Guia21 recomenda ‘Neve Negra’, ‘Animal Político’, ‘Guerra do Paraguay’, Ospa, exposições e peças

Milton Ribeiro

O argentino Neve Negra — com a dupla arrasa-quarteirão Ricardo Darín e Leonardo Sbaraglia — e os brasileiros Animal Político e Guerra do Paraguay, são os destaques dentre os lançamentos nos cinemas.

Mas há muito mais. A Ospa promete um bom concerto na próxima terça-feira. Também será inaugurada hoje a Mostra Acervo Zoravia Bettiol e uma exposição toda-Ufrgs — professora e alunos — no MARGS.

Como se não bastasse, há duas boas peças teatrais: o espetáculo IMOBILHADOS na Sala Álvaro Moreyra e Um Caso para Terapia na Bruno Kiefer da CCMQ.

Ou seja, só fica em casa quem quiser. 

Confira outras indicações abaixo. 

Este pequeno Guia é um resumo. Não se trata de uma programação completa, mas de recomendações dos melhores espetáculos que assistimos. O critério é a qualidade. Se você tiver sugestões sobre o formato e conteúdo de nosso guia, por favor, comente. Boa semana! De segunda a sexta, atualizamos nosso Guia21 com a programação do que acontece em POA.

Cinema – Estreias

Neve Negra (***)
(Nieve Negra), de Martin Hodara, Argentina, 2016, 100 min


Salvador (Ricardo Darín) vive isolado do mundo nas colinas geladas da Patagônia. Sozinho há décadas, ele recebe a inesperada visita do irmão Marcos (Leonardo Sbaraglia) e de sua namorada, Laura (Laia Costa). O objetivo dos dois é que Salvador aceite vender as terras que os irmãos receberam como herança, algo que ele não está nem um pouco disposto a fazer. É que Marcos precisa desesperadamente de dinheiro e tem uma excelente proposta em mãos. O confronto entre os dois grandes atores argentinos é conduzido com habilidade por Hodara em meio a flashbacks. Ms o desfecho parece inferior ao restante do filme.

CÓPIAS LEGENDADAS
No Cinemark Barra 3, às 14h20 e 19h30
No Espaço Itaú 3, às 13h30, 15h30, 17h30, 19h30 e 21h30
No GNC Moinhos 2, às 13h30, 15h30, 17h30, 19h30 e 21h30
No Guion Center 2, às 14h15, 16h, 17h45 e 19h30

Animal Político (****)
de Tião Brasil, Brasil, 2016, 76 min


Tudo ia bem com ela: uma vida confortável, numa grande cidade, com família e amigos queridos, uma rotina de compras, restaurantes e academia, até que, às vésperas do Natal, um vazio toma conta e a vida passa a não fazer sentido. Esse mote pode ser mais do que um roteiro de um filme, como também um resumo da vida de muita gente. Mas o inusitado é que a crise em questão não é vivida por uma atriz e sim por uma vaca. Este filme bem-humorado e irônico é o primeiro longa-metragem do diretor pernambucano Tião. “Pensar no que é a vaca passa por uma questão social clara e básica. Como a gente é uma coisa só, uma só espécie e, ao mesmo tempo, pode ser tão separado? Queria falar de uma entidade humana, torná-la a mais ambígua que eu conseguisse”.

No CineBancários, às 17h

Guerra do Paraguay (****)
de Luis Rosemberg Filho, Brasil, 2016, 75 min


O longa, filmado em preto e branco, é uma metáfora poética de uma guerra sangrenta. Um fato inesperado se torna real: um soldado da Guerra do Paraguai e uma trupe de teatro dos dias atuais se reúnem em um encontro entre passado e presente. Sem se preocupar com linearidade ou precisões históricas, Guerra do Paraguay acompanha uma trupe teatral mambembe formada por três mulheres, que empurram sua carroça sem cavalo em meio a um cenário de fome e desolação. Elas cruzam com um soldado orgulhoso e patriótico que anuncia que a guerra terminou e a nação brasileira é vitoriosa. Mas seria mesmo tão simples assim?

