Sul21 recomenda ‘Eu não sou seu negro’, ‘Minha Vida de Abobrinha’, fotografia tcheca e Yamandu Costa
Milton Ribeiro
Bons lançamentos e continuações na cidade. Quem quiser se refugiar do calor e da chuva nos cinemas, ficará provavelmente feliz. Eu não sou seu negro, Minha Vida de Abobrinha e Um Homem chamado Ove são importantes estreias. Dentre as continuações, temos os excelentes Eu, Daniel Blake, O Apartamento e A Criada, só para começar.
Mas há mais. Uma rara exposição de fotografias jornalísticas tchecas traz os trabalhos mais premiados dos últimas décadas naquele país. São 50 fotos que estão lá no MARGS.
E, bem, quarta e quinta-feira da próxima semana, há Yamandu Costa no StudioClio. Nada mal para uma cidade governada por Marchezan Jr. sob a sombra fétida de Sartori e Temer.
Confira outras indicações abaixo. Têm para todos os gostos.
Este pequeno Guia é um resumo. Não se trata de uma programação completa, mas de recomendações dos melhores espetáculos que assistimos. O critério é a qualidade. Se você tiver sugestões sobre o formato e conteúdo de nosso guia, por favor, comente. Boa semana!De segunda a sexta, atualizamos nosso Guia21 com a programação do que acontece em POA.
Cinema – Estreias
Eu Não Sou Seu Negro (*****)
(I Am Not Your Negro), de Raoul Peck, EUA / França / Bélgica / Suíça, 2016, 95 min
Narrado por Samuel L. Jackson, o documentário constrói uma reflexão sobre como é ser negro nos Estados Unidos. Em 1979, James Baldwin iniciou seu último livro, Remember This House, relatando as vidas e assassinatos dos lideres ativistas que marcaram a história social e politica americana: Medgar Evers, Malcolm X e Martin Luther King Jr. Baldwin não foi capaz de completar o livro antes de sua morte, e o manuscrito inacabado foi confiado ao diretor Raoul Peck, que combina esse material com um rico arquivo de imagens dos movimentos Direitos Civis e Black Power, conectando essas lutas históricas por justiça e igualdade com os movimentos atuais que ainda clamam os mesmos direitos. Um filme estarrecedor e necessário.
No Espaço Itaú 3, às 13h30 e 19h50
Minha Vida de Abobrinha (****)
(Ma Vie De Courgette), de Claude Barras, Suíça / França, 2015, 66 min
Abobrinha é um apelido intrigante para um menino de 9 anos de idade, e sua história única, apesar de única, é surpreendentemente universal. Após a morte repentina de sua mãe, Abobrinha torna-se amigo do policial Raimundo, que acompanha o garoto até seu lar adotivo repleto de outros órfãos de sua idade. A princípio, Abobrinha luta para encontrar seu lugar nesse ambiente estranho e, por vezes, hostil. Assim, com a ajuda de Raimundo e novos amigos, Abobrinha aprende aos poucos a confiar, encontrar o amor verdadeiro e ao final uma nova família para si.
No Espaço Itaú 2, às 17h10, 18h40, 20h10
No Guion Center 1, às 13h50
Um Homem Chamado Ove (***)
(En Man Som Heter Ove), de Hannes Holm, Suécia, 2016, 116 min
Ove é o homem mais rabugento do mundo. Sempre foi assim, mas piorou desde a morte da mulher, que ele adorava. Agora que foi despedido, Ove decide suicidar-se. Mal sabe ele as peripécias em que se vai meter. Um jovem casal recém-chegado destrói-lhe a caixa de correio, o seu amigo mais antigo está prestes a ser internado a contragosto num lar, e um gato vadio apresenta-se e ele. Ove vê-se obrigado a adiar o fim para ajudar a resolver, muito contrariado, uma série de pequenas e grandes crises. O livro é engraçadíssimo, o filme é apenas bom. Mas nos fala de amizades inesperadas e do impacto profundo que podemos ter na vida dos outros. Indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
No Guion Center 2, às 14h
No Guion Center 3, às 16h20 e 21h05
Cinema – Em cartaz
A Criada (****)
(Ah-ga-ssi), de Park Chan-wook, Coreia do Sul, 2016, 144 min
A Criada é um excelente filme de alta temperatura erótica. A produção leva ao limite uma estrutura semelhante a do romance A Mulher do Tenente Francês, de John Fowles, onde há três finais diferentes, à escolha do leitor. A Criada também traz um menu, mas de forma ainda mais criativa. Coreia do Sul, anos 1930. Durante a ocupação japonesa, a jovem Sookee (Kim Tae-ri) é contratada para trabalhar para uma herdeira nipônica, Hideko (Kim Min-Hee), que leva uma vida isolada ao lado do tio autoritário. Só que Sookee guarda um segredo: ela e um vigarista planejam desposar a herdeira, roubar sua fortuna e trancafiá-la em um sanatório. Tudo corre bem com o plano, até que Sookee… Do mesmo diretor do notável Old Boy.
