Fundação Iberê tem Cine Iberê e oficina de bordado no fim de semana

Foto: Divulgação

No fim de semana de 7 e 8 de julho (sábado e domingo), a programação da Fundação Iberê Camargo oferece uma oficina de bordado para pessoas maiores de 14 anos e o Cine Iberê exibe o filme estoniano Na Ventania, do cineasta Martin Helde. A programação é alusiva às exposições em cartaz: As Durações do Rastro – A fotografia de Jordi Burch frente à arquitetura de Álvaro Siza Vieira, do fotógrafo português Jordi Burch, e Moderna Para Sempre – Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú Cultural.

A oficina de bordado Quais os tempos da memória? acontece no sábado, 7 de julho, às 16h. Destinada a pessoas maiores de 14 anos, a oficina estimula a pensar sobre a memória. Os participantes são convidados a levar um lenço de bolso de tecido, mas serão fornecidos materiais para aqueles não possuírem. As inscrições são gratuitas pelo link https://goo.gl/forms/oySGJ8jjxt326teD3 e a atividade tem como ingresso a doação de uma caixa de leite limpa e vazia, para uso nas atividades do Programa Educativo.

No domingo, às 16h, o Cine Iberê exibe o filme Na Ventania (2014), do cineasta estoniano Martti Helde. Com curadoria de Marta Biavaschi, esta sessão do Cine Iberê terá como convidada a professora, pesquisadora e artista visual Ana Maio.

Em Na Ventania, Erna vive com seu marido e sua filha em uma bela propriedade no campo, na Estônia, até que, durante a Segunda Guerra Mundial, o país é invadido por Stalin. Erna e sua filha são enviadas para uma fazenda de trabalhos forçados, na qual devem viver com apenas um pedaço de pão por dia. A estudante tenta se comunicar com seu marido, enviado a uma prisão ou Gulag, através de cartas.

Martti Helde filma a história de Erna em belos planos estáticos, ou “tableaux vivants”, desconstruindo e construindo o cinema como arte da imagem em movimento. O filme foi baseado em cartas de parentes do diretor e em material de arquivo e biografias de outros estonianos. Martti revela que a ideia de fazer o filme utilizando a técnica do “tableaux vivant” veio de uma carta em especial, em que havia uma frase: “Eu sinto que aqui na Sibéria o tempo parou. Que meu corpo está aqui, mas minha alma ainda está em minha terra natal”. Então, idealizou um filme em que as pessoas e o tempo estivessem parados, recriando no espectador a mesma sensação que os estonianos na Sibéria sentiam.

O filme foi premiado nos seguintes festivais: Angers European First Film Festival 2015 (Grand Jury Prize – Special Mention), Beijing International Film Festival 2015 (Forward Future Award), Göteborg Film Festival 2015 (Audience Award), Tallinn Black Nights Film Festival 2014 (Don Quixote Award, Estonian Film Award e Jury Prize), Thessaloniki Film Festival 2014 (Special Artistic Achievement), Warsaw International Film Festival 2014 (Ecumenical Jury Award).

Martti Helde nasceu em Tallinn, na Estônia. Realizou seu primeiro curta metragem aos 16 anos, formou-se na Baltic Film and Media School e fez cursos de direção na Europa e nos Estados Unidos. Martti dirigiu dois curtas e várias peças publicitárias. Na Ventania é seu primeiro longa metragem.

Ana Maio é professora dos Cursos de Artes Visuais da Universidade Federal do Rio Grande – FURG. Pesquisadora e artista visual, investiga as convergências entre o cinema – experimental e conceitual – e as artes visuais, abordando, principalmente, os temas arquivo e memória na arte contemporânea. É pós-doutora em Poéticas Visuais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, pós-doutora em Estudos Artísticos Contemporâneos na Universidade de Coimbra – UC e mestra em História, Teoria e Crítica da Artes pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. Desde 2016, coordena o Projeto de Extensão e Cultura FRESTA – Mostra de Audiovisual, que configura-se como um espaço de produção e reflexão sobre cinema e vídeo de artista e busca criar modos de exibição do audiovisual, em que o espaço de exposição se transforme em espaço de projeção. Suas exposições individuais: Sei serem os próprios (Mamute Galeria de Arte. Porto Alegre, 2013, e Museu Municipal de Etnografia e História da Póvoa de Varzim – Póvoa de Varzim, Portugal, 2013). Participou das exposições coletivas: Passageiros (Alfândega do Rio Grande. Rio Grande, 2014 – como expositora e curadora), Diálogos Íberos (Galeria de Arte e Pesquisa – GAP da Universidade Federal do Espírito Santo, 2016), Mostra Universitária de Artes: Arte Sul Coexistir (Universidade Federal de Pelotas – UFPel, 2018).

A Fundação Iberê Camargo tem o patrocínio de Itaú, Grupo GPS, IBM, Oleoplan, Agibank, BTG Pactual, Banrisul e apoio SLC Agrícola, Sulgás e DLL Group, com realização e financiamento do Ministério da Cultura / Governo Federal. A Traduzca e a Alves Tegam apoiam a exposição As Durações do Rastro.

Serviço:
Fim de semana na Fundação Iberê Camargo – programação

Sábado, 7 de julho:

Das 14h às 19h – visitação às exposições Moderna para Sempre – Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú Cultural e As Durações do Rastro – A fotografia de Jordi Burch frente à arquitetura de Álvaro Siza Vieira

16h – Quais os Tempos da Memória? | Oficina de bordado para pessoas maiores de 14 anos – Inscrições pelo link: https://goo.gl/forms/oySGJ8jjxt326teD3. A atividade tem como ingresso a doação de uma caixa de leite limpa e vazia, para uso nas atividades do Programa Educativo. Informações: (51)32478001 ou educativo@iberecamargo.org.br

Domingo, 8 de julho:

Das 14h às 19h – visitação às exposições Moderna para Sempre – Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú Cultural e As Durações do Rastro – A fotografia de Jordi Burch frente à arquitetura de Álvaro Siza Vieira

16h – Cine Iberê – Na Ventania, de Martti Helde (1h27 min, 2014, Estônia) – sessão única e comentada por Ana Maio | Classificação indicativa: 12 anos