No CineBancários, às 15h e 19h

Cinema – Em cartaz

Mulher Maravilha (****)
(Wonder Woman), de Patty Jenkins, EUA, 2017, 141min


Treinada desde cedo para ser uma guerreira imbatível, Diana Prince nunca saiu da paradisíaca ilha em que é reconhecida como princesa das Amazonas. Quando o piloto Steve Trevor se acidenta e cai numa praia do local, ela descobre que uma guerra sem precedentes está se espalhando pelo mundo e decide deixar seu lar certa de que pode parar o conflito. Lutando para acabar com todas as lutas, Diana percebe o alcance de seus poderes e sua verdadeira missão na Terra. Não, não é apenas mais um filme de super-herói. E não é apenas uma questão semântica ou jogo de palavras, afinal estamos diante de uma heroína. A questão, na verdade, é que estamos diante da melhor adaptação da DC desde Batman. (Com a ajuda do AdoroCinema).

CÓPIAS 3D DBULADAS
No Cineflix Total 1, às 13h30, 16h20, 19h10 e 22h
No Cinemark Barra 7, às 13h45 e 17h
No Cinemark Ipiranga 4, às 14h50, 18h e 21h15
No Cinemark Ipiranga 8, às 19h e 22h15
No Cinespaço Wallig 4, às 15h
No GNC Iguatemi 4, às 13h10 e 18h50
No GNC Praia de Belas 1, às 13h10 e 18h50
CÓPIAS 3D LEGENDADAS
No Cinemark Barra 5, às 15h, 18h e 21h15
No Cinemark Barra 7, às 20h20
No Cinespaço Wallig 4, às 18h e 21h
No GNC Iguatemi 4, às 16h e 21h40
No GNC Praia de Belas 1, às 16h e 21h40
CÓPIAS DUBLADAS
No Arcoplex Boulevard 2, às 18h50 e 21h30
No Arcoplex Rua da Praia 2, às 16h30 e 19h10
No Cineflix Total 3, às 21h40
No Cineflix Total 5, às 13h50
No Cinemark Ipiranga 7, às 13h50, 17h05 e 20h15
No Cinespaço Wallig 2, às 14h, 17h e 20h
No Cine Victória 1, às 14h, 16h45 e 19h30
No Espaço Itaú 7, às 14h, 17h e 20h
No GNC Iguatemi 6, às 16h20 e 22h
nO GNC Lindoia 1, às 13h20, 16h10, 19h e 21h45
No GNC Praia de Belas 5, às 16h20 e 22h
CÓPIAS LEGENDADAS
No Cinemark Barra 6, às 19h e 22h15
No Espaço Itaú 4, às 15h, 18h e 21h
No GNC Iguatemi 6, às 13h20 e 19h10
No GNC Praia de Belas 5, às 13h30 e 19h10

Corra! (****)
(Get Out!), De Jordan Peele, EUA, 2016, 104 min


O excelente Corra! é um tremendo sucesso comercial e de crítica. Chris e Rose vivem um casal apaixonado que embarca para um final de semana no interior a fim de conhecer a família dela. Ele é negro, ela é branca de olhos azuis. Acostumado com o estranhamento das pessoas, Chris questiona a namorada se ela teria avisado aos pais sobre o fato de ele ser negro. Rose responde que isso não era necessário. Tá bom. É um estresse suficiente para Chris por imaginar possíveis objeções raciais dos pais da moça, mas ao chegar lá ele descobre que o buraco é ainda mais embaixo com direito sessões de hipnose, empregados misteriosos e um verdadeiro show de bizarrices.

