Guia21 recomenda ‘As Duas Irenes’, ‘Columbus’, ‘Deserto’ e dois espetáculos do Poa em Cena

Milton Ribeiro

Dois filmes brasileiros de primeira linha — As Duas Irenes e Deserto –, mais o norte-americano Columbus fazem a alegria do findi dos cinéfilos. Além disso, o talvez melhor filme de 2017, Últimos Dias em Havana, ainda permanece em uma sessão na Sala Paulo Amorim da CCMQ.

Está em curso o Porto Alegre Em Cena com duas importantes atrações. Chopin ou O Tormento do Ideal estará no Theatro São Pedro e GÉNESIS 6, 6-7, tido pela organização do evento como o melhor espetáculo do Festival, vai estar no Teatro do Sesi.

Após o evento de censura sobre o Queermuseu, o MAC anuncia que uma de suas exposições, o Projeto de Pesquisa em Fotografia Contemporânea não é recomendada para menores de 18 anos. Haja para aguentar o MBL e seus afins!

Este pequeno Guia é um resumo. Não se trata de uma programação completa, mas de recomendações dos melhores espetáculos que assistimos. O critério é a qualidade. Se você tiver sugestões sobre o formato e conteúdo de nosso guia, por favor, comente. Boa semana! De segunda a sexta, atualizamos nosso Guia21 com a programação do que acontece em POA.

Cinema – Estreias

As Duas Irenes (****)
de Fabio Meira, Brasil, 2017, 90 min


Uma menina de 13 anos, de uma família tradicional do interior, descobre que seu pai tem uma filha de outra mulher, com a mesma idade e o mesmo nome dela, Irene. Agora, a filha do meio se sente num lugar de rejeição e começa a tentar descobrir quem ela é e quem quer ser. Ela começa a perceber como se dão as relações sociais e vai entendendo que o universo adulto é feito também de segredos e mentiras. Irene 1 é a filha do meio que sofre com o misto de rigor e negligência da mãe — a filha mais velha vai debutar e a irmã caçula é a queridinha irmã caçula0. Desta forma, Irene 1 se sente tolhida, pouco querida e insatisfeita. A aproximação com Irene 2 desperta nela sentimentos de inveja e admiração — sua meia-irmã é criada em um cenário muito mais livre, sem muitas regras e por uma mãe presente e carinhosa.


No CineBancários, às 17h
Na Sala Eduardo Hirtz, às 19h15

Columbus (****)
(Columbus), de Kogonada, EUA, 2017, 104 min


Um dos destaques de Columbus é a arquitetura modernista da cidade que fica em Indiana nos Estados Unidos e que dá título ao filme. Ela é quase um personagem no enredo proposto. O filme gira em torno da relação entre um homem de 30 e poucos anos (John Cho), que volta para a cidade para visitar o pai que está em coma, e uma mulher mais jovem, Casey (Haley Lu Richardson), que tem interesse pela Arquitetura. Os temas trabalhados são densos: perpassam a questão da morte, da separação e a importância da arquitetura. Assim, o humanismo do diretor e sua maneira de contar histórias e amarrar temáticas se mescla a um formato singular. Columbus é uma das maiores surpresas cinematográficas do ano. (Trecho de matéria de Rodolfo Moreira).


No Espaço Itaú 1, às 19h20 e 21h30
No Guion Center 2, às 14h15, 18h15 e 20h15

Deserto (****)
de Guilherme Weber, Brasil, 2017, 100 min


Um grupo de artistas embarca em uma viagem apresentando um espetáculo por todo o sertão brasileiro. Mas, cansada da vida de nômade, a trupe decide se instalar em uma pequena cidade abandonada, e ali fundar a sua própria comunidade. Eles experimentam pela primeira vez uma outra forma de estar na sociedade, mas para que consigam conviver em harmonia, essas pessoas terão que mudar. Baseado no livro Santa Maria do Circo, do mexicano David Toscana, cada ator terá de mudar de papel. Parece um filme de um Sergio Leone com um filtro de Beckett. É muito bom, com grandes atuações de Lima Duarte e Cida Moreira.