No Guion Center 1, às 18h30
Redemoinho (****)
de José Luiz Villamarim, Brasil, 2017, 100 min
Luzimar (Irandhir Santos) e Gildo (Júlio Andrade) são dois grandes amigos de infância, que se reencontram depois muitos anos afastados. Eles cresceram juntos em Cataguases, interior de Minas Gerais. Luzimar nunca saiu de sua cidade e trabalha numa fábrica de tecelagem. Gildo mudou-se para São Paulo onde acredita ter se tornado um homem mais bem sucedido. Na noite de Natal, Luzimar e Gildo se confrontam com o passado e, num intenso mergulho em suas memórias, partem para um arriscado acerto de contas. O filme é baseado no conto Os Amigos, do livro O Mundo Inimigo – Inferno Provisório Vol. II“, de Luiz Ruffato. É um filme altamente poético e onde a imagem toma a posição de protagonista. O filme é perfeito em mostrar as relações entre todos os personagens em razão da elegante conjunção da direção de Villamarim, do visual belíssimo criado pelo diretor de fotografia Walter Carvalho, dos diálogos precisos e da intensa interpretação da dupla central de atores.
No CineBancários, às 15h e 19h
No Espaço Itaú 8, às 13h30, 15h30, 19h30 e 21h30
Na Sala Eduardo Hirtz, às 17h30
Toni Erdmann (****)
(Toni Erdmann), de Maren Ade, Alemanha/Áustria, 2016, 162 min
Os jornalistas presentes ao Festival de Cannes elegeram Toni Erdmann como o melhor filme apresentado lá. Jack Nicholson assitiu o filme e imediatamente comprou os direitos para fazer uma refilmagem norte-americana com ele no papel principal. Toni Erdmann, o sujeito que dá nome ao filme, é um sessentão piadista e bom de papo. Ele usa uma dentadura bizarra, um terno gasto e uma peruca nada sutil. Num bar de Bucareste, na Romênia, ele se apresenta a Ines (Sandra Hüller) e amigas dela como um coach a trabalho na cidade. Quando vemos essa cena, já sabemos que Toni, na verdade, é Winfried (Peter Simonischek), professor de música e pai de Ines. A filha trabalha num negócio tipicamente contemporâneo: viaja para vários cantos do mundo demitindo e reorganizando hierarquias de grandes empresas. Ou seja: uma executiva acorrentada ao celular, à rotina de reuniões e sem muito tempo para dar atenção ao pai, que chegou à cidade para uma visitinha surpresa. Maren Ade, a diretora do filme, espertamente escolhe o humor – e o que ele tem de mais constrangedor e honesto – como único elo possível entre os dois. O filme é ótimo. (Com a ajuda do site Metrópoles).
No Espaço Itaú 1, às 15h30, 18h20 e 21h10
No Guion Center 2, às 16h05 e 20h50
Lego Batman – O Filme (***)
(The Lego Batman Movie), de Chris McKay, EUA, 2016, 105 min
Extremamente egocêntrico, Batman leva uma vida solitária como o herói de Gotham City. Apesar disto, ele curte bastante o posto de celebridade e o fato de sempre ser chamado pela polícia quando surge algum problema – que ele, inevitavelmente, resolve. Quando o comissário Gordon se aposenta, quem assume em seu lugar é sua filha Barbara Gordon, que deseja implementar alguns métodos de eficiência de forma que a polícia não seja tão dependente do Batman. O herói, é claro, não gosta da ideia, por mais que sinta uma forte atração por Barbara. Paralelamente, o Coringa elabora um plano contra o Homem-Morcego motivado pelo fato de que ele não o reconhece como seu maior arquinimigo. Meu Deus, o que acontecerá com Batman? Entretenimento de primeira linha.
