Sul21 recomenda O Quarto de Jack, o retorno de A Grande Aposta e o CarnaGlau

Milton Ribeiro

O Quarto de Jack e o retorno de A Grande Aposta são os destaques da semana. São filmes com direções seguras e grandes cenas, mas suas histórias não têm nada em comum. Jack narra a estranha história de um menino que cresce preso com a mãe em um quarto isolado, enquanto que A Grande Aposta é um filme coral sobre algumas pessoas que se deram conta da quebra de Wall Street algum tempo antes de ocorrer.

Na música, o destaque fica para o Café Fon Fon, que apresenta o CarnaGlau, marchinhas, sambas e balancês com a cantora Glau Barros e grupo.

Todas as semanas, o Sul21 traz indicações de filmes, peças de teatro, exposições e música para seus leitores. Não se trata de uma programação completa, mas de recomendações dos melhores espetáculos que assistimos. O critério é a qualidade. Se você tiver sugestões sobre o formato e conteúdo de nosso guia, por favor, comente. Boa semana!

Cinema – Estreias

O Quarto de Jack (****)
(Room), de Lenny Abrahamson, Canadá / Irlanda, 2015, 118 min

O Quarto de Jack
O Quarto de Jack conta a história de Jack (Jacob Tremblay), um espirituoso menino de 5 anos que é cuidado por sua mãe Ma (Brie Larson). Como toda boa mãe, Ma se dedica em manter Jack feliz e seguro, cuidando dele com bondade e amor, e fazendo coisas típicas como brincar e contar histórias. Sua vida, entretanto, é tudo menos normal. Eles estão presos, confinados em um espaço de 10 m² sem janelas, o qual Ma chamou de “O Quarto de Jack”. Ma não fará tudo para garantir que, mesmo neste ambiente, Jack seja capaz de viver uma vida completa e satisfatória. Mas, enquanto a curiosidade de Jack sobre a situação em que vivem cresce, Ma ensaia um arriscado plano de escape, o que os leva a ficar cara a cara com o mundo real.

No Guion Center 1, às 14h30, 16h40, 18h50 e 21h
No GNC Moinhos 1, às 13h45, 16h10, 19h e 21h20
No Espaço Itaú 5, às 13h30, 16h, 18h30 e 21h
No Cinemark Barra 6, às 13h30, 16h20, 19h e 21h45

A Grande Aposta (****)
(The Big Short), de Adam McKay, EUA, 2015, 131 min

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Em 2005, quatro pessoas descobrem que o crescimento do mercado imobiliário estava assente numa enorme quantidade de empréstimos que jamais seriam pagos. Prevendo o que bancos, a imprensa e o próprio governo recusam admitir, tomam a decisão arriscada de apostar no desastre que está prestes a acontecer. Michael Burry (Christian Bale) é o dono de uma empresa de médio porte, que decide investir muito dinheiro do fundo que coordena ao apostar que o sistema imobiliário nos Estados Unidos irá quebrar em breve. Tal decisão gera complicações junto aos investidores, já que nunca antes alguém havia apostado contra o sistema e levado vantagem. Ao saber destes investimentos, o corretor Jared Vennett (Ryan Gosling) percebe a oportunidade e passa a oferecê-la a seus clientes. Um deles é Mark Baum (Steve Carell), o dono de uma corretora que enfrenta problemas pessoais desde que seu irmão se suicidou. Paralelamente, dois iniciantes na Bolsa de Valores percebem que podem ganhar muito dinheiro ao apostar na crise imobiliária e, para tanto, pedem ajuda a um guru de Wall Street, Ben Rickert (Brad Pitt), que vive recluso.

