Guia21 recomenda ‘Dunkirk’, ‘Monsieur & Madame Adelman’ e ‘O Reencontro’

Milton Ribeiro

Dunkirk é um elogiado filme de guerra que se passa durante a retirada de Dunquerque. Sabe-se lá porque utilizaram o nome da cidade francesa em inglês no nome do filme. Segundo este critério, o filme de Fellini deveria se chamar Rome, e Cidade de Deus, City of God, mesmo no Brasil. Mas é um belo filme do diretor inglês Christopher Nolan. 

Monsieur & Madame Adelman tem um curioso argumento. O escritor Victor Adelman morre e um jornalista pergunta a sua esposa sobre como foi sua vida com ele. E ela repassa os 45 anos que viveram juntos, incluindo detalhes bastante íntimos. Excelente filme.

O Reencontro reúne duas as grandes maiores Catherines do cinema francês, Deneuve e Frot. A personagem de Deneuve, já septuagenária, é diagnosticada com um câncer no cérebro e, depois de 30 anos, resolve procurar um antigo amor, pai de sua ex-enteada, papel de Frot. Só que o cara já morreu há décadas e Deneuve fica nas mãos de Frot que, à princípio, só quer se livrar da velha. Bom filme. 

Há também boas atrações na área da música, ambas na terça feira. No BPE, às 19h, o músico Fernando Corona apresenta seu show Tudo pode virar jazz. Um pouco mais tarde, às 20h30 a Ospa nos chega com um programa especial só para sopros ali na Igreja da Reconciliação, na Senhor dos Passos. Detalhe: o concerto é gratuito.

Este pequeno Guia é um resumo. Não se trata de uma programação completa, mas de recomendações dos melhores espetáculos que assistimos. O critério é a qualidade. Se você tiver sugestões sobre o formato e conteúdo de nosso guia, por favor, comente. Boa semana! De segunda a sexta, atualizamos nosso Guia21 com a programação do que acontece em POA.

Cinema – Estreias

Dunkirk (****)
de Christopher Nolan, EUA / Reino Unido / França, 2017, 106 min


Os livros de história em português falam na Batalha de Dunquerque, mas o nome do filme de Christopher Nolan ficou com o nome da cidade francesa em… inglês. O filme é baseado na história da Operação Dínamo, que conseguiu resgatar mais de 330 mil homens daquela cidade durante o início da Segunda Guerra Mundial. A operação envolvia a retirada da Força Expedicionária Britânica e de outras tropas aliadas do porto de Dunquerque, cercado pelas forças nazistas, que naquele começo de guerra já invadia os Países Baixos e o Norte da França. Enquanto a liderança do exército inglês calculava que apenas 25% dos soldados conseguiria sair do cerco, a operação conseguiu tirar a quase todos. Como todos os filmes de Nolan, Dunkirk é excepcionalmente bem filmado, mas não é o maior filme de guerra de todos os tempos, como alguns estão falando. Tem que comer muito mingau para chegar ao nível de Vá e Veja, de Elem Klímov, para citar apenas um concorrente.
https://youtu.be/6LCvfBNMcwI
CÓPIA IMAX LEGENDADA
No Cinespaço Wallig 8, às 16h, 18h50 e 21h
CÓPIA IMAX DUBLADA
No Cinespaço Wallig 8. às 13h30
CÓPIAS LEGENDADAS
No Cineflix Total 5, às 21h55
No Cinemark Barra 4, às 13h, 15h30, 18h, 20h30 e 23h
No Cinemark Ipiranga 7, às 18h e 20h40
No Cinespaço Wallig 1, às 21h20
No Espaço Itaú 4, às 15h30, 19h50 e 22h
No GNC Iguatemi 2, às 14h15 e 21h50
No GNC Moinhos 1, às 14h20, 16h45, 19h e 21h20
No GNC Praia de Belas 6, às 15h10, 17h20 e 21h50
CÓPIAS DUBLADAS
No Cineflix Total 5, às 17h20 e 19h35
No Cinemark Ipiranga 7, às 12h e 14h40
No Cinespaço Wallig 1, às 14h30, 16h50 e 19h10
No Espaço Itaú 4, às 13h20 e 17h40