Cópias IMAX 3D Dubladas:
No Cinespaço Wallig 8, às 14h, 16h50 e 19h
Cópias IMAX 3D Legendadas:
No Cinespaço Wallig 8, às 21h10
Cópias 3D Dubladas:
No Cineflix Total 1, às 14h e 16h30
No Cinemark Barra 8, às 15h e 17h30
No Cinemark Ipiranga 8, às 14h30, 17h e 19h40
No GNC Iguatemi 5, às 13h20, 15h40 e 17h50
No GNC Praia de Belas 2, às 13h20, 15h40, 17h50
Cópias Dubladas:
No Arcoplex Boulevard 2, às 14h30 e 16h40
No Cine Victória 2, às 13h30, 15h30 e 17h30
No Cineflix Total 2, às 14h40, 17h e 19h20
No Cinespaço Wallig 4, às 13h30, 15h30 e 17h30
No Cinemark Barra 3, às 13h45
No Cimark Barra 8, `às 12h40
No Cinemark Ipiranga 1, às 13h30
No Espaço Itaú 6, às 13h30 e 15h30
Cópias Legendadas:
No Espaço Itaú 6, às 17h30 e 19h30
A Espera (****)
(L’Attesa), de Piero Messina, França / Itália, 2015, 100 min
Na cena inicial, Anna (Juliette Binoche) está sentada num velório, diante do cadáver do filho. A cerimonia ocorre numa igreja escuríssima, com as pessoas se movimentando silenciosamente pela penumbra. Na cena seguinte, Jeanne (Lou de Laâge) chega à mansão da mãe de seu namorado, na Sicília, sem saber que o jovem acaba de morrer. Então, neste momento de profunda dor e luto, Anna é surpreendida pela visita da namorada francesa do filho e é ela convidada para os festejos de Páscoa. Isoladas num casarão na Sicília, Itália, elas escondem segredos enquanto aguardam ansiosamente o reaparecimento do rapaz.
No Guion Center 1, às 17h15
No Guion Center 2, às 19h
A Qualquer Custo (****)
(Hell Or High Water), de David Mackenzie, EUA, 2016, 102 min
Interior do Texas, Estados Unidos. Toby (Chris Pine) e Tanner (Ben Foster) são irmãos que, pressionados pela proximidade da hipoteca da fazenda da família, resolvem assaltar bancos para obter a quantia necessária ao pagamento. Com um detalhe: eles apenas roubam agências do próprio banco que está cobrando a hipoteca. Só que, no caminho, eles precisam lidar com um delegado veterano (Jeff Bridges), que está prestes a se aposentar.
No Espaço Itaú 2, às 21h30
O Apartamento (*****)
(Forushande), de Asghar Farhadi, Irã/França, 2016, 125 min
Emad (Shahab Hosseini) e Rana (Taraneh Alidoosti) são casados e encenam a montagem da peça teatral “A Morte de um Caixeiro Viajante”, de Arthur Miller. Um dia, eles são surpreendidos com o alerta para que eles e todos os moradores do prédio em que vivem deixem o local imediatamente. O problema é que, devido a uma obra próxima, todo o prédio corre o risco de desabamento. Diante deste problema, Emad e Rana passam a morar, provisoriamente, em um apartamento emprestado. É lá que Rana é surpreendida com a entrada de um estranho no banheiro, justamente quando está tomando banho. Ela acaba no hospital por motivos que não devemos declinar. O trauma do ocorrido que afeta, cada vez mais, suas vidas. “O Apartamento” é de Asghar Farhadi — mesmo diretor de “A Separação” — e é um filme notavelmente bem narrado, desconcertante e de grande tensão. Excelente roteiro e atores.
No Guion Center 3, às 14h05
Até o Último Homem (***)
de Mel Gibson, EUA/Austrália, 2016, 139 min
Durante a Segunda Guerra Mundial, o médico do exército Desmond T. Doss (Abdrew Garfield) se recusa a pegar em uma arma e matar pessoas, porém, durante a Batalha de Okinawa ele trabalha na ala médica e salva mais de 75 homens, sendo condecorado. O que faz de Doss o primeiro Opositor Consciente da história norte-americana a receber a Medalha de Honra do Congresso.
