinas

Os 50 anos do Teatro de Arena serão comemorados entre os dias 15 de setembro e 17 de outubro com apresentações de peças, dança e música e oficinas. A programação do Festival 50 Anos de Arena foi pensada pelo diretor do Instituto Estadual de Artes Visuais (IEACen), Clovis Rocha, com o apoio da comunidade cultural. Os ingressos dos espetáculos vão custar R$ 10 e as oficinas serão gratuitas. Confira a programação completa:

15, 16 e 17 | SET
20h –
 Espetáculo “Teatro é sempre Arena”.
Sinopse: Um grupo se reúne para homenagear um pequeno teatro. Fragmentos de peças encenadas e textos novos e antigos se misturam sem nenhuma ordem. Contar uma história? Não. Apenas uma fábula inventada por um grupo de pessoas para poder sobreviver.
Ficha técnica
Direção: Breno Ketzer.
Dramaturgia: Jorge Rein, Bertold Brecht e Eduardo Pavlowsky.
Elenco: Nena Ainhoren, Hamilton Braga, Luzia Ainhoren, Dionísio Farias e Bruna Paulin.
Iluminação: Patrick Simões.
Fotografia: Fernanda Chemale.
Figurino, trilha sonora e produção: O Grupo.

18 | SET
20h –
 Oficina de Hip Hop, com Restinga Crew.
Sinopse: Ao longo de 13 anos, o grupo Restinga Crew construiu uma das mais respeitadas e sólidas carreiras no cenário da dança de Porto Alegre e contribuiu para elevar o conceito da cultura Hip-Hop e das danças urbanas no Rio Grande do Sul. Realiza shows, workshops e cursos de capacitação, muitas vezes, de forma gratuita, a fim de que esta cultura se espalhe, levando sua mensagem de paz e esperança a todos os cantos.

19 | SET
20 h –
 Oficina “Dança de Salão em Cena”, com Clovis Rocha.

20 e 21 | SET
20h – 
Espetáculo “B… em Cadeira de Rodas”, de Ronald Radde.
Sinopse: A trama baseia-se em um jogo cíclico, desenvolvido em dois planos: social e psicológico. O jogo é iniciado, desenvolvido e terminado por B. B, o patrão, que deseja A, o empregado, mas não sabe como conquistá-lo e para isso usa a força, o poder. O conflito se dá quando o criado quer sair e o patrão não permite, usando todo o tipo de chantagem. A partir daí, surge uma série de relações e sentimentos. A não consegue se libertar e quando pensa que vai conseguir não tem estrutura para isso, pois B persegue A como uma aranha persegue uma mosca. Desta forma, vai lentamente destruindo-o. O conflito se desenvolve num clima angustiante. É como se A estivesse preso em um labirinto sem saída. Montado pela primeira vez em 1976, em plena ditadura militar, o texto representa a insatisfação do autor com a situação vigente no Brasil, à época, em que as liberdades democráticas foram tolhidas, pessoas eram oprimidas e perseguidas. Por meio do teatro, Ronald Radde (1945-2016) encontrou uma forma de representar e debater os temas proibidos pela censura, seus medos, angústias e também uma possibilidade de fazer com que as pessoas refletissem sobre estes acontecimentos.
Ficha técnica:
Direção e adaptação: Coletivo.
Produção: Gabi Xavier.
B… (Patrão): Dudu Xavier.
A1 (Empregado): Renata Zonatto.
A2 (Empregado): Sérgio D’Silva.

Dia 22, 23 e 24 | SET
20h –
 Espetáculo “Apareceu a Margarida”.
Sinopse: Sob forma de monólogo, a peça retrata um dia na sala de aula da professora Dona Margarida, narrando fatos da vida a alunos pré-adolescentes e marca a influência sobre o processo político de ditadura, pelo qual atravessava o país, quando de sua criação, na década de 70. A situação política faz com que o teatro assuma a sua função social, voltando-se para o questionamento da realidade brasileira. Apresentado de forma tragicômica, mesclando o real e o imaginário, a peça critica a política e o comportamento – inclusive do panorama atual – envolvendo a plateia, que torna-se parte da peça como se fossem alunos e a professora expressa as suas opiniões através das disciplinas curriculares de forma alegórica e, ao mesmo tempo, autoritária.
Ficha técnica:
Autor: Roberto Athayde.
Direção: Eduardo Kraemer.
Elenco: Renato Del Campão (Dona Margarida) e Jairo Klein (aluno).
Cenografia, iluminação e sonoplastia: Eduardo Kraemer.
Figurino: Antonio Rabadan e Curso de Design De Moda e Tecnologia da FEEVALE.
Fotos: Luciana Mena Barreto.

