Eliane Marques lança projeto que busca dar visibilidade a poemas de mulheres negras
A escritora Eliane Marques, vencedora de um prêmio Açorianos de Literatura, lançou esta semana em suas redes sociais o projeto Orisun Oro, cujo título em Iorubá, pode ser traduzido como a “fonte da palavra”. A ideia do projeto é tornar conhecidos e acessíveis os poemas escritos por mulheres negras da África e das Américas.
O projeto conta com um Canal no Youtube para apresentar produções visuais de leitores dos poemas que estão sendo traduzidos e publicados nas redes sociais da escritora. A estreia é uma interpretação da atriz e bailarina Danielle Costa, do poema “Para uma saia de seda ao sol”, da escritora africana Ama Ata Aidoo, de Gana. Além do canal, também estão sendo produzidos mais de 100 cards com ilustração da artista visual e atriz Iléa Ferraz e identidade visual da designer Aline Gonçalves, que podem ser compartilhados no Instagram e Facebook da escritora gaúcha.
O projeto Orisun Oro destaca, dentre diversos nomes, o trabalho de Beatriz Nascimento, do Brasil, Virgínia Brindis de Salas, do Uruguai, Ana Milena Lucumí, da Colômbia, Mathem Shiferraw, da Etiópia, Ifi Amadiume, da Nigéria, Freedom Nyamubaya, de Zimbábue, Warsan Shire, da Somália, Sitawa Wafula, do Quênia.
Sobre Eliane Marques:
Escritora, poeta e editora. Curadora da Escola de Poesia, da revista de poesia “Ovo da Ema” e da revista de psicanálise e cultura “Anna O.” (Brasil e Argentina). Integra o catálogo “Intelectuais Negras Visíveis”. Graduada em Pedagogia e Direito, Mestre em Direito Público e Especialista em Constituição, Política e Economia, pela UFRGS. Publicou os livros de poesia “Relicário” (Editorial Grupo Cero – 2009) e “e se alguém o pano” (Escola de Poesia – 2015), vencedor do Prêmio Açorianos de Literatura 2016, na categoria poema. Com outros autores publicou “Arado de Palavras” (Editorial Grupo Cero – 2008) e “Blasfêmeas: mulheres de palavra” (Casa Verde – 2016). Traduziu o livro “O Trágico em Psicanálise” (Ediciones Psicolibros – 2012), da psicanalista argentina Marcela Villavella. Atualmente trabalha na tradução do livro “Pregón de Marimorena”, da poeta afro-uruguaia Virginia Brindis de Salas (editora Figura de Linguagem) e no seu próximo poemário “O poço das Marianas”.