No GNC Moinhos 3, às 16h30

Cinema – Em cartaz

Rio Cigano (****)
(Rio Cigano), de Julia Zakia, Brasil, 2013, 81 min

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A narrativa de Rio Cigano é inspirada na tradição oral cigana. Quem conta a história é Kaia, uma menina forte, que sabe o que quer e luta por isso. O universo cigano brasileiro se mistura aos ciganos do leste europeu, em um filme que vai além dos limites geográficos. O longa traz a experiência da vida nômade e incorpora temas atuais e uma combinação de fantasias à narrativa. Durante uma viagem, os ciganos se vêem obrigados a atravessar a fazenda de uma Condessa. São expulsos de lá e em meio ao tumulto da fuga, a menina Reka se perde do grupo e é raptada. Ela é criada no casarão da fazenda como servente da condessa que, obcecada em não envelhecer, suga e destrói tudo à sua volta. Reka cresce absorvida pelo trabalho e se agarra às poucas lembranças de sua antiga vida. Kaia, por sua vez, vive ao lado de sua família, até que deixa o acampamento em busca de Reka. A história da cumplicidade entre as duas meninas ciganas violentamente separadas na infância e criadas em mundos distantes é o mote de “Rio Cigano”, o primeiro longa metragem de Julia Zakia.

No CineBancários, às 15h, 17h e 19h

A Garota Dinamarquesa (***)
(The Danish Girl), de Tom Hooper, EUA / Reino Unido / Dinamarca, 2015, 120 min

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Cinebiografia de Lili Elbe (Eddie Redmayne), que nasceu Einar Mogens Wegener e foi uma das primeiras pessoas a se submeter a uma cirurgia de mudança de sexo. Em foco o seu relacionamento amoroso com a pintora dinamarquesa Gerda (Alicia Vikander) e sua descoberta como mulher quando sua esposa pede para que ele pose para retratos femininos quando uma modelo falta na década de 20.[11] Sua esposa aceita a cirurgia mas percebe que perdeu a pessoa com quem se casou e Hans Axgil (o ator belga Matthias Schoenaerts), vem formar um triângulo amoroso.

No Guion Center 1, às 14h40, 16h50 e 19h
No GNC Moinhos 4, às 14h20, 16h50, 19h30 e 21h50
No Espaço Itaú 1, às 16h40, 19h10 e 21h40
No Cinemark Ipiranga 7, às 13h50 e 19h20
No GNC Praia de Belas 3, às 17h10, 19h30 e 21h50
No GNC Iguatemi 2, às 14h15, 19h15 e 21h40

O Regresso (***)
(The Revenant), de Alejandro González Iñarritu, EUA, 2015, 186 min

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Em termos de sofrimento, esse Oscar vai ser imbatível. O tema de O Regresso é baseado em fatos reais. Em 1823, durante uma expedição para um território gelado e inexplorado no oeste norte-americano, o explorador e comerciante de peles Hugh Glass (Leonardo DiCaprio) é atacado por um urso e deixado para morrer pelos seus companheiros. Glass sobrevive e parte para dentro de território selvagem, durante o inverno, à procura de vingança. Em Portugal, o filme recebeu um título traidor mas bastante bom, O Renascido. O filme é muito bem feito, de violência explícita e visceral. É impossível não ser envolvido pelo drama de Glass. O trabalho de Iñarritu é de absoluto virtuosismo e Leo DiCaprio responde à altura. Entram como favoritos na festa da Academia.

No Arcoíris Boulevard 2 (dublado), às 21h
No Cine Victória 2 (dublado), às 19h15
No Cinespaço Wallig 5 (dublado), às 15h10
No GNC Lindoia 2 (dublado), às 13h35 e 21h20
No GNC Praia de Belas 5 (dublado), às 15h
No Cine Victória 2 (legendado), às 16h30
No Cineflix Total 3 (legendado), às 21h20
No Cinespaço Wallig 5 (legendado), às 18h10 e 21h10
No Cinemark Barra 2 (legendado), às 14h30, 18h e 21h15
No Cinemark Bourbon Ipiranga 5 (legendado), às 14h20, 18h e 21h20
No Espaço Itaú 6 (legendado), às 15h10, 18h10 e 21h10
No GNC Iguatemi 6 (legendado), às 15h, 18h20 e 21h30
No GNC Moinhos 2 (legendado), às 15h, 18h20 e 21h30
No GNC Praia de Belas 5 (legendado), às 18h20 e 21h30