No GNC Praia de Belas 3, às 14h15

O Cidadão Ilustre (*****)
(El Ciudadano Ilustre), de Mariano Cohn e Gastón Duprat, Argentina, 2015, 120 min


Daniel Mantovani (Oscar Martínez), um escritor argentino e vencedor do Prêmio Nobel, radicado há 40 anos na Europa, volta à sua terra natal que inspirou a maioria de seus livros, para receber o título de Cidadão Ilustre da cidade — um dos únicos prêmios que aceitou receber. No entanto, sua ilustre visita desencadeará uma série de situações complicadas entre ele e o povo local. Quando chega a cidadezinha de Salas, o escritor é recebido pelo prefeito, que lhe mostra a agenda programada para os poucos dias em que permanecerá ali. O primeiro deles é uma aula aberta. E, por mais que relute, será levado num desfile em carro de bombeiros ao lado da miss local. O humor de O Cidadão Ilustre é construído a partir das diferenças e da tensão entre a sofisticação de Daniel e a simplicidade dos moradores de Salas. O que muitos ali ainda não sabem é que a cidade e seus antigos habitantes serviram de cenário e inspiração para personagens dos romances e contos dele — e os retratos nem sempre são nostálgicos ou agradáveis.

No GNC Moinhos 3, às 16h30, 19h e 21h20
No Guion Center 3, às 16h15, 18h30 e 20h40

Argentina (****)
(Zonda: Folclore Argentino), de Carlos Saura, Argentina / Espanha / França, 2015, 85 min


Zonda é um vento seco e quente, característico de regiões situadas ao pé da Cordilheira dos Andes. Na Argentina, sopra desde a província de Neuquén até Jujuy. É também o nome que o diretor Carlos Saura escolheu para seu último filme, no qual faz um passeio pelo folclore argentino. Malambo, chacareras, vidalas, chamamés. A obra continua a série sobre investigações musicais que Saura começou com Sevillanas” (1991), e seguiu com “Flamenco” (1995), “Tango” (1998), “Iberia” (2005) e “Fados” (2007). Desta vez, a co-produção é entre Argentina, Espanha e França. A direção musical é de Lito Vitale. São 20 números musicais, que oferecem também belas coreografias, como vocês podem ver o trailer abaixo. (Do Aquí me quedo).

Na Sala Eduardo Hirtz, às 19h15

Além das Palavras (****)
(A Quiet Passion), de Terence Davis, Reino Unido / Bélgica, 2016, 125 min


Além das Palavras, roteirizado e dirigido por Terence Davies, acompanha a biografia de uma das maiores poetisas norte-americanas de todos os tempos. Narra com intenso vigor o período que vai da juventude de Emily Dickinson no internato até os seus últimos anos, vivendo como uma artista reclusa e ainda não reconhecida. O filme aborda as rejeições, repressões e paixões que influenciaram a trajetória da escritora, bem como os relacionamentos com sua família e outras pessoas que marcaram sua alma e obra.

Na Sala Paulo Amorim, às 17h15

Paterson (*****)
(Paterson), de Jim Jarmusch, EUA, 2016, 118 min


Se ainda existem cineastas de culto, Jim Jarmusch é o maior deles. E Adam Driver e Golshifeth Farahani formam o casal mais romântico do ano. E é garantido que, sob a câmara de Jarmuch, o romantismo nunca é tolo. Um filme literário, delicado, pontuado por piadas de bom gosto sobre a sobrevivência da literatura em meio ao cotidiano. Paterson entra direto na lista dos melhores filmes do ano. Paterson é um motorista de ônibus da cidade homônima, em Nova Jersey. Diariamente, ele repete uma rotina simples: dirige seu ônibus observando a cidade, enquanto ouve fragmentos das conversas que o rodeiam. Também escreve poesias em um caderno, passeia com o cachorro, vai a um bar à noite, bebe uma cerveja e volta para casa para encontrar a esposa Laura. Ao contrário do marido, o mundo de Laura está sempre mudando. Ela tem novos planos todos os dias. Paterson a apoia e ela encoraja o talento dele para a poesia. O filme mostra silenciosamente as vitórias e derrotas da vida diária com a poesia que se intrometendo nos pequenos detalhes. Um tremendo filme. Cinema puro falando da vida e da literatura.