No Guion Center 3, às 15h40 e 21h20

Cinema – Em cartaz

Como Nossos Pais (****)
de Laís Bodanzki, Brasil, 2017, 102 min


Rosa é uma mulher que quer ser perfeita em todas suas obrigações: como profissional, mãe, filha, esposa e amante. Quanto mais tenta acertar, mais tem a sensação de estar errando. Filha de intelectuais dos anos 70 e mãe de duas meninas pré-adolescentes, ela se vê pressionada pelas duas gerações que exigem que ela seja engajada, moderna e onipresente, uma supermulher sem falhas nem vontades próprias. Rosa vê-se submergindo em culpa e fracassos, até que em um almoço de domingo, recebe uma notícia bombástica de sua mãe. O trailer dá o spoiler…


No Cinemark Barra 7, às 18h
No Cinespaço Wallig 7, às 19h10 e 21h20
No Espaço Itaú 8, às 14h40 e 19h10
No GNC Moinhos 1, às 15h40, 17h40 e 19h40
No GNC Praia de Belas 2, às 19h40
No Guion Center 2, às 15h25, 17h20 e 19h15

Últimos Dias em Havana (*****)
(Últimos Días en la Habana), de Fernando Perez, Cuba, 2017, 93 min


Havana, dias atuais. Enquanto espera um visto para os Estados Unidos que nunca chega, Miguel lava pratos em uma lanchonete e cuida de Diego, seu amigo gay que vem sendo consumido pelo vírus HIV. Diego e Miguel vivem juntos como se fossem o dia e a noite, um é positivo e solar, o outro calado e soturno. A relação dos dois é totalmente abalada quando o visto de Miguel é liberado. Sério candidato a melhor filme do ano, Últimos Dias em Havana é um filme sobre a amizade em meio à pobreza, mas também sobre a sociedade cubana e o desejo contraditório de muitos de seus habitantes que hesitam entre sair do país ou permanecer. Profundamente humano, o filme sustenta-se sobre dois grandes atores — Patricio Wood (Miguel) e Jorge Martínez (Diego) e é um esplêndido dueto entre um moribundo cheio de vida e um homem saudável, porém quase morto internamente.


Na Sala Paulo Amorim, às 19h30

Bingo — O Rei das Manhãs (****)
de Daniel Rezende, Brasil, 2016, 113 min


Bingo: O Rei das Manhãs é uma comédia/drama brasileiro cuja inspiração vem da vida da vida de Arlindo Barreto, que interpretava o palhaço Bozo na televisão. No filme, o artista sonha com seu bom lugar sob os holofotes dos programas de TV. A grande chance surge ao se tornar “Bingo”, um palhaço apresentador de um programa infantil que é sucesso absoluto. Porém, uma cláusula no contrato não permite revelar quem é o homem por trás da máscara. O “Rei das Manhãs”, é o anônimo mais famoso do Brasil. Com muita ironia e humor ácido, ambientado numa roupagem pop e exagerada dos bastidores da televisão nos anos 80, o filme conta a história de um homem em busca do reconhecimento da sua arte, ao mesmo tempo que leva uma vida de drogas e álcool.


No Espaço Itaú 8, às 16h40 e 21h40

Corpo Elétrico (****)
de Marcelo Caetano, Brasil, 2016, 94 min


O filme acompanha Elias, um jovem que tenta equilibrar seu cotidiano entre o trabalho em uma fábrica de vestuários e encontros casuais com outros homens. Em cada cama que Elias se deita um universo se abre a partir das narrativas contadas pelos personagens. Elias ama de forma leve. Ele tem 23 anos é gay e nordestino. Usa cada encontro para moldar um pouco sua personalidade, tornando-se uma espécie de prisma humano, capturando tudo que pode de seus parceiros. Ele transita entre o masculino e o feminino, pode ser o trabalhador empenhado, mas também um anarquista debochado. Dessa forma, Corpo Elétrico questiona também os lugares socialmente estabelecidos para gays, negros, mestiços, migrantes, operários.


Na Sala Norberto Lubisco, às 19h

Monsieur & Madame Adelman (*****)
de Nicolas Bedos, França, 2016, 120 min


Sarah (Doria Tillier) e Victor (Nicolas Bedos) estiveram juntos por 45 anos. No funeral dele, Sarah é abordada por um jornalista que deseja contar a história de seu marido, um renomado escritor, a partir do olhar da mulher que sempre o acompanhou. A partir de então, ela passa a contar as minúcias do relacionamento que tiveram, incluindo segredos bastante íntimos. Ao longo dos 45 anos que o filme cobre, somos apresentados a personagens envolventes, complexos, que aprendem, se renovam, erram e tentam de novo. Sem cair em clichês, o romance entre eles floresce de maneira atribulada e eles trocam de papéis constantemente, mas sempre de maneira bem construída e relevante. Um belo filme.