O Filho de Saul (***)
(Saul Fia), de László Nemes, Hungria, 2015, 107 min

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Há tantos filmes sobre o Holocausto… A Segunda Guerra Mundial já foi vista sob as mais variadas óticas no cinema: dos vencedores, dos vencidos, da política, da história, da loucura e da dor. Só que depois de ver Vá e Veja, A Lista de Schindler, O Pianista e outros grandes filmes sobre o tema, tudo parece inferior e cansativo. Bem, é a opinião pessoal de quem vê dois ou três filmes por semana desde os anos 70. O Filho de Saul venceu Cannes e é franco-favorito para receber o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. O tema, obviamente, é uma bigorna. Afinal, Saul é um prisioneiro judeu encarregado de cremar cadáveres em um campo de extermínio. Em seu hediondo trabalho, feito sob supervisão nazista, ele encontra um menino que, miraculosamente, respira com dificuldades após passar pela câmara de gás. Um oficial alemão fica curioso e quer examinar o caso, “Como ele sobreviveu?”. Mas Saul faz com que o garoto suma, pois quer que um rabino lhe dê um fim digno. A imprensa popular tem colocado o filme no Olimpo, mas revistas especializadas como Cahiers du Cinéma e Positif, tradicionalmente rivais, uniram-se no veto. Cahiers deu-lhe uma estrela (entre quatro possíveis). Positif foi um pouquinho mais generosa – tascou duas estrelas. A Folha de São Paulo deu 3 em 5.

No Guion Center 3, às 21h20
No GNC Moinhos 3, às 21h40
No Espaço Itaú 1, às 14h10

As Maravilhas (****)
(Le Meraviglie), de Alice Rohrwacher, Itália-Suíça-Alemanha, 2014, 110min

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A família de Gelsomina vive um cotidiano simples na região da Toscana, na Itália, trabalhando com produção de mel. Composto por uma mãe italiana, um pai alemão e irmãs mais novas, são praticamente a única companhia da adolescente, até que ela começa a descobrir novos interesses com a chegada de Martin, jovem que cumpre programa de reinserção social. Ainda chega à cidade uma equipe de televisão, que filma uma série chamada “Cidade das Maravilhas”, com a atriz Monica Bellucci interpretando a apresentadora. Aclamado pela crítica, o filme semi auto-biográfico foi vencedor do Grande Prêmio do Júri do Festival de Cannes de 2014

Na Sala Paulo Amorim, às 17h30

Carol (****)
(Carol), de Todd Haynes, EUA/Grã-Bretanha, 2015, 118min
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Ignorado na lista de indicados a melhor filme para o Oscar, Carol, baseado no livro de Patricia Highsmith, tem agradado público e crítica desde que estreou em Cannes. No festival francês, Rooney Mara arrebatou o prêmio de melhor atriz por sua interpretação de Therese Belivet, uma jovem que trabalha como vendedora em uma loja de bonecas em Nova York dos anos 1950. Certo dia, ela conhece a cliente Carol Aird (Cate Blanchett), que vai comprar um presente para sua filha, e muda sua vida. Therese tem um namorado por quem não se interessa muito, e Carol está no meio de um divórcio espinhoso. Considerado um dos melhores romances do ano, o filme se passa pelos olhos de Therese, que se apaixona por Carol, e tem mérito ao retratar uma história de amor lésbica em uma época em que era preciso enfrentar muito preconceito e resistência por parte da sociedade.