Na Sala Eduardo Hirtz, às 15h30

Central (****)
de Tatiane Sager e Renato Dorneles, Brasil, 2015, 75 min

Foto: Sidney Brzuska

O Presídio Central de Porto Alegre já foi considerado o pior do Brasil pela CPI do Sistema Carcerário, da Câmara dos Deputados, em 2008. Agora, o local abre suas portas para expor a estrutura mal conservada e a vida de penitenciários em condições insalubres. Funcionários da prisão, detentos e familiares dos presos contam como é a vida cotidiana na cadeia e propõem uma reflexão sobre o estado do sistema penitenciário brasileiro. A obra também apresenta o olhar dos próprios presos, que, com câmeras nas mãos, captaram imagens diretamente nas galerias, onde nem mesmo a polícia tem acesso. Superlotação, falta de infraestrutura e de higiene, má alimentação, uso liberado de drogas, além de uma rotina de execuções e maus tratos, são evidenciados no longa-metragem. A partir de depoimentos de policiais militares, familiares, presos, o sociólogo Marcos Rolim e autoridades, o filme também apresenta as diversas faces de uma mesma história,

Na Sala Eduardo Hirtz, às 17h30

Exposições

EXPOSIÇÃO: Mostra Acervo Zoravia Bettiol – Artistas Brasileiros e Estrangeiros
VISITAÇÃO: De segunda a sexta-feira das 10 às 18h até o dia 28 de junho de 2017
ESTÚDIO ZORAVIA BETTIOL: Rua Paradiso Biacchi, 109

A artista visual Zoravia Bettiol vai inaugurar sua nova galeria, um espaço com 100 m², no bairro Ipanema, em Porto Alegre, com uma mostra do seu acervo de obras de outros artistas que ela vem adquirindo ao longo dos anos. Estarão disponibilizadas aproximadamente 150 obras, dentre as quais importantes e representativas tanto estéticas como historicamente em pintura, desenho, gravura e escultura, de artistas brasileiros e estrangeiros. Zoravia começou a colecionar em 1961 adquirindo uma pintura de Regina Silveira sendo que as suas mais intensas aquisições foram na década de 80. Há obras de artistas estrangeiros compradas em suas viagens e algumas na Bienal Internacional de São Paulo na década de 60 quando ainda havia a possibilidade de adquirir obras nas bienais. A obra mais antiga é um desenho, retrato de Vasco Prado, realizado por João Faria Viana em 1937.

“Entre o acervo e o eStúdio”, com obras de Marilice Corono (IA/UFRGS) e
“No eStúdio”, coletiva de alunos do IA/UFRGS
De 9 de junho a 16 de julho, de terças a domingos, das 10h às 19h
No MARGS (Praça da Alfândega, s/n°)

A exposição “Entre o acervo e o eStúdio”, que ocupará as salas Ângelo Guido e Pedro Weingertner, apresenta obras de Marilice Corona, professora do Departamento de Artes Visuais do IA/UFRGS e artista visual. Para essa exposição, Marilice selecionou algumas obras do acervo do MARGS para estabelecer um diálogo com seu trabalho, como “A dama de branco”, de Artur Timótheo da Costa, e “O vestido verde”, de João Fahrion. Dando seguimento às suas investigações sobre autorreferencialidade e metapintura, Marilice seleciona pinturas cujo tema é o atelier do artista ou o cenário de produção, como também é chamado. Sendo assim, estarão presentes na exposição “Entre o acervo e o estúdio”, além das pinturas de Marilice Corona, obras de João Fahrion, Carlos A. Petrucci, Edson Motta e Pedro Weingartner. Para Marilice, essa exposição e seus diversos desdobramentos tratam especialmente de questões referentes à genealogia e à identidade da obra, do autor e do próprio espectador, agentes cuja interação é um processo em permanente construção. Não por acaso a escultura “Inca”, de Fernando Corona, avô da artista, participará da mostra. A exposição “No eStúdio” ocupa a sala João Fahrion do MARGS e apresenta obras de 23 artistas ligados ao Studio P — Atelier Aberto de Pintura, criado por Marilice Corona como projeto de Extensão em artes visuais do IA/UFRGS. A mostra tem a intenção de dar a ver a produção individual de cada integrante do grupo. O título da exposição não se refere apenas ao espaço físico onde, na maior parte das vezes, a pintura é produzida, mas ao estúdio como alegoria do espaço de pensamento, da elaboração e criação das obras e da troca e da discussão entre artistas (quando é espaço coletivo). O estúdio visto como espaço de prospecção onde a investigação da linguagem tem primazia.