Monsieur & Madame Adelman (****)
de Nicolas Bedos, França, 2016, 120 min


Sarah (Doria Tillier) e Victor (Nicolas Bedos) estiveram juntos por 45 anos. No funeral dele, Sarah é abordada por um jornalista que deseja contar a história de seu marido, um renomado escritor, a partir do olhar da mulher que sempre o acompanhou. A partir de então, ela passa a contar as minúcias do relacionamento que tiveram, incluindo segredos bastante íntimos. Ao longo dos 45 anos que o filme cobre, somos apresentados a personagens envolventes, complexos, que aprendem, se renovam, erram e tentam de novo. Sem cair em clichês, o romance entre eles floresce de maneira atribulada e eles trocam de papéis constantemente, mas sempre de maneira bem construída e relevante. Um belo filme.

No Guion Center 3, às 14h30 e 20h35
No Espaço Itaú 2, às 16h30 e 21h10

O Reencontro (***)
(Sage Femme), de Martin Provost, França, 2016, 117 min

Cena de ‘O Reecontro’

Béatrice (Catherine Deneuve) tem aproximadamente 70 anos. É extravagante, expansiva, inconveniente, não possui moradia fixa nem reservas financeiras e amou demais, ao menos numericamente. Um de seus amores foi o pai de Claire (Catherine Frot) de quem foi madrasta quando ela tinha 13 anos de idade e, de repente, fugiu. Por trás da fachada alegre, Béatrice é uma mulher solitária. Agora, trinta e tantos anos depois, Claire tem 49, não bebe, não fuma, não se excede em nada. Rígida, leva uma vida irretocável com seu filho. Na verdade, é uma mulher igualmente solitária. Porém, quando descobre ser portadora de uma doença terminal, Béatrice procura seu antigo amor. Só que o pai de Claire morreu há décadas e ela só obtém contato com a ex-enteada. Claire é obstetra — aliás, que grandes cenas de partos há no filme! –, Béatrice não é nada. Como diz o título, o filme se baseia no reencontro entre ambas. Não é nenhuma maravilha, mas funciona direitinho dentro de uma estrutura nada original. Parece cinema médio americano, mas as duas Catherines são fantásticas.

No GNC Moinhos 4, às 13h45 e 18h40
No Guion Center 2, às 14h15, 16h25 e 18h40

Cinema – Em cartaz

Gatos (****)
(Kedi), de Ceyda Torun, EUA / Turquia, 2016, 79 min


Eles são personagens indissociáveis da cidade de Istambul. Estão por toda parte. A cineasta Ceyda Torun fez um documentário sobre eles. Acompanha sete gatos pela cidade. Há o sociável, o caçador, o psicopata, o cavalheiro, etc. Ceyda, na verdade, usa os gatos para falar de Istambul, de mudança – e seus reflexos nas pessoas. Os gatos da cidade têm estatuto de monumento. Quem visita Istambul, sabe que conviver com os felinos é tão importante como visitar museus, mesquitas, palácios ou mercados. O filme é “uma carta de amor” aos gatos e à própria cidade. Conta a história de sete das “centenas de milhares” de animais que por lá passeiam. Basta entrar no palácio Topkapi, sede do poder otomano durante séculos, para convencer os mais incrédulos: os felinos entram e saem do palácio mais valioso e respeitado do país com uma desfaçatez inaudita. Para quem, mesmo assim, tenha dúvidas, receita-se a A Cidadela, de Orhan Pamuk, o único nobel turco, onde o grande escritor de Istambul explica o papel que eles tiveram na eliminação da peste na idade média.
https://youtu.be/xZ7VbWdyoq8
No Cinespaço Wallig 7, às 19h30
No Espaço Itaú 1, às 20h e 21h45