No Guion Center 1, às 21h10
Na Sala Eduardo Hirtz, às 17h

Perdidos em Paris (*****)
(Lost in Paris), de Fiona Gordon e Dominique Abel, Bélgica/França, 2015, 83 min


O casal de artistas circenses Dominique Abel e Fiona Gordon revelam-se maravilhosos neste Perdidos em Paris, filme que escreveram, dirigiram e protagonizaram. Trazem um humor leve e descompromissado. O nonsense comanda o intrincado jogo de gestos e desencontros entre a bibliotecária Fiona (Fiona Gordon), a tia dela, Martha (a icônica presença de Emmanuelle Riva, morta em janeiro deste ano), e o desconhecido pobretão Dom (Dominique Abel). Tudo transcorre em Paris, tendo nos personagens verdadeiras caricaturas. O filme é uma declarada homenagem à arte de Chaplin, Jacques Tati e de Jean-Louis Barrault. Enquanto Fiona parte em busca da tia, com paradeiro incerto, ela esbarra num amontoado de coincidências e de momentos hilários. Com o Divirta-se e mais).


Na Sala Paulo Amorim, às 15h30

Exposições

Exposições Guarde Seus Olhos, de Felipe Caldas, e Projeto de Pesquisa em Fotografia Contemporânea
Local: Galerias Xico Stockinger e Sotero Cosme – 6º andar CCMQ (Rua dos Andradas, 736)
Terça a sexta-feira, das 10h às 19h, e sábados, domingos e feriados, das 12h às 19h
De 15 de setembro a 19 de novembro

Com a curadoria Ana Zavadil, neste trabalho, Felipe Caldas trabalha com um repertório próprio na construção das imagens. A pintura é forte, densa e sugere uma fruição meticulosa, levando levará o observador por caminhos inquietantes na tentativa de desvelar o sentido da obra. O artista usa materiais alheios à pintura, como a gasolina, apenas para citar um. Riscar, arranhar, sobrepor, justapor, manchar e sujar, fazem parte do ato. Os materiais são usados para garantir efeitos nas pinturas. Com a curadoria de Fábio André Rheinheimer, o Projeto de Pesquisa em Fotografia Contemporânea foi estruturado com o objetivo de fomentar pontualmente outras possibilidades do fazer artístico. Foram consideradas as particularidades pertinentes à produção individual dos profissionais convidados, no que lhes havia de mais representativo e, em continuidade, lhes fora proposto vivenciar uma investigação diferenciada, porém autoral, na área de fotografia contemporânea, mediante o exercício desta. A significativa produção das imagens inéditas especialmente concebidas para este projeto, depois de quatro meses, deu origem à exposição com os seguintes fotógrafos convidados: Andrea Ludwig Cocolichio, Ana Rocha, Carlinhos Rodrigues, Douglas Fischer, Fabrício Simões, Flávio Wild, Hernando Salles, Iara Tonidandel, Karla Santos, Lucca Curtolo, Manoel Petry, Paulo Mello e Roberta Agostini. “Projeto de Pesquisa em Fotografia Contemporânea” ficará aberta para visitação até o dia 19 de novembro. A exposição é recomendada para maiores de 18 anos.

Obra de Felipe Caldas

Sandro Ka – tanto barulho por nada
Salas Negras do MARGS (Praça da Alfândega, s/nº – Centro Histórico, Porto Alegre/RS)
Período 25 de agosto até 24 de setembro de 2017, de terça a domingo, das 10h às 19h

Com uma trajetória que inclui diversas exposições e premiação, Sandro Ka lança mão da apropriação como procedimento operatório central, tendo a ironia como figura de linguagem. Em seus trabalhos, a imaginação infantil, a religiosidade e a citação de ícones da historiografia da arte e da cultua pop são temas convocados como referências explícitas para questionar sistemas de crença, posições políticas, tradições e comportamentos. Segundo Ana Albani, “na arte contemporânea, diferentes propostas jogam com o humor e a ironia como estratégias para atiçar a brasa do pensamento crítico, seja no espectador, seja na instituição que acolhe a obra e a exposição. Em tanto barulho por nada, Sandro Ka lança mão dessa poderosa ferramenta e propõe jogos de montagens que, propositalmente, ferem as regras estéticas do “bom-gosto” e as definições convencionais para o que entendemos como “obra de arte.” Trevi afirma que “interessa ao artista o estabelecimento de relações entre elementos advindos de contextos distintos com a intenção de estabelecer novas possibilidades de leitura. Essa re-significação é proposta no campo da produção de novos sentidos, agregando valores simbólicos e de status a elementos cotidianos em inusitadas articulações”. Sandro Ka possui obras em importantes acervos como Fundação Vera Chaves Barcellos (Viamão, RS), Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS (Porto Alegre, RS), Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul – MACRS (Porto Alegre, RS) e Sesc Juazeiro (Juazeiro do Norte, CE), entre outros.