Santander Cultural inaugura mostra inédita: “Zerbini, Barrão, Albano”
De 24 de maio até 16 de julho, Rua Sete de Setembro, 1028 | Centro Histórico
Terça a sábado: das 10h às 19h / Domingos: 14h às 19h

Três artistas renomados na cena nacional – Albano Afonso, Barrão e Luiz Zerbini – e três experientes curadores – Douglas de Freitas, Felipe Scovino e Marcelo Campos – são destaques no calendário de artes visuais da unidade de cultura do Santander em Porto Alegre. You are here: Home / Exposições / Santander Cultural inaugura mostra inédita: “Zerbini, Barrão, Albano”. O Santander Cultural segue a temática da instituição em 2017: inovar e dar ênfase ao ofício curatorial. Três artistas distintos estão reunidos em uma mesma exposição, Albano Afonso, Barrão e Luiz Zerbini; com curadoria de Douglas de Freitas, Felipe Scovino e Marcelo Campos, respectivamente. A mostra apresenta 43 obras em pintura, gravura, escultura e fotografia, que se direcionam pelos caminhos da instalação e potencializam as vozes individuais de cada artista. O resultado é uma grande exposição com multiplicidade de gestos, discursos e interesses no campo artístico da cena contemporânea.

Luiz Zerbini, Ilha da Mare | Foto: Luis Garrido

Música de Passarinho, de Antônio Augusto Bueno
Galeria Sotero Cosme – 6º andar da CCMQ (Andradas, 736)
Visitação: 12 de maio à 9 de julho
Terças à sextas, das 9h às 19h. Sábados, domingos e feriados, das 12h às 19h

A Galeria Sotero Cosme (6º andar da Casa de Cultura Mario Quintana) recebe a mostra “Música de Passarinho”, novo trabalho de Antônio Augusto Bueno. Com a curadoria de Marlies Ritter, a exposição traz fotos, vídeo, pintura, gravura, monotipia, objetos e elementos coletados da natureza, tendo o abacateiro do Atelier Jabutiê, de Antônio Augusto, como personagem principal. Desde que se mudou para o Jabutipê, há nove anos, o artista vem coletando e organizando os gravetos que caem da antiga árvore, armazenando os caroços e alguns abacates. Também fez algumas experiências com a fruta que deixou para os passarinhos se alimentarem, fazendo cópias em gesso das marcas deixadas pelos bicos das diferentes aves que vivem no Centro Histórico de Porto Alegre. Dos caroços também saíram pigmentos para experiências em monotipias e desenhos. Também farão parte da mostra frutos de liquidâmbares, coletados durante um outono em uma praça de Porto Alegre, e frutos de magnólias de uma praça localizada em Montevidéu (URU).

CHARRÚA, de Gustavo Tabares
Galeria Xico Stockinger – 6º andar da CCMQ (Andradas, 736)
Visitação: 12 de maio a 9 de julho
Terças à sextas, das 9h às 19h. Sábados, domingos e feriados, das 12h às 19h

A Galeria Xico Stockinger (6º andar da Casa de Cultura Mario Quintana) recebe a exposição “Charrúa”, do artista visual uruguaio Gustavo Tabares. Com a curadoria de Ana Zavadil, a mostra tem, além da peça sonora, desenhos, objetos de mármore, vídeos e pinturas. Tabares morou em Porto Alegre nos final dos anos 90 e, agora, volta para exibir uma série de trabalhos já apresentados na 56ª Bienal de Veneza, em 2015. A exposição tem, além da peça sonora, desenhos, objetos de mármore, vídeos, pinturas, etc., no formato de instalação.