A vida de uma mulher (****)
(Une Vie), de Stéphane Brizé, França/Bélgica, 2016, 119 min


Jeanne volta para casa após completar os estudos e passa a ajudar os zelosos pais nas tarefas do campo. Certo dia, o visconde Julien de Lamare aparece nas redondezas e logo conquista o coração da jovem, que, encantada, com ele se casa e vai morar. Conforme o tempo avança, Julien se mostra infiel, avarento e nada companheiro, o que vai minando a alegria de viver da antes esperançosa Jeanne. A Vida de Uma Mulher possui linguagem rigorosa, uma maneira bem peculiar de abordar a trajetória de sofrimentos da protagonista, observada com melancolia pela câmera quase sempre colada nas expressões. Aliás, no filme de Stéphane Brizé o formato da imagem não é quadrado gratuitamente, opondo-se à predominância cinematográfica do aspecto retangular. A austeridade é um dos signos centrais deste longa-metragem. Para imergirmos adequadamente na sucessão de derrotas impostas a Jeanne, é essencial abraçar essa rigidez. A compressão dos personagens num espaço de registro estreito causa flagrante desconforto. (Com o Papo de Cinema).

No Guion Center 3, às 16h40

Frantz (*****)
de François Ozon, França, 2016, 113 min


Ouvimos reclamações de que Frantz seria um filme convencional e acadêmico… François Ozon dirige algo muito diferente do que costuma fazer. Frantz é um melodrama histórico que mostra os pontos de vista da Alemanha e da França sobre a Primeira Guerra Mundial. Um antigo soldado francês decide visitar a família de um soldado alemão que ele viu morrer na guerra. Mas, a presença do jovem francês não agrada aos habitantes da pequena cidade alemã marcada pelo luto e pelo rancor contra o inimigo de guerra. O luto, a culpa e o perdão são os grandes temas de uma obra que não é tão clássica como parece à primeira vista, devido à originalidade do argumento escrito por François Ozon. A interpretação da atriz alemã Paula Beer é um dos pontos fortes deste filme delicado e austero.

No Guion Center 1, às 17h10

Perdidos em Paris (****)
(Lost in Paris), de Fiona Gordon e Dominique Abel, Bélgica/França, 2015, 83 min


O casal de artistas circenses Dominique Abel e Fiona Gordon revelam-se maravilhosos neste Perdidos em Paris, filme que escreveram, dirigiram e protagonizaram. Trazem um humor leve e descompromissado. O nonsense comanda o intrincado jogo de gestos e desencontros entre a bibliotecária Fiona (Fiona Gordon), a tia dela, Martha (a icônica presença de Emmanuelle Riva, morta em janeiro deste ano), e o desconhecido pobretão Dom (Dominique Abel). Tudo transcorre em Paris, tendo nos personagens verdadeiras caricaturas. O filme é uma declarada homenagem à arte de Chaplin, Jacques Tati e de Jean-Louis Barrault. Enquanto Fiona parte em busca da tia, com paradeiro incerto, ela esbarra num amontoado de coincidências e de momentos hilários. Com o Divirta-se e mais).

No Espaço Itaú 7, às 19h10
No Guion Center 1, às 14h, 15h35, 19h15 e 20h50

Uma Família de Dois (***)
(Demain Tout Commerce), de Hugo Gélin, França, 2016, 90 min


Samuel (Omar Sy) nunca foi de ter muitas responsabilidades. Levando uma vida tranquila ao lado das pessoas que ama no litoral sul da França, ele vê tudo mudar com a chegada inesperada de uma bebê de poucos meses chamada Glória, sua filha. Incapaz de cuidar da criança, ele corre para Londres a fim de encontrar a mãe biológica, mas, sem sucesso, decide criá-la sozinho. Oito anos depois, quando Samuel e Glória se tornam inseparáveis, a mãe retorna para recuperar a menina. Versão francesa do mexicano Não aceitamos devoluções, a versão recauchutada consegue superar facilmente o original. Com um super elenco e uma produção de primeira, o filme ganhou em grandeza, fazendo com que alguns clichês passem batido por nosso (falso) rigor.