27 | SET
20h –
 Oficina GRATUITA de Dança Contemporânea, com Eva Schul.

28 | SET
20h –
 Leituras Dramáticas.

29 | SET
20h – 
Show “Túnel do Tempo – Anos 70,80 e 90”.

30 | SET
20h –
 Show musical “Molduras em vinho”.

1º | OUT
20h –
 Show  musical “Jéf – Interior”.

4 | OUT
20h –
 Oficina GRATUITA de Sapateado Americano, com Leonardo Dias.
Sinopse: Através de jogos que usam a linguagem do Sapateado Americano como “brinquedo”; a oficina caminha em direção a um corpo que é musical, expressivo, sonoro e singular.

5 | OUT
20h –
 Espetáculo “Deu Guru!”.
Sinopse: Formado pelo ator Celso Sant’Anna e pelo músico Thales Sant’Anna (pai e filho), a comédia “Deu Guru!” se passa no interior de um templo, onde o guru Zen Banho busca um substituto para o seu discípulo falecido Bátcheman, considerado um herói, e várias pessoas se candidatam à vaga. No decorrer da peça, os pretendentes desfilam suas habilidades: um palestrante motivacional, um árbitro de futebol, um androide de fantasias sensuais e um centauro. Quem será o escolhido? Entre um candidato e outro, o guru apresenta a filosofia do templo e demonstra poderes, como telepatia. O próprio discípulo morto (Bátcheman) reaparece, após ser invocado pelo guru. Questões filosóficas, como vida após a morte, e cotidianas, como futebol, são tratadas de forma bem humorada durante o show.

8 | OUT
16h –
 Espetáculo “Historietas”.
Sinopse: A peça propõe ao espectador um mergulho no universo fantástico e pampeano do escritor gaúcho Simões Lopes Neto, por meio de uma encenação onde o jogo teatral e a brincadeira com o teatro de formas animadas formam uma engenharia lúdica de crianças e adolescentes. Um personagem narrador aparece personificado na figura de um velho capataz de Estância. Tal qual um Blau Nunes, um Romualdo – personagens da obra de Simões – ele conta ao público lembranças de um tempo que não retorna mais. Dentre essas lembranças estão Mayo e Janaina, dois irmãos adolescentes que em férias vão visitar a Estância da sua família, localizada no interior do Estado. Acompanhados de sua amiga Rita, eles partem em uma jornada atrás do capataz da propriedade, Seu Juca, alvo de causos e histórias incríveis por parte dos outros moradores do local e conhecedor da lide campeira e dos segredos que envolvem essas e outras historietas do pampa.
Ficha técnica:
Direção: Rodrigo Marquez.
Dramaturgia: Rodrigo Marquez e Julia Kieling.
Assistência de Direção: Danuta Zaghetto.
Elenco: Alexandre Borin, Julia Kieling, Mariana Rosa e Rodrigo Marquez.
Assistência de Direção de formas animadas: Paulo Fontes e Eduardo Rocha.
Iluminação e Operação de Luz: Fabiana Santos.
Figurino: Alexandre Grivicich.
Direção de Produção e divulgação: Rodrigo Marquez.
Assistência de Produção e divulgação: José Renato Lopes.

10 | OUT
20h  –
  Oficina GRATUITA de dança Fly Moon, com Andréa Spolaor.