No Cinemark Barra 8, às 20h10
Eu, Daniel Blake (*****)
(Daniel Blake), de Ken Loach, Reino Unido / França / Bélgica, 2016, 97 min
Após sofrer um ataque cardíaco e ser desaconselhado pelos médicos a retornar ao trabalho, Daniel Blake (DAVE JOHNS), um carpinteiro de meia-idade, busca receber os benefícios concedidos pelo governo a todos que estão nesta situação. Entretanto, ele esbarra na extrema burocracia instalada pelo governo, amplificada pelo fato dele ser um analfabeto digital. Numa de suas várias idas a departamentos governamentais, ele conhece Katie (HAYLEY SQUIRES), uma mãe solteira de duas crianças, que se mudou recentemente para a cidade para escapar de viver numa residência para sem-abrigos em Londres. Sem condições financeiras para se manter, a única hipótese de Katie foi a de aceitar um apartamento numa cidade que ela desconhece, a 300 milhas de distância. Daniel e Katie encontram-se na terra de ninguém, presos na burocracia da Segurança Social… Longa que apresenta um retrato crítico sobre o sistema de bem-estar social inglês “EU, DANIEL BLAKE“, filme do diretor britânico Ken Loach foi o grande vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes/ 2016. Triste, kafkiano, realista e perfeito. Este vai direto para o Top 10 de 2017.
Na Sala Paulo Amorim, às 15h e 19h
Manchester à Beira-Mar (****)
(Manchester by the Sea), de Kenneth Lonergan, Estados Unidos, 2016, 137 min
Lee Chandler (Casey Affleck) é forçado a retornar para sua cidade natal com o objetivo de tomar conta de seu sobrinho adolescente após o pai (Kyle Chandler) do rapaz, seu irmão, falecer precocemente. Este retorno ficará ainda mais complicado quando Lee precisar enfrentar as razões que o fizeram ir embora e deixar sua família para trás, anos antes.
No Espaço Itaú 6, às 21h30
Exposições
Czech Press Photo
No MARGS, Praça da Alfândega, s/n° – De terças a domingos, das 10h às 19h
Até 12 de março
O Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli e a Secretaria de Estado da Cultura têm a honra apresentar a exposição CZECH PRESS PHOTO dia 19 de janeiro, às 18h30min, nas Salas Negras do MARGS. A mostra traz uma retrospectiva das imagens vencedoras de autoria de diversos fotógrafos tchecos e eslovacos, a partir dos vinte anos de existência do concurso CZECH PRESS PHOTO. A exposição que foi apresentada na Europa pode ser visitada em Porto Alegre até 12 de março, com entrada franca. A exposição é feita a partir dos 21 editais do concurso CZECH PRESS PHOTO. São 21 fotos vencedoras e 29 fotos nos tamanhos tamanho 25×16,5 cm, escolhidas a partir dos editais do concurso. Essa seleção de 50 fotografias de diferentes fotógrafos mostra o ambiente e o desenvolvimento da fotografia jornalística, articulando imagens tanto da República Tcheca como de lugares além de suas fronteiras. O concurso Czech Press Photo ocorre anualmente desde 1995. Seu objetivo é oferecer um testemunho visual independente sobre a vida, como os jornalistas profissionais da República Tcheca e Eslovaca a veem em seu país e no mundo. Ao mesmo tempo, existe o esforço de apoiar o jornalismo visual como meio para o conhecimento e o entendimento entre os homens.
Vidas Refugiadas
No Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, Rua da Praia, 1223
De terças a sextas, das 10h às 19h, sábados, das 11h às 18h. Até 4 de março
O tema do refúgio vem sendo abordado em pesquisas acadêmicas e relatórios midiáticos, sempre a partir da perspectiva masculina e raramente com foco na mulher. Por ser minoria, diante das 60 milhões de pessoas deslocadas, a mulher refugiada acaba herdando a invisibilidade já habitualmente experimentada pelas mulheres brasileiras, fazendo com que suas dificuldades sejam menos ouvidas, suas particularidades pouco respeitadas e sua feminilidade completamente ignorada. O resultado desse processo de anulação limita seu acesso a direitos, amplia sua exclusão social, impede sua plena integração e provoca uma perigosa repetição das violações já vivenciadas em seu país de origem.