Nonsense | Foto: Filie Conde

Continumm ∞ peças soltas de Adolfo Montejo Navas
No Espaço Cultural ESPM-Sul – Guilherme Schell, 268 – Porto Alegre
Até 21 de Outubro, das 9h às 22h

O artista plástico Adolfo Montejo Navas chega ao Espaço Cultural ESPM-Sul com a exposição Continumm ∞ peças soltas, que inaugura neste sábado, 19 de agosto. Em 23 anos de trabalhos visuais, a maioria das obras são inéditas em Porto Alegre e, grande parte, em todo Brasil. “No fundo, essas peças soltas, metonimicamente expostas – pois falam de uma trajetória nada absoluta –, são provenientes de lugares ou matrizes diversas e parecem produzir seu próprio continuum como energia visual, mas de forma sempre fragmentária.”, comenta o artista. Adolfo Montejo Navas é poeta, crítico e artista visual. Ele nasceu em Madri, mas mora no Brasil há 25 anos. É autor de livros de referência de numerosos artistas, com destaque para as edições sobre Anna Bella Geiger, Victor Arruda, Iberê Camargo, Regina Silveira, Paulo Bruscky. Tem experiência didática nas áreas da arte, crítica, teoria e literatura. Participou de palestras, cursos, seminários, mesas redondas, em diversas instituições de prestígio do país. É pesquisador independente nas áreas de Arte e Literatura. Imagem e palavra, fotografia, poesia e formas breves, críticas e curadoria, arte e cultura, são os principais temas de suas pesquisas.

Música

Concerto da Ospa | Série Theatro São Pedro
Quando: Dia 19 de setembro de 2017, terça-feira, às 20h30
Local: Theatro São Pedro (Praça Mal. Deodoro, s/nº – Centro – Porto Alegre

Nome de destaque na cena internacional da música de concerto, o contrabaixista italiano Alberto Bocini, professor na Haute École de Musique de Genebra, vem à Capital gaúcha para mais uma apresentação da Série Theatro São Pedro da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa). No dia 19 de setembro, terça-feira, às 20h30, ele estreia uma obra de sua autoria, e faz os solos dela junto à Ospa. A regência fica a cargo do maestro Evandro Matté. Os ingressos estão à venda na bilheteria do Theatro São Pedro, local da exibição, por valores entre R$ 20 e 50. O Concerto presta homenagem ao Centenário do Centro Israelita Porto-alegrense. Considerado um dos maiores contrabaixistas da atualidade, Bocini apresenta sua inédita “XUITE-0, Suite modulare per contrabbasso amplificato e Orchestra”. Trata-se de uma mistura de diversas influências que marcaram sua carreira, do rock progressivo à música de concerto. Os quatro movimentos da peça são envolvidos em atmosferas específicas – “NYC”, “Mozul” e “Gallipoli” evocam os ares das cidades que os nomeiam, e “Ballata” nos remete a uma história simples à moda antiga, com um único tema sendo apresentado na forma de variações.
Ingressos: À venda na bilheteria do Theatro. Valores: R$ 20 (galeria), R$ 30 (camarote lateral), R$ 40 (camarote central) e R$ 50 (plateia), com desconto de 50% para seniores. Horário da bilheteria: de segunda a sexta-feira, das 13h às 21h (quando não há espetáculos noturnos, das 13h às 18h30); nos sábados, das 15h às 21h, e domingos, das 15h às 18h.

PROGRAMA
Ottorino Respighi: Antiche danze et arie per liuto – Suite nº 3
Alberto Bocini: XUITE-0, Suite modulare per contrabbasso amplificato e Orchestra
Ludwig van Beethoven: Sinfonia nº 4

Regente: Evandro Matté
Solista: Alberto Bocini (Itália | contrabaixo)

Alberto Bocini | Crédito_Annamaria Kowalsky

Chapéu Acústico Festival
Data: de 5 a 29 de setembro de 2017. Hora: 19h.
Salão Mourisco da Biblioteca Pública do Estado (Riachuelo, 1190, esquina com General Câmara)