No Guion Center 2, às 21h10

Boi Neon (****)
(Boi Neon), de Gabriel Mascaro, Brasil, 2015, 101min

Boi Neon é difícil de descrever. Através de paisagens de um nordeste colorido e sem estereótipos, o diretor pernambucano Gabriel Mascaro conta a história do vaqueiro (Juliano Cazarré) que sonha em ser costureiro, enquanto ele viaja com uma caminhoneira (Maeve Jenkins) e sua filha. Trata-se de um road-movie que quebra estereótipos, mostrando “machos nem tão machões”, uma caminhoneira não masculinizada e uma família não tradicional. Premiado no Festival de Veneza, Boi Neon é mais uma amostra do excelente cinema pernambucano dos tempos atuais.

Na Sala Norberto Lubisco, às 19h

45 anos (*****)
(45 Years), de Andrew Haigh, Inglaterra, 2015, 95 min


Considerado pelo Sul21 como o melhor filme de 2015. Kate Mercer (Charlotte Rampling) está planejando a festa de comemoração dos 45 anos de casada. Porém, cinco dias antes do evento, o marido (Tom Courtenay) recebe uma carta: o corpo de seu primeiro amor foi encontrado congelado no meio dos Alpes Suíços. A estrutura emocional dele é seriamente abalada e Kate já não sabe se vai ter o que comemorar durante a festa. Os veteranos Rampling (69 anos) e Courtenay (78) levaram os prêmios de melhor atriz e ator do Festival de Berlim deste ano e dão um show à parte. Ingmar Bergman cansou de nos mostrar que dois grandes atores às voltas com um bom texto pode dar resultados de primeira grandeza. É o caso. O jovem cineasta Andrew Haigh demonstra grande talento e delicadeza para captar as nuances de um casal que sai fora do prumo.

Na Sala Paulo Amorim, às 15h30 e 19h30

Exposições e Artes Plásticas

Organicidade: o percurso de Esther Bianco entre a pintura e a gravura
No Margs, Praça da Alfândega, s/n°
De terças a domingos, das 10h às 19h
Até 23 de março

A exposição Organicidade apresenta uma visão do percurso da artista gaúcha Esther Bianco entre a pintura e a gravura ao longo dos últimos quarenta anos. Na primeira porção da mostra acompanhamos um amplo conjunto de pinturas produzidas em período mais recente – anos 2000 – no qual a artista vem explorando o imaginário poético suscitado por uma mesma fonte geradora: a noção de rede. Cidades, mapas, trajetos, o movimento dos corpos, células e tecidos, circuitos de informação, campos do conhecimento, a observação de plantas, famílias, constelações, galáxias. Tudo rede, sistema, tecido, vida: trama e urdidura. A percepção da realidade biológica, social, cultural e cósmica como uma sobreposição de complexos sistemas entrelaçados e interdependentes é o princípio de ativação do plano pictórico, aqui. Em sua lógica intrincada, as redes de Esther se sustentam no cruzamento incansável de linhas e manchas, continuidades e rupturas. São estruturas que se organizam entre o estático e o dinâmico, o orgânico e o arquitetônico, a luz e a escuridão, a forma e o informe, caos e ordem, em uma profusão de jogos e tensões entre polaridades abertas. Na segunda sala, encontramos uma pequena amostra da abundante produção pictórica de Esther Bianco dos anos 80 e 90. Animais e plantas em suas metamorfoses inconscientes, o masculino e o feminino, seus encontros e desencontros, personagens da literatura gaúcha, como os anjos de Mário Quintana, são alguns dos temas com que se ocupou neste período. Em sintonia com as características históricas desta geração em nosso meio, neste período a artista se dedica à pinturas de grande formato onde a figuração e a transfiguração são exploradas no limite de uma certa abstração. São corpos que ora se afirmam claramente e ora se diluem em grandes zonas de manchas eloquentes, igualmente protagonistas. Finalizando este percurso, a última sala apresenta um conjunto inédito de gravuras em metal, linguagem a qual Esther vem se dedicando de forma ininterrupta desde os anos 80, em paralelo a sua produção em pintura. A seleção para esta sala buscou traçar uma breve retrospectiva, cotejando a cronologia com núcleos temáticos e estruturais que irão se desdobrar ao longo dos anos, ora acompanhando sua produção em pintura, ora como tema exclusivo de sua produção gráfica, como é o caso da série dedicada às águas. Neste núcleo de gravuras é possível identificar claramente a importância de algumas linhas formadoras do pensamento da artista: a observação e narrativa de natureza social, as pequenas anotações sobre o cotidiano, a figuração de natureza expressionista, os ecos distantes de uma abstração geométrica traduzida em uma organicidade intuitiva.
Poetica-de-cada-dia

