Garupa chega ao Rio Grande do Sul para o lançamento de Mugido, segundo livro de Marília Floôr Kosby
Em novembro, a editora independente Garupa volta à estrada para lançar o sétimo livro Mugido [ou diário de uma doula], segundo livro de Marília Floôr Kosby, que nasceu em Arroio Grande. Este também é a primeira publicação do selo de poesia contemporânea lançado a partir dos poemas submetidos à chamada aberta da Revista Garupa, que semestralmente garimpa autores fora do eixo tradicional.
Mugido nasce da reunião de poemas escritos a partir da memória afetiva da autora em atendimentos veterinários vivenciados desde sua infância até sua vida adulta na região rural do Rio Grande do Sul. Nesse processo, a mulher do campo e o animal ganham a atenção da poeta – contrariando a ordem antropomórfica e masculina do mundo em que vivemos. Para o pósfacio do livro, convidamos a também poeta gaúcha Angélica Freitas que, além de escrever um texto com suas impressões sobre os poemas, decidiu entrevistar Marília e trazer a relação entre as relações entre a mulher da cidade e do campo.
Mugido, que já teve lançamento durante a Balada Literária 2017, em São Paulo, será lançado pela primeira vez no Rio Grande do Sul, com leitura dos poemas do livro por poetas convidados e conversa com a autora, no feriado de 15 de novembro (quarta-feira), às 19h, na Livraria Baleia, em Porto Alegre. Depois, na sexta-feira, um novo evento acontece em Pelotas na Casa Cultural Las Vulvas, também às 19h. Na semana seguinte, o livro estará disponível para todo Brasil pela loja online da editora.
Sobre a autora
Marília Floôr Kosby escreveu seus primeiros poemas como podia, sonhando. Nasceu em 1984 em Arroio Grande, uma pequena cidade no extremo sul do Brasil, próxima ao Uruguai. Numa região que marca sua presença no mapa latino-americano dos estragos do colonialismo pela escravidão, o patriarcado, o latifúndio, o genocídio de povos indígenas e da juventude negra. Viveu por cerca de dez anos em Pelotas, onde cursou o bacharelado e o mestrado em ciências sociais. Mas foi quando morou no Rio de Janeiro por um tempo, em 2008, que voltou a ter sonhos com poemas e começou a compartilhá-los em um blog, o salamancas supersônicas. Em 2011, publicou seu primeiro livro de poesia, Os baobás do fim do mundo (editora Novitas), em parceria com o artista plástico Zé Darci. Entre 2012 e 2014, foi professora de antropologia na Universidade Federal de Pelotas. E seu ensaio “Nós cultuamos todas as doçuras” recebeu o Prêmio Açorianos de Literatura, em 2016, e o Prêmio Boas Práticas de Salvaguarda do Patrimônio Imaterial Brasileiro, em 2015. Integrou a equipe de pesquisadores de dois inventários nacionais de referências culturais, o da Região Doceira de Pelotas e o da Lida Campeira na Região de Bagé/RS. Às vezes realiza encontros de vivência de poesia. E publica poemas em revistas de literatura e arte. Tem se aventurado em fazer vídeo-artes, vídeo-poemas. É doutora em antropologia social na UFRGS. Mora em Porto Alegre.
SERVIÇO
Lançamento em Porto Alegre – leituras com poetas convidados e conversa com a autora.
Quando: 15/11, quarta-feira, às 19h
Onde: Livraria Baleia. Rua Santana, 252.
Evento gratuito.
Lançamento em Pelotas – leitura com poetas convidados, conversa com a autora e DJ.
Quando: 17/11 (sexta-feira), às 19h.
Onde: Casa Cultural Las Vulvas. Rua Anchieta, nº 949.
Evento Gratuito