No GNC Moinhos 3, às 14h e 21h10

Divinas Divas (****)
de Leandra Leal, Brasil, 2016, 101 min

Foto: Divulgação

As Divinas Divas são ícones da primeira geração de artistas travestis no Brasil dos anos 1960. Um dos primeiros palcos a abrigar homens vestidos de mulher foi o Teatro Rival, dirigido por Américo Leal, avô da diretora. O filme traz para a cena a intimidade, o talento e as histórias de uma geração que revolucionou o comportamento sexual e desafiou a moral de uma época. As oito biografadas em Divinas Divas foram guerreiras. Pioneiras do travestismo artístico no País, enfrentaram preconceito, mas se fizeram aceitas. Rogéria define-se como a travesti da família brasileira. Só o fato de o filme de Leandra Leal, inicialmente rejeitado, maldito, estar estreando em todas essas salas já é um acontecimento. Mas há mais: o filme é bom mesmo.

No CineBancários, às 17h

Neve Negra (***)
(Nieve Negra), de Martin Hodara, Argentina, 2016, 100 min


Salvador (Ricardo Darín) vive isolado do mundo nas colinas geladas da Patagônia. Sozinho há décadas, ele recebe a inesperada visita do irmão Marcos (Leonardo Sbaraglia) e de sua namorada, Laura (Laia Costa). O objetivo dos dois é que Salvador aceite vender as terras que os irmãos receberam como herança, algo que ele não está nem um pouco disposto a fazer. É que Marcos precisa desesperadamente de dinheiro e tem uma excelente proposta em mãos. O confronto entre os dois grandes atores argentinos é conduzido com habilidade por Hodara em meio a flashbacks. Ms o desfecho parece inferior ao restante do filme.

No Guion Center 3, às 18h50

O Cidadão Ilustre (*****)
(El Ciudadano Ilustre), de Mariano Cohn e Gastón Duprat, Argentina, 2015, 120 min


Daniel Mantovani (Oscar Martínez), um escritor argentino e vencedor do Prêmio Nobel, radicado há 40 anos na Europa, volta à sua terra natal que inspirou a maioria de seus livros, para receber o título de Cidadão Ilustre da cidade — um dos únicos prêmios que aceitou receber. No entanto, sua ilustre visita desencadeará uma série de situações complicadas entre ele e o povo local. Quando chega a cidadezinha de Salas, o escritor é recebido pelo prefeito, que lhe mostra a agenda programada para os poucos dias em que permanecerá ali. O primeiro deles é uma aula aberta. E, por mais que relute, será levado num desfile em carro de bombeiros ao lado da miss local. O humor de O Cidadão Ilustre é construído a partir das diferenças e da tensão entre a sofisticação de Daniel e a simplicidade dos moradores de Salas. O que muitos ali ainda não sabem é que a cidade e seus antigos habitantes serviram de cenário e inspiração para personagens dos romances e contos dele — e os retratos nem sempre são nostálgicos ou agradáveis.
https://youtu.be/Sserul5kChE
a Sala Paulo Amorim, às 17h15

Exposições

111 anos de Mario Quintana
Na CCMQ, Rua dos Andradas, 736 – Centro Histórico de Porto Alegre
Dias 28 e 29 de julho