Uma Possível História da Arte no Rio Grande do Sul: Plural[ismos] no Sul
Galeria Aldo Locatelli, de 12 de abril a 9 de julho, no Margs, na Praça da Alfândega
De terças a domingos, das 10h às 19h

O Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli, dando continuidade ao programa de exposições do acervo permanente do museu, prossegue com o projeto elaborado pelos núcleos do museu com o objetivo de apresentar obras da coleção do acervo do MARGS que são importantes para a configuração da constituição do cenário artístico gaúcho. A exposição Uma Possível História da Arte no Rio Grande do Sul: Plural[ismos] no Sul será apresentada na Galeria Aldo Locatelli, de 12 de abril a 9 de julho, com entrada franca. A mostra reúne 16 obras de artistas relevantes para o sistema da arte local, produzidas nos século XX, pertencentes ao acervo do MARGS. Este módulo tem como objetivo principal mostrar a pluralidade na produção gaúcha nas décadas de 1940, 1950 e 1960. Essa época foi marcada por discussões sobre o Modernismo, lançadas em São Paulo, na emblemática e questionadora Semana de Arte Moderna em 1922; tendo repercussões e desdobramentos aqui no Sul, especialmente no plano das ideias, resultando em confrontos e questionamentos sobre o que é a arte moderna e por qual caminho os artistas deveriam seguir. Tais debates influenciavam a produção artística, e a falta de consenso, aliados às diversas opiniões sobre a arte moderna, tornam-se perceptíveis ao observarmos as obras daquele momento, representadas na exposição. Embora muitos artistas não se intitulassem como modernistas e até mesmo se posicionassem contrários ao modernismo, suas obras, do ponto de vista formal, muitas vezes, passavam por atualizações estéticas e processos de modernização, originando essa multiplicidade de temas, técnicas e influências que identificamos na produção desse período.

Música

Concerto da Ospa | Série Theatro São Pedro
Dia 13 de junho de 2017, terça-feira, 20h30
Theatro São Pedro (Praça Mal. Deodoro, s/nº – Centro – Porto Alegre)

Parte do time dos primeiros violinos da Filarmônica de Berlim, a premiada violinista alemã Helena Berg vem pela primeira vez ao Brasil a convite da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre. No dia 13 de junho, terça-feira, às 20h30, ela estará na Capital gaúcha participando do quarto concerto da Série Theatro São Pedro 2017 da Ospa. A regência da apresentação será do maestro venezuelano José Luis Gomez, atual diretor artístico da Sinfônica de Tucson (EUA). No programa da noite, obras de dois russos: Sergei Prokofiev e Aleksandr Glazunov. Ingressos à venda na bilheteria do Theatro São Pedro. Vencedora de concursos internacionais como o Jakob Staine, o de Violino de Avignon e o Ibolyka Gyarfas, Helena vem se apresentando regularmente como solista e musicista de câmara na Europa, Estados Unidos e Japão. Em Porto Alegre, ela interpretará a última obra escrita por Prokofiev (1891-1953) no período em que ele viveu nos Estados Unidos, após sair de sua terra natal devido à Revolução Russa e antes de retornar ao seu país em 1936. Trata-se do “Concerto para Violino nº 2”, de 1935. Na segunda parte da noite, a Ospa insere pela primeira vez em seu repertório a “Sinfonia nº 4” de Glazunov (1865-1936), compositor que foi professor de Prokofiev no Conservatório de São Petersburgo. A sinfonia foi dedicada a Anton Rubinstein, outro grande nome da música russa, e foi estreada em 1893, sob a regência de Nikolay Rimsky-Korsakov. O maestro José Luis Gomez, proveniente do “El Sistema” de orquestras jovens da Venezuela, estudou na Escola de Música de Manhattan e venceu o primeiro prêmio do Concurso Internacional de Regência Sir Georg Solti (Frankfurt, 2010), com uma rara decisão unânime do júri. Conquistou plateias gaúchas na mais recente edição do Festival Internacional SESC de Música de Pelotas e, pela primeira vez, regerá a Ospa.