12 | OUT
16h –
 Espetáculo “Lucia e o Navio Espaçonave”.
Sinopse: A peça nasce da reunião e vontade do coletivo de mulheres que compõem a ficha técnica de buscar, tanto mais espaço no mercado de trabalho, quanto histórias que retratem vivências semelhantes às que tiveram na infância e que poucas vezes são vistas no teatro feito para crianças. O texto original e inédito da jovem dramaturga gaúcha Suzana Gomez Pohia foi o estopim perfeito para esse encontro de desejos. Tendo como ponto de partida a relação geracional entre três mulheres da mesma família: filha, mãe e avó, a montagem do espetáculo tem seu processo de criação calcado no vínculo. Tanto no plano ficcional quanto no jogo real entre as atrizes em cena, no afeto que afeta. As bases para a criação do espetáculo são referências estéticas e corporais de brincadeiras e jogos infantis associadas a jogos teatrais e à construção de cenários e figurinos com materiais reutilizados e reciclados, em busca de uma retomada da essência artesanal de fazer teatro, sem grandes parafernálias, mas carregado de significados. Em um dia que poderia ser normal, a saga de Lucia vai aos poucos transformando a vida da família, gerando reflexões sobre acontecimentos familiares que, apesar de não serem muito agradáveis, são necessários para nosso aprendizado e amadurecimento: o papel das mulheres no contexto familiar, as diversas possibilidades de organizações das famílias, entre tantas outras coisas. Tudo isso é pensado em uma linguagem acessível para que as crianças se divirtam e possam assistir a peça vendo-se refletidas nessa linda história,
Ficha técnica:
Direção: Guadalupe Casal.
Dramaturgia original e divulgação: Suzana Gomez Pohia Orientação Pedagógica: Catharina Silveira.
Elenco: Débora Maier, Qex e Ursula Collischonn.
Triha Sonora original: Casemiro Azevedo e Morena Bauler.
Criação e operação de luz: Carol Zimmer.
Cenário: Lara Coletti.
Figurino: O Grupo.

12 e 13 | OUT
20h –
 Esptáculo “Aatordoado”.
Sinopse: Com uma carreira consolidada no teatro gaúcho, atuando em peças adultas e infantis de sucesso, Juliano Passini vive em cena um jovem ator que faz uma autoanálise da sua vida antes de subir ao palco. Em busca de si mesmo ele conta sobre suas aventuras, dramas, inseguranças e sucessos (ou quase sucessos). Troca confidências com um amigo muito peculiar e relembra fatos marcantes e vivências particulares. Tudo isto com o seu jeitinho atordoado de ser, mostrando como o tragicômico pode ser divertidamente mais cômico do que trágico. O monólogo tem direção de Daiane Oliveira e Márcia Metz, e produção de Vinicius Mello e Lívia Perrone.

13 | OUT
20h –
 Festa do Arena.

14 e 15 | OUT
20h –
 Espetáculo “Por que não dormir sem medo?”.
Sinopse: O espetáculo é um encontro de afetos e rompimentos que marcam as vidas de um grupo de pessoas, provocando reações inesperadas. Uma delas vive com a mãe que tem Alzheimer e contrata uma acompanhante que, por sua vez, indica um cuidador para a mãe. Desenvolve-se, nestes encontros, uma perspectiva de perdas, dúvidas e comportamentos contraditórios, construindo-se uma relação de interdependência insana. Diante de imagens de potência individual e de rupturas, percebe-se as insatisfações da sociedade contemporânea. Os desejos que pulsam nos corpos das pessoas estão cheios de conceitos normativos que as oprimem e as afastam, principalmente no que envolve as relações de gênero e sexualidade.
Ficha técnica:
Dramaturgia: Pedro Delgado.
Elenco: Heloisa Palaoro, Lisiane Medeiros, Carlos Paixão e Pedro Delgado.
Trilha Sonora Original: Vitório O. Azevedo.
Iluminação Cênica: Carlos Azevedo e Casemiro Azevedo.
Figurino: Lisiane Medeiros
Concepção da cenografia: Grupo Primeiro Sinal.
Foto: Adriana Marchiori

16 | OUT
20h –
 Seminário “Teatro de Arena: ponto de resistência cultural”.

17 OUT
20h –
 Coquetel de inauguração da placa comemorativa aos 50 anos do Teatro de Arena.