A Casa de Cultura Mario Quintana preparou uma programação especial para comemorar os 111 anos do poeta, nascido em 30 de julho de 1906. Do dia 28 de julho a 25 de setembro, data em que o centro cultural completa 27 anos, ocorre a exposição “Quintana em Revista”. A mostra, que tem curadoria do Núcleo de Acervo e Memória do Centro Cultural, vai destacar a produção de Quintana em antigas revistas literárias, responsáveis pela divulgação de inúmeros intelectuais brasileiros na primeira metade do século XX. Durante o evento, serão oferecidos quindins – o doce preferido de Quintana – aos visitantes. Na sexta (28), às 19h, Ana Lonardi apresenta na Travessa dos Cataventos o “Iluminar Noturno”, novo álbum da cantora e compositora gaúcha com repertório que vai do Samba Canção ao Samba de Roda e canções que misturam uma multiplicidade de influencias do Jazz ao Soul à MPB. Antes, às 18h30, a artista circense Dominique Martins apresenta sua performance também na Travessa. Sábado (29), às 18h, o Grupo Puro Asthral realiza uma roda de samba com clássicos, MPB, sambas-enredos e músicas da nova geração de compositores de Porto Alegre. Nesses dois dias, entre 18h e 20h, a Casa de Cultura Maria Quintana e a Neugebauer, em parceria, distribuirão Minis, o chocolate monodose da Neugebauer.

PROGRAMAÇÃO | Entrada gratuita.
28 de julho | Sexta-Feira.
18h – Abertura da exposição Quintana em Revista.
Local: Memorial Majestic – Térreo da CCMQ.

18h30 – Apresentação da artista circense Dominique Martins.
Local: Travessa dos Cataventos.

19h – Show de Ana Lonardi.
Local: Travessa dos Cataventos.

18h e 20h – Distribuição de Chocolate Neugebauer.

29 de julho | Sábado.
18h – Roda de Samba com o Grupo Asthral.
Local: Travessa dos Cataventos.

18h e 20h – Distribuição de Chocolate Neugebauer.

Exposição Fotográfica 20 anos de Presídio Central
De 20 de julho a 25 de agosto, segunda a sexta-feira, das 9h às 18h
Palácio da Justiça (Praça Marechal Deodoro, 55)

A Exposição Fotográfica 20 anos de Presídio Central. Organizada pela AJURIS, em parceria com o Memorial do Judiciário do RS, a atividade apresenta a realidade da superlotação dos presídios e da violação dos direitos humanos da maior cadeia do Estado. Por meio das fotos feitas pelo juiz de Direito Sidinei Brzuska e das imagens do acervo do magistrado Marco Antônio Bandeira Scapini, falecido em 2014, a exposição conduz o olhar dos visitantes pelas galerias e estruturas do prédio e mostra a degradação do local ao longo das duas décadas de interdição. Por um decreto do Governo do Estado, publicado em janeiro deste ano, o Presídio Central passou a se chamar Cadeia Pública de Porto Alegre. A mostra poderá ser conferida gratuitamente até o dia 25 de agosto, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h. A Exposição Fotográfica 20 anos de Presídio Central foi montada pela primeira vez no átrio do Foro Central II de Porto Alegre como parte do Seminário Sistema Prisional e Direitos Humanos, evento promovido pela AJURIS nos dias 11 e 12 de agosto de 2016. O Seminário integrou a programação do aniversário de 72 anos da Associação.

Exposição “25 vezes Duchamp – A Fonte 100 anos”.
Museu de Arte Contemporânea – 6º andar da CCMQ (Andradas, 736).
Até 3 de setembro | Terças a sextas, das 10h às 19h, e sábados, domingos e feriados, das 12h às 19h

A Fonte 100 anos”, em homenagem à célebre e polêmica obra de Marcel Duchamp, “Fonte”. A abertura ocorre às 19h, no 6º andar da Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ). A entrada é gratuita. Com a curadoria de José Francisco Alves, a mostra apresenta 56 obras de 24 artistas convidados, a maioria inédita, realizada especialmente para a homenagem. “As obras escolhidas apresentam características variadas com a herança de Duchamp, com trabalhos de caráter objetual, a apropriação de materiais e coisas preexistentes, a elaboração mental e não manual dos objetos, o humor, o jogo, a provocação e até mesmo a revolta com a situação atual da política e das instituições brasileiras. Temos variadas, simples e sofisticadas experiências artísticas, num universo de possibilidades que é uma das mais atrativas marcas da arte contemporânea, que a cada dia testa os seus limites”, diz José Francisco.