Ingressos: À venda na bilheteria do Theatro
Valores: R$ 20 (galeria), R$ 30 (camarote lateral), R$ 40 (camarote central) e R$ 50 (plateia), com desconto de 50% para seniores, estudantes e titulares do cartão Clube do Assinante ZH.
Horário da bilheteria: de segunda a sexta-feira, das 13h às 21h (quando não há espetáculos noturnos, das 13h às 18h30); nos sábados, das 15h às 21h, e domingos, das 15h às 18h.

Foto: Jorge Bongartz

Banda Pikardia
Auditório Luis Cosme- 4º andar da CCMQ (Andradas, 736)
Dias 9 e 10 de junho (sexta-feira e sábado), às 20h

A banda Pikardia realiza o pré-lançamento de seu primeiro álbum nos dias 9 e 10 de junho (sexta-feira e sábado), às 20h, no Auditório Luis Cosme da Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ). A obra conta com 13 músicas autorais, compostas pelos vocalistas Daniela Vigo e Mauro Amaral. Os ingressos custam R$ 20,00, com benefício de meia-entrada para estudantes, professores e idosos. Gravado no Estúdio Geraldo Flack, com direção musical de Ray Zimmer e masterização de Marcos Abreu, o Álbum Pikardia apresenta o amadurecimento da banda ao longo dos dezoito anos de atuação. Nele, a expressão das contingências caóticas e dos estereótipos presentes na sociedade é retratada no repertório autoral, que se mostra eclético, com letras instigantes. O trabalho é demonstrado por meio da mescla de sonoridades como música popular brasileira, rock, blues, progressivo e música psicodélica.

Ingressos: R$ 20 (meia-entrada para estudantes, idosos e professores)

Foto: Divulgação

Teatro

‘Ficções: Odes Mínimas’
Sala Qorpo Santo (Av. Paulo Gama, 110 — Campus Central da UFRGS, ao lado da Sala Redenção)
Nas quartas-feiras de junho (dias 07, 14, 21 e 28), às 12h30 e 19h30 (duas sessões por quarta-feira)

Nas quartas-feiras de junho acontecem as apresentações do espetáculo “Ficções: Odes Mínimas” na Sala Qorpo Santo. Imersas num universo de sonhos, desejo, ficções e pulsações, três mulheres dão voz e corpo às poesias e a trechos de prosa de Hilda Hilst (1930-2004).

A partir do impulso de falar sobre os desejos, o grupo mergulhou nos textos de Hilst, marcados pela liberdade da escrita. As palavras da escritora paulista renderam um material substancioso que serviu para que a diretora e as atrizes do espetáculo construíssem ficções que têm relação complexa com a realidade, pois ficam ao mesmo tempo mais fantasiosas e mais reais a cada vez que são contadas. A temporada de “Ficções: Odes Mínimas” é atividade do Projeto “Teatro, Pesquisa e Extensão (TPE)”, mostra de teatro universitário que apresentará sete espetáculos ao longo do ano de 2017. O TPE é espaço privilegiado da pesquisa e da produção cênica realizada pelos alunos do Departamento de Arte Dramática do IA/UFRGS. O projeto apresenta um espetáculo a cada mês, sempre às quartas-feiras, em dois horários: 12h30min e 19h30min. Todas as sessões têm entrada franca. As senhas começam a serem distribuídas uma hora antes das apresentações, no local.

