Bestiário lança 7 viram trinta e 7, de Kathy Krauser

Livro “7 viram trinta e 7” conta a história de trinta e sete personagens, a partir de dezessete momentos distintos. Luiz bateu no carro de Violeta. Madalena interviu na discussão. Eva resgatou Manuel. Thiago e Camila estavam com fome. Esses sete destinos entrelaçados em um assalto darão origem a outros trinta, a partir de uma trama não-linear contada em dezessete momentos distintos. Fantasia, amor e crítica social são os grandes temas que norteiam o livro, sem deixar de lado uma boa dose de humor.

A condição estabelecida por Kathy Krauser de que cada personagem deveria estar ligado a, pelo menos, um outro, serviu como inspiração para a fotografia da capa, também produzida e clicada por ela: sete pares de sapatos diferentes pendurados em um ventilador. “Mesmo que o ventilador esteja parado, é fácil imaginar ele girando e misturando as personalidades ou mesmo as histórias representadas em cada par de sapato. É uma metáfora para o que ocorre no ‘7 viram trinta e 7’”, a autora explica.

Além das ligações estabelecidas entre si, todos os trinta e sete personagens têm suas próprias histórias, estejam elas escritas ou apenas subentendidas. As eventuais estruturas textuais diferenciadas e amplas elipses temporais não atrapalham a descoberta dessas tramas individuais, uma vez que os nomes dos personagens servem como guia para o leitor.

O escritor Luiz Antonio de Assis Brasil assina a orelha do livro: “Ao ler este livro, reconhecemos de imediato uma escritora com inegável poder de imaginação, seja quando escreve sobre nosso quotidiano, seja quando se aventura no terreno em que não falta uma dose de surrealismo. Seus temas, entretanto, cingem-se a um elemento comum, que poderíamos situar no ser humano enquanto se relaciona com seus semelhantes. Dentro dessa perspectiva, as ligações amorosas assumem um papel maior e, nestas últimas, vige um entranhado otimismo, particularmente quando as personagens descobrem, por si mesmas, que trazem dentro de si a potencialidade de amar, e mais: a necessidade de amar. É, portanto, o amor que as redime e as impulsiona, é o amor que as constituem como entidades à busca da realização em todos os aspectos de suas vidas: o pessoal, o público, o social. Mas não se pense, apressadamente, que são textos sombrios e dramáticos; ao contrário, perpassa em quase todos, o sentido de humor de que tanto precisamos.”

Sobre a autora, o escritor diz:
“Por razões profissionais tenho contato com a gênese da Kathy Krauser como autora, e posso testemunhar seu algo grau de empenho. Seus passos têm sido gigantes. Eis aí um exemplo de como devemos nos comportar perante a Literatura; não se trata de uma questão de humildade e, sim, de sabedoria, que pode servir de espelho a muitos escritores que julgam ter nascidos prontos para publicarem. Desejo à Kathy uma carreira exitosa, e para isso não lhe faltam os atributos para tanto. O primeiro passo está dado.”

Na contracapa, Kathy Krauser resume a obra:
“Reféns da imaginação, da incompreensão, da ingenuidade e da esperteza das crianças. Das coincidências, dos acidentes, das injustiças e da rotina.
Reféns do amor, do ciúmes e da falta de comunicação. Dos traumas, do ódio e da loucura.
Reféns do trabalho exacerbado e do culto à perfeição. Dos sonhos mirabolantes da humanidade, das invenções tecnológicas e da falta de privacidade.
Reféns de uma planta e da efemeridade da vida.
São trinta e sete personagens como nós. Incansáveis sonhadores. Curiosos inventores. Gentis destruidores. Corajosos apaixonados. Imprevisíveis covardes. Irrefreáveis loucos. Seres humanos sem noção. Quem não é um pouco?”

Sobre a autora
Quando aprendeu a ler, Kathy Krauser proferiu em casa que estava em um novo mundo. Desde então, almejou ser escritora. Contar histórias sempre foi a grande paixão da sua vida seja escrevendo, interpretando, cantando, fazendo locuções ou dublando. Formada em Publicidade e Propaganda pela ESPM-Sul, a carioca de 25 anos com sotaque extinto e substituído pelo “bah” e pelo “tri” porto-alegrenses há 18 anos, ganhou os Prêmios Regional e Nacional EXPOCOM na categoria Fotografia Artística no ano de 2015. Além disso, no mesmo ano, integrou a 30ª turma da Oficina de Criação Literária ministrada pelo escritor Luiz Antonio de Assis Brasil na PUCRS, a 1ª turma do curso “A Construção do Romance” na Via Cultura também ministrada pelo escritor e pretende seguir seu sonho que sempre foi a carreira literária. Em 2016, pela Editora Bestiário, publicou o conto “Nuances” na antologia “Onisciente Contemporâneo” com os dezessete colegas de oficina. Também em 2016, participou do painel “Oniscientes contemporâneos: da oficina ao livro” no 6º Festival do Conto em Florianópolis. É uma das autoras colaboradoras do site “A Boa Prosa” tendo como foco a literatura infantojuvenil e juvenil. Mantém uma página no Facebook, assim como um canal no Youtube, nos quais expõe seus últimos trabalhos. Nesse momento, atua como Rony Weasley no musical A Very Potter Musical Brasil; possui um projeto musical de covers semanais; e está escrevendo uma trilogia juvenil distópica, cujo primeiro livro está sendo revisado, além de uma série juvenil de fantasia com mitologia original desenvolvida exclusivamente para a narrativa.