Três Exposições na Galeria Duque
Rua Duque de Caxias, 649 – Centro Histórico, Porto Alegre
Seg/Sex: 10:00 às 19:00h | Sáb: 10:00 às 17:00h
Até 20 de agosto

A Galeria Duque inaugura três exposições neste sábado (15/07), às 14h30: a mostra Poesias singulares, com obras novas do acervo assinadas por mestres de renome internacional como Henry Moore, Lygia Pape e Aldo Locatelli; a coletiva Quatro poesias, das artistas gaúchas Daisy Viola, Graça Craidy, Roberta Agostini e Rosane Morais; e a individual Zona litorânea, série lúdica de Marcos Tabbal.

Foto: Obra de Graça Craidy

A trajetória da luz, de Leon Santos
No Margs, Praça da Alfêndega, s/n
De 12 a 13/08/2017, das 10:00 – 19:00

O Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli convida para abertura da exposição “A trajetória da Luz”, dia 11 de julho, às 19h, nas Salas Negras do MARGS. A mostra, com curadoria de Rogério Simões, pode ser visitada de 12 de julho até 13 de agosto, com entrada franca. A exposição tem por objetivo divulgar, pela primeira vez no Sul do Brasil, o trabalho do fotógrafo santista marcando o final de uma longa fase de cerca de 20 anos com a fotografia P&B. O público irá encontrar uma seleção de cerca de 40 imagens, em grandes formatos, grande parte no tamanho 60×45 e algumas em tamanho maior (70×90), que compões um panorama do trabalho do artista. Desse total, 10 imagens serão inéditas documentando o olhar do fotógrafo para a cidade de Porto Alegre, as demais são um apanhado da carreira do artista sempre com destaque para o P&B.

Música

Concerto da Série Igrejas
1ª de agosto de 2017, terça-feira, às 20h30
Igreja da Reconciliação (Rua Sr. dos Passos, 220 – Porto Alegre)

No dia 1º de agosto, terça-feira, a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre realiza um concerto especial dedicado ao repertório para sopros e percussão. Dois convidados que nunca haviam se apresentado com a sinfônica foram convocados para a exibição: o oboísta francês Timothée Oudinot e o maestro brasileiro Marcos Sadao Shirakawa. Timothée é o solista da noite. Sob a batuta de Shirakawa, diretor artístico e regente titular da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, os músicos interpretam obras de compositores modernos e contemporâneos como Henri Tomasi, Alexandre Travassos, Osvaldo Lacerda e Frigyes Hidas. É às 20h30, na Igreja da Reconciliação (Rua Sr. dos Passos, 202), com entrada franca.
PROGRAMA
Alexandre Travassos: Rapsódia Sefaradi
Frigyes Hidas: Concerto nº 2 para Oboé | Solista: Timothée Oudinot
Henri Tomasi: Fanfarras Litúrgicas
Osvaldo Lacerda: Suíte Guanabara

Regente: Marcos Sadao Shirakawa (Brasil)
Solista: Timothée Oudinot (França | oboé)

Foto: Marília Lima

Show Tudo Pode Virar Jazz
1º de agosto de 2017 (terça-feira), às 19h
Biblioteca Pública do Estado/BPE (Riachuelo, 1190)

“Tudo pode virar jazz: Villa Lobos, Lupicínio. E por que não Bach? Ou até mesmo uma cantiga de roda, uma canção do folclore? A emoção está por aí, esperando que a gente vá buscá-la. Quando este trio toca, o primeiro acorde aponta o início de um caminho que é sempre uma tentativa de se chegar até ela. A emoção”. É com esta proposta que Fernando Corona Trio, composto por Fernando Corona (teclado e voz), Nico Bueno (baixo) e Mano Gomes (bateria), se apresenta no dia 1º de agosto (terça), no show “Tudo Pode Virar Jazz, a partir das 19h, na Biblioteca Pública do Estado (BPE), com contribuição espontânea.