Foto: Nana Castilhos

Espetáculo IMOBILHADOS
Dias 2,3,4,9,10,11,16,17,18 de junho – sextas, sábados e domingos, às 20h
Sala Álvaro Moreyra (Av. Erico Verissimo, 307)

Os dilemas, a intimidade e os desafios de convivência entre moradores de um prédio de apartamentos servem como pano de fundo para o espetáculo Imobilhados, primeira produção do grupo Máscara EnCena, com estreia marcada para o dia 2 de junho, 20h, na sala Álvaro Moreyra. Convidando o espectador a testemunhar fragmentos da vida dos moradores, a peça faz uso da máscara expressiva, técnica que não permite o recurso da fala ao ator, fazendo com que a interpretação seja feita através de gestos, ações e movimentos coreografados. Assim, os atores em cena revelam as particularidades de nove personagens e expõem seus segredos, anseios e fragilidades. O prédio funciona como um microcosmo. Entre os seus habitantes, encontram-se os mais variados tipos de pessoas: uma mulher carente e romântica, um homem recém chegado de uma cidade do interior, um velho ranzinza, uma mulher bem resolvida e hippie, a síndica maníaca por limpeza. A mulher carente e o caipira vivem um romance; a hippie se estressa constantemente com o velho rabugento; a síndica incomoda o faxineiro, e assim por diante. Situações hilárias – e outras dramáticas – se desenvolvem, em retratos simples e poéticos da vida humana.
Ingressos: À venda no Catarse (www.catarse.me/pt/imobilhados) e no local, a partir das 19h nos dias de espetáculo
Valor: De R$ 20,00 a R$ 40,00

Fabrício Simões

Um Caso para Terapia
De 2 a 18 de junho, sempre às sextas-feiras, sábados e domingos, às 20h30min
No Teatro Bruno Kiefer da Casa de Cultura Mario Quintana

Depois da estreia no Porto Verão Alegre deste ano, a peça Um Caso para Terapia entra em cartaz na cidade no dia 02 de junho para uma temporada de três semanas – sempre às sextas-feiras, sábados e domingos, às 20h30min, no Teatro Bruno Kiefer da Casa de Cultura Mario Quintana. Os ingressos estão sendo vendidos em várias plataformas desde 18 de maio. Na noite de estreia, o público será recebido com um brinde. Baseada em texto do escritor Fabio Ferraz, a peça aborda, de forma leve, simples e bem humorada, um tema relevante do campo da psicologia e da psiquiatria, as patologias que se acentuam na sociedade contemporânea, como transtorno obsessivo compulsivo, bipolaridade e pânico. No elenco, Simone Telecchi, Marcus Rech e Pedro Corbetta. A direção é coletiva e conta com a orientação cênica de Deborah Finocchiaro. No palco, um jovem casal, Angélica (Simone) e Daniel (Marcus), e os problemas decorrentes de suas psicopatologias. Angélica é bipolar. Oscila entre a depressão, a euforia e a irritação. Daniel é ansioso, tem síndrome do pânico e alguns problemas sexuais. Eles se conheceram pela internet e pareciam perfeitos um para o outro. Depois de algum tempo, passaram a viver as crises comuns de um casamento, agravadas por suas “doenças”. Os dois fazem terapia com o psiquiatra Giusepe Talarico (Pedro), figura participativa, bem humorada, mas um pouco estranha, que sofre de transtorno obsessivo compulsivo (TOC) em grau elevado. As cenas se desenrolam no consultório do psiquiatra e na casa do casal.
Ingressos
– Pela internet, R$ 40,00 – https://www.sympla.com.br/umcasoparaterapia
– Bilheteria, no dia do espetáculo, R$ 40,00.
– Pontos de venda promocionais, R$ 30,00 – Zilá Fashion Store (Félix da Cunha, 1.149 / Fone 3022 7889) e Homem&Company (Av. Nilo Peçanha, 2.605 / Fone 3328 5007), pagamento em dinheiro.

| Foto: Cristiano Primm