Memórias e identidade: raízes palestinas
Memorial do Rio Grande do Sul
De terça à sexta, das 10h às 18h; sábados, domingos e feriados, das 12h às 17h
Até 8 de março

A Embaixatriz da Palestina no Brasil, Nahida Tamimi Alzeben, emprestou 23 vestidos típicos de sua coleção para a exposição que apresenta um pouco da cultura do povo palestino. A mostra conta ainda com trabalhos entalhados em madeira da oliveira, a arte do vidro, as obras de arte em nácar e a arte do bordado em ponto de cruz, que decoram os vestidos das mulheres palestinas, e objetos de decoração como almofadas, espelhos, quadros e outros.

Foto: Foto: Guilherme Santos/Sul21
Foto: Foto: Guilherme Santos/Sul21

Vasco Prado – a escultura em traço
No Santander Cultural, na Rua Sete de Setembro, 1028
Ter a sáb, das 10h às 19h / Dom e feriados, das 13h às 19h
Até 28 de fevereiro

Fica aberta para visitação do público entre os dias 16 de dezembro e 28 de de fevereiro de 2016, no Santander Cultural, em Porto Alegre, a mostra Vasco Prado – a escultura em traço, com 95 obras, a maioria inéditas. Com curadoria de Paulo Amaral, a exposição traz desenhos e grafismos feitos pelo artista gaúcho em um período de 40 anos. O ano de 2014 marcou o centenário de nascimento de Vasco Prado, natural de Uruguaiana. “Incompreensível que não tenha recebido as devidas homenagens pelo que representou na história das artes do Rio Grande do Sul e do Brasil. Conhecido como escultor, sabemos menos de seu desenho, como, por vezes, recusamos aceitar a evidência de que este é a base da representação do pensamento visual”, afirma Paulo Amaral em seu texto curatorial. O artista, morto em 1998, costumava dizer que esculpia durante o dia e desenhava durante a noite. Inspirado em artistas consagrados, Vasco imprimiu ao seu trabalho características próprias, rapidamente reconhecíveis, denunciando a construção de uma identidade artística em cima de uma percepção muito particular. Símbolos e referências de sua infância, como o campo, os cavalos e o Negrinho do Pastoreio, são rapidamente incorporados por traços inspirados em artistas como Marino Marini e Picasso. (Da Culturíssima)

Foto: Nilton Santolin
Foto: Nilton Santolin

Filmes e Vídeos de Artistas na Coleção Itaú Cultural
Na Fundação Iberê Camargo, Av. Padre Cacique, 2000
De terça a domingo, das 12h às 19h, até 21 de fevereiro

Obras audiovisuais que exploram e ampliam a linguagem do cinema e do vídeo são o foco da exposição Filmes e Vídeos de Artistas na Coleção Itaú Cultural, que acontece na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, de 07 de novembro de 2015 a 21 de fevereiro de 2016. A mostra apresenta um recorte da produção brasileira dos últimos 50 anos. A curadoria de Roberto Moreira S. Cruz traça dois eixos principais: o histórico, que cobre destaques da década de 1970, com obras recuperadas e remasterizadas de artistas como Nelson Leirner, Letícia Parente e Regina Silveira; e o contemporâneo — a nova geração de artistas, incluindo Cao Guimarães, Rivane Neuenschwander, Thiago Rocha Pitta, Eder Santos, entre outros.

