Fotos reveladas em papel em exposição na Casa de Cultura Mario Quintana até domingo

Roberta Amaral
Roberta Amaral

Encerra no próximo domingo (18), no 3º andar da Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ), a exposição coletiva do Grupo de Estudos em Processos Fotográficos Históricos e Alternativos-Lumen, da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Fabico/ UFRGS).

Os trabalhos da mostra foram desenvolvidos com técnicas históricas ou alternativas, como cianotipia, antotipia, goma bicromatada, chlorophyll print, lumen print, carbon print, pinhole e impressões tendo por base o filme. Segundo Jussara Moreira, que está com uma obra em exposição, a ideia mostrar o uso contemporâneo das diversas técnicas, a experimentação e a criatividade na fotografia.

Paralelo à mostra, Jussara ministrou no Laboratório de Fotografia da CCMQ a Oficina de Cianotipia, um processo de impressão fotográfica em tons azuis descoberta no século XIX. Entre as alunas está a design de moda, Ana Guarisse, que pretende levar a técnica para a sua próxima coleção.

Sobre a Cianotipia
A Cianotipia foi um dos primeiros processos de impressão fotográfica em papel, descoberta em 1842 por Sir John Herschel, notável cientista cuja atividade principal era a astronomia. A técnica tem este nome porque as imagens assim produzidas apresentam-se em azul, pelo fato de se basear em sais de ferro e não prata. Também é conhecida como ferroprussiato ou “blueprint”. É feita a partir de uma mistura de compostos químicos que muda a cor e torna-se azul quando exposta à luz ultra-violeta.