O Chapéu Acústico vem movimentando o Salão Mourisco da Biblioteca Pública do Estado do RS (BPE), desde 27 de setembro de 2016, com 57 apresentações de grandes nomes do cenário musical gaúcho. Para comemorar a data, o produtor Marcos Monteiro elaborou uma programação especial, com dez shows, às terças, quintas e sextas deste mês de setembro, sempre às 19h e com contribuição espontânea. A ideia surgiu da vontade de desenvolver atividades musicais sem depender de verba pública ou privada, com a parceria de artistas profissionais dispostos a movimentar a cena musical, em shows sem a cobrança de ingressos, usando o chapéu como forma de arrecadação. Numa realização da instituição da Secretaria da Cultura, Turismo, Esportes e Lazer (Sedactel) com produção artística de Marcos Monteiro, tem como convidados, em sua maioria, músicos instrumentistas de formação jazzística e cantores(as). Eles ocorrem todas as terças-feiras, sempre às 19h, com algumas edições especiais nas quintas.

Confira as atrações do Chapéu Acústico Festival:
dia 15 (sexta) – Toneco da Costa e Dani Rauen
dia 19 (terça) – Luiz Mauro Filho Trio
dia 21 (quinta)- Sérgio Rojas Grupo
dia 22 (sexta) – Octeto Jazz Gig
dia 26 (terça) – Brothers Orquestra
dia 28 (quinta) – Um Piano e Dois Trompetes – Jorginho do Trompete, Rochinha e Luiz Mauro Filho
dia 29 (sexta) – Dinho Oliveira Quarteto

Jorginho do Trompete | Foto: Marcos Monteiro

Teatro

Chopin ou O Tormento do Ideal (SP)
Dia 15, 16 e 17 de setembro
Sexta e sábado, às 21h, domingo, às 18h
Theatro São Pedro (Praça Mal. Deodoro – s/n – Centro)

Chopin ou O Tormento do Ideal é um espetáculo delicadamente romântico, consagrado a Chopin, que associa música e poesia, interpretado pela grandiosa atriz Nathalia Timberg e tocado por Clara Sverner, uma das maiores pianista brasileiras, dirigidas pelo consagrado José Possi Neto. O espetáculo faz sua estreia nacional no 24o Porto Alegre em Cena com apresentações nos dias 15, 16 e 17 de setembro, no Theatro São Pedro. A montagem original teve sua estreia nos primeiros meses do ano de 1987, no Teatro Gaiety- Montparnasse, em Paris. O Pianista Erik Berchot, vencedor (notavelmente) do prêmio Frédéric Chopin de Varsóvia (1980), uniu seus talentos aos do ator e autor Philippe Etesse para compor o belo espetáculo. Partindo de recortes textuais da vida de Chopin, cartas de George Sand entrelaçadas com declarações e poemas de Musset, Liszt, Baudelaire, Gérard de Nerval e Saint-Pol-Roux, o espetáculo ilumina, neste encontro de música e palavras, 20 anos da vida e da obra do compositor, criando uma possível subjetividade acerca de sua biografia com a objetividade e a poética do seu contexto histórico. Texto e música marcam os acontecimentos e apresentam uma personagem dividida entre um cotidiano vivido, às vezes, dolorosamente e um ideal inatingível.
Ingressos: R$ 80 inteira / R$ 40 meia-entrada

Crédito: Edson Kumasaka

GÉNESIS 6, 6-7 (ESPANHA)
Dias 16 e 17 de setembro, sábado e domingo, às 20h
Teatro do Sesi (Av. Assis Brasil, 8787 – Sarandi)

Inédita na América Latina, a densa e impactante encenação de Génesis 6, 6-7 estreou este ano na Europa e chega ao Brasil através do Porto Alegre em Cena. O espetáculo, concebido pela multitalentosa artista espanhola Angélica Liddell, que assina texto, cenografia, iluminação e figurinos, além de atuar na montagem, terá duas apresentações na Capital dias 16 e 17 de setembro, às 20h, no Teatro do SesiGénesis 6, 6-7 é a terceira parte da Trilogía del Infinito, composta ainda por Esta breve tragedia de la carne e seguida por Qué haré yo con esta espada?. O espetáculo tem como ponto de partida uma passagem extraída do Velho Testamento: “Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coração. E disse o Senhor: destruirei o homem que criei de sobre a face da terra, desde o homem até o animal, até o réptil, e até a ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito.” (Gênesis 6:6,7).
Ingressos: R$ 80 inteira / R$ 40 meia-entrada

Crédito: Luca Del Pia