Dos autorretratos a releituras do modernismo brasileiro: exposição de obras de pacientes do Instituto Psiquiatrico Forense segue até o dia 31

Com a exposição “Olhares, Memórias e Caminhos – Retatos e Autorretratos no Manicômio Judiciário“, em vigência até 31.10, no Instituto de Psicologia/Ufrgs – Ramiro Barcelos, 2.600, um sucesso de público e vendas das obras criadas no Projeto Artinclusão no IPF/Susepe/Vepma. Pois estes mesmos artistas já estão direcionando suas obras para o tema “Releituras do Modernismo Brasileiro”, programado para o primeiro trimestre de 2019, no TRT – 4ª Região – Praia de Belas, 1.100, por convite direto de sua Presidente, Desmbargadora Vânia Cunha Mattos.

Esta produção ininterrupta desde o início do Projeto: 30,06.17, aliando arterapia e iniciação profissional na técnica acrílica sobre tela, visando a geração de renda e inserção social, se deve a formação de hábito no fazer artístico, facilitando o seu princípio ordenador “que representa um dos meios mais diretos de dominar o caos exterior e interior do homem.” Fritz Baumgart.

Para esta nova etapa o grupo de pacientes-artistas do Instituto Psiquiatrico Forense (Susepe)- Av. Bento Gonçalves, 2850, em privação de liberdade, por delito cometido em surto psicótico, tutelados pelo Judiciário, tem recebido vídeos, gravuras, livros, deste principal movimento artístico brasileiro, além de visitas: ao MARGS, em 30.10, às 15h e a Fundação Iberê Camargo em novembro. Em anexo foto da atual exposição e das obras em confecção da nova fase.

A ignorância ao não reconhecer os sinais da doença mental no desenvolvimento da criança e do adolescente, tanto pela família quanto pela escola, pode reverter numa tragédia, provocada por seus surtos, num momento em que a evolução da medicina trás aos seus portadores uma melhor qualidade de vida e total inserção social. No Brasil a incidência é de 21 casos de transtornos psicóticos por 100 mil habitantes, com causas hereditárias e ambientais (FAPESP/2018). 12% de nossa população necessitam de algum atendimento em saúde mental, isto é, 258.000 pessoas . E 3% sofrem de transtornos mentais graves, isto é, 65.000 brasileiros, de acordo com a OMS.

Divulgar, alertar e previnir é um dos objetivos desse projeto, motivo pelo qual todas as exposições abrem com um seminário esclarecedor a respeito, com depoimento dos artistas.

Para maiores informações e interessados em acompanhar esta nova etapa, entrar em contato, inicialmente, pelo cel/whats 99986.6250, com Aloizio Pedersen (Artista Plástico Idealizador e Executor do Artinclusão).