Foto: Nilton Santolini, Fundação Iberê Camargo (FIC), Divulgação
Foto: Nilton Santolini, Fundação Iberê Camargo (FIC), Divulgação

Flanando no Paradoxo (Felipe Mollé)
Centro Histórico-Cultural Santa Casa (Independência, 75)
Horário: 9h às 18h (3ª a sábados) / 14h às 18h (domingos e feriados)
Até 26 de fevereiro

Fruto de um inusitado projeto do fotógrafo Felipe Mollé. A partir das provocações recebidas durante as aulas, Felipe resolveu cruzar alguns corredores que normalmente são evitados pelas pessoas. Intrigado com o fato de que em outros lugares – como Buenos Aires, Paris, Viena, Washington -, abrigam cemitérios que estão incluídos nos roteiros turísticos, ele resolveu se aventurar e fotografar o Cemitério da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. Fundado em 1850, o Cemitério da Santa Casa é o mais antigo em atividade no Rio Grande do Sul . Considerado um museu a céu aberto, o local guarda lembranças, fatos históricos e um vasto patrimônio artístico esculpido em pedra, mármore, bronze e ferro. O fotógrafo então atravessou os portões e andou por suas alamedas, iniciando uma viagem ao passado e registrando diversas figuras históricas ilustres.
cemiterio

Iberê e Seu Ateliê: as coisas, as pessoas e os lugares
Fundação Iberê Camargo, Av. Padre Cacique, 2000
Das 12h às 19h (de 3ª a domingo) e das 12h às 21h (5ª feiras)
Até 2 de abril

A Fundação Iberê Camargo (Padre Cacique, 2000) recebe, por um ano, a exposição “Iberê e seu ateliê: as coisas, as pessoas e os lugares”, que traz uma visão mais abrangente sobre o artista. Com entrada gratuita, a visitação acontece das 12h às 21h, nas quintas-feiras, e das 12h às 19h de terça a domingo. A mostra tem como tema a poética de Iberê Camargo, o universo mental e material que concretiza a sua obra. As 146 obras em exposição apresentam os três gêneros trabalhados ao longo de sua carreira – a paisagem, a natureza-morta e a figura humana -, demonstrados em um recorte cronológico, que vai do início, ainda nos anos 40, à consolidação nos anos 60 e à culminação dos anos 70 em diante. O objetivo é possibilitar ao público da Fundação Iberê Camargo uma visão abrangente da obra do artista, por meio de uma mostra linear buscando uma visão do todo de sua carreira. A base para a organização da exposição está fundada em três eixos: a poética, isto é, o universo mental e material de concretização da obra, o temperamento do artista, não o do homem, pois prescindiremos da biografia e, finalmente, a execução, isto é, os caminhos trilhados em busca dos resultados.
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CarnaGlau
No Café Fon Fon, na Vieira de Castro, n° 22
Na sexta-feira, dia 19 de fevereiro, às 21h

Para quem não quer se despedir da folia, a atração é o CarnaGlau no Café Fon Fon, que promete reviver o espírito dos antigos carnavais, com suas marchinhas, sambas e balancês. A cantora Glau Barros, acompanhada dos músicos-mestres Silfarnei Alves (violão) e Heleno Goulart (percussão), preparou um repertório que reúne aqueles clássicos que povoam a lembrança de todo folião, como “Noite dos Mascarados” (Chico Buarque), “Pierrô Apaixonado” (Noel Rosa e Heitor dos Prazeres) e “Máscara Negra” (Zé Kéti e Pereira Passos). O show-festerê se realiza nesta próxima , em Porto Alegre. Vista sua fantasia e coloque o seu bloco na rua! No CarnaGlau do Café Fon Fon a folia não tem hora para acabar! Ingressos: R$ 20,00. Reservas pelo fone 9308.0285.
Carnaglau