Foto: Ro Carneiro

Teatro

O Método Arbeuq
Dia 29 de julho, às 20h
Teatro do Sesc Canoas (Rua Guilherme Schell, 5340)

Encerra neste sábado, 29 de julho, a circulação por quatro municípios do RS do espetáculo O Método Arbeuq, com sessão gratuita em Canoas. O projeto passou por Santa Maria, Viamão e Montenegro durante o mês de julho. A montagem com dramaturgia original de Viviane Juguero é inspirada no filme argentino-hispano-italiano “El Método”, de 2005, dirigido por Marcelo Piñeyro, baseado na obra teatral “El Método Grönholm”, do espanhol Jordi Galcerán e traz no elenco Cassio Nascimento, Carol Martins, Elison Couto, Juliana Barros e Renato Santa Catharina. Em uma sala de treinamento de uma grande corporação empresarial, encontram-se cinco candidatos que disputam uma vaga para alto executivo. Os personagens entram na sala e vão apresentando-se uns aos outros, sem a presença de um mediador. Revelam suas características e personalidades, estabelecendo vínculos de afinidade e as primeiras alianças tácitas. Logo ficam sabendo que se trata de um método de avaliação novo em que os candidatos são os próprios avaliadores. O Método Arbeuq é um jogo de observação humana, onde o modo como avaliamos e como somos avaliados é o jogo central dessa trama, onde as alianças, as estratégias e as máscaras que criamos para sermos bem vistos pelos outros são expostas e a ética dos personagens é colocada à prova.

Foto: Marcio Garcia

Yerma ou quanto tempo leva para transbordar um balde
De 04 a 27 de agosto, sextas a domingos, sempre às 20h
Teatro Renascença (Centro Cultural Lupicínio Rodrigues – Av. Erico Verissimo 307, Azenha, Porto Alegre

Dia 04 de agosto estreia Yerma, do Teatro Ateliê, no Teatro Renascença. Um espetáculo adulto que trata de desejos, anseios e quereres de uma sociedade que cria códigos de conduta moral e de felicidade, contada transversalmente pelas expectativas de um casal que, ao mesmo tempo, os alimenta e os devora. Em 1934, Federico Garcia Lorca – na sua obra Yerma – falava de um universo de desejos insatisfeitos, maledicência, vergonha e ignorância. Um casal sem filhos. Suposições pessoais ou da sociedade sobre as quais existe um “culpado”, deformidades causadas por códigos de conduta ignoradas, defeitos físicos ou espirituais que o deformam. Esta universo é base e guia para a construção do espetáculo “Yerma ou quanto tempo leva para transbordar um balde”. A investigação parte de uma mulher e seu desejo de ser mãe para observar as distintas questões que nos inquietam – quereres, desejos e ânsias em uma coletividade que estabelece um guia de comportamento ética que a faz infeliz; os papéis no casamento e suas decorrências dentro da conjuntura social dos últimos séculos e a correlação sobre o que é possível e o que é desejado por cada pessoa.

Foto: Guega Peixoto

BUKOWSKI – Histórias da Vida Subterrânea
De 04 a 13 de agosto, de sexta a domingo sempre às 20 horas
Teatro de Arena – Altos do viaduto da Borges

aseado na vida e em fragmentos da obra do escritor norte-americano Charles Bukowski, notabilizado por uma literatura de caráter extremamente auto-biográfico, o espetáculo Bukowski: Histórias da Vida Subterrânea apresenta a oitava temporada do dia 04 a 13 de agosto, no Teatro de Arena. O espetáculo, grande sucesso de crítica e público, permeia a vida de Charles Bukowski, que revela – por meio de sua literatura autobiográfica – os trânsitos pelo caminho que se estendem da superfície ao subterrâneo psíquico, tanto do indivíduo quanto de sua relação em meio coletivo. Suas problemáticas, seus questionamentos, suas reflexões sobre a sociedade representada aqui como um agente que estabelece os conceitos que definem estratos e intelectos. O próprio tempo, o ato de pensar e viver sobre o tempo nos é apresentado em suas obras.