Exposições de Artes Visuais no IAB RS
Até 24 de fevereiro de 2017, das 14h às 18h, de segunda à sexta-feira
No Ponto de Cultura Solar do IAB RS (Rua General Canabarro nº 363)
A mostra integra o terceiro ciclo de artes visuais da galeria Espaço IAB em 2016. A visitação permanece até o dia 24 de fevereiro de 2017, das 14h às 18h, de segunda à sexta-feira, na Rua General Canabarro nº 363, no Centro Histórico de Porto Alegre. A entrada é franca. Na Sala Negra, o público poderá conferir a mostra “Esculto-Pinturas: 30 Anos de Criação”, do artista plástico argentino Nestor Candi. Ele reúne pinturas e esculturas criadas entre 1987 e 2016, em exposição que demonstra as relações entre seus trabalhos bi e tridimensionais. As obras são executadas com fragmentos de ferro soldados e outras com tintas, verificando-se construção convicta de formas em visível equilíbrio, mediante recortes, dobras, aplicação de cores sobrepostas com harmonia, que tornam evidente a identidade do artista e revelam os processos sucessivos desenvolvidos nesses 30 anos de criação permanente. A Sala Anexa, abrigará a exposição coletiva “Gráfica Mente Motu” reunindo trabalhos do artista Moisés Tubinambá, também conhecido como Motu. Ele apresenta um trabalho icônico com linhas urbanas de identidade contemporânea. Seus temas, influenciados pela cultura pop, giram em torno de paisagens urbanas e personagens dotados de certo humor. O artista explora ainda técnicas e suportes diversos, tendo em sua produção trabalhos em desenho, pintura, litogravura, xilogravura e cerâmica. A Sala do Arco irá abrigar a mostra “Relicário pela Vida” das artistas Lara Espinosa, Milena Kunrath, Sandra Meneses e Suzana Campozani. Os trabalhos remetem a elementos da natureza em impressões imaginativas de grupo que resultaram na composição de um “Relicário”. As artistas revelam que em suas lembranças “imprime-se o espírito de algo que não mais existe, ou que tende a desaparecer, mas que ainda tem capacidade de transformação para uma nova História”. Nesse contexto, a reunião dos materiais se deu de forma natural, uns como extensão dos outros. Raízes, sementes, folhas e pequenas plantas do jardim se agregaram ao cotidiano de fazer cerâmica, reunidas como acervo particular, tátil e visual. Na área externa e circulação do Solar do IAB RS, a artista Bianca Santini apresenta a exposição “Além da Paisagem”, que busca transpor para o espaço a forma como a paisagem é percebida e modificada, a partir de deslocamento e percepção fenomenológica e de sentido.
Música
Yamandu Íntimo
Dias 22 e 23 de fevereiro de 2017, quarta-feira, às 21h
No StudioClio, Rua José do Patrocínio, 698
Anualmente, Yamandu Costa estreia suas novas composições e reapresenta seus clássicos no palco do StudioClio, no contexto de seu aniversário (24/01). Neste ano de 2017, excepcionalmente, realizaremos dias 22 e 23 de fevereiro este evento máximo da agenda musical do verão de Porto Alegre. É fascinante assistir e ouvir na sala de casa (o auditório Clio) ao gênio deste artista, violonista consagrado internacionalmente.
Teatro
AfroME
Dias 17 e 18 de fevereiro | 21h
No Boteco do Paulista (Rua Riachuelo, 230 – Centro Histórico)
Vencedor melhor espetáculo pelo Júri Popular do 11º Prêmio Braskem Em Cena, AFROME está de volta para uma mini-temporada de verão. A montagem retorna para o original espaço onde já foi apresentada: o Boteco do Paulista (Rua Riachuelo, 230). O espetáculo do grupo PRETAGÔ como ponto de partida uma aproximação entre Brasil e África a partir da música e de cenas interventivas em meio ao público, abordando temas da hora como a identidade negra, a arte como discurso, a violência contra os afrodescendentes, os fluxos migratórios forçados na capital gaúcha e no mundo. A entrada é gratuita, com contribuição espontânea da plateia. Durante os 90 minutos da apresentação, o atendimento e o cardápio do bar seguem a mil.