Fim de semana da Fundação Iberê traz sessão de cinema, ação educativa e encerramento de exposição

O próximo fim de semana na Fundação Iberê Camargo, dias 28 e 29 de julho (sábado e domingo), marca o encerramento da exposição Moderna para Sempre – Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú Cultural. Além da visitação, a programação traz Cine Iberê e uma nova ação educativa: o projeto Mediador Convidado.

No sábado, dia 28, às 17h, o Programa Educativo inaugura o projeto Mediador Convidado, que visa expandir os conceitos sobre mediação de exposições, buscando proporcionar ao público visitante uma vivência única e diferente da mediação tradicional. Sou o tamanho das minhas histórias é a primeira edição do projeto, que terá como mediador convidado o doutor em Engenharia, ergonomista e professor de matemática Luís Olavo Melo Chaves. Pesquisador na área de cognição humana, Chaves investiga a relação das pessoas com o tempo, a inclusão de pessoas com deficiência e os impactos da cultura digital nas novas formas do viver. Destinada a pessoas de 19 a 47 anos, a ação aborda a exposição As Durações do Rastro – A fotografia de Jordi Burch frente à arquitetura de Álvaro Siza Vieira. As inscrições podem ser feitas no link https://goo.gl/forms/By9PHCa3nrgC7N6f2.

No domingo, dia 29, às 16h, o Cine Iberê exibe o documentário Janela da Alma, de João Jardim e Walter Carvalho, com comentários do psicólogo Márcio Mariath Belloc. A exibição dialoga com as exposições em cartaz na Fundação: As Durações do Rastro e Moderna para Sempre – fotografia modernista brasileira na Coleção Itaú Cultural. A curadoria do Cine Iberê é de Marta Biavaschi.

Janela da Alma é um documentário que investiga os sentidos da visão. Dezenove pessoas com diferentes graus de deficiência visual – da miopia discreta à cegueira total – falam como se veem, como veem os outros e como percebem o mundo. O escritor José Saramago, o músico Hermeto Paschoal, o cineasta Wim Wenders, o filósofo e fotógrafo Eugen Bavcar, as atrizes Hanna Schygulla e Marieta Severo, a cineasta Agnes Varda, os poetas Manoel de Barros e Antonio Cícero, o neurologista Oliver Sacks, entre outros, fazem revelações pessoais e inesperadas sobre vários aspectos relativos à visão. O filme recebeu o Prêmio de Melhor Documentário na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e os prêmios de Melhor Filme, Melhor Fotografia e Melhor Música no Festival de Cinema do Ceará. Assista ao trailer aqui: https://www.youtube.com/watch?v=idELmgNh_j8

João Jardim é cineasta. Iniciou sua trajetória de diretor codirigindo a minissérie de ficção Engraçadinha, baseada em Nelson Rodrigues, na TV Globo. Sua carreira no cinema teve início com o premiado documentário de longa-metragem Janela da Alma. Outro destaque é o filme Lixo Extraordinário (Waste Land), onde foi codiretor, indicado ao Oscar de melhor documentário e ganhador da Mostra Panorama do Festival de Berlin. João Jardim também dirigiu os longas Getúlio, Pro Dia Nascer Feliz e Amor. Na televisão realizou as séries documentais Liberdade de Gênero e Amores Livres para o canal GNT. Foi finalista do Prêmio Emmy de televisão, com episódios da série biográfica Por toda a minha vida (TV Globo) sobre as cantoras Elis Regina e Nara Leão.

Walter Carvalho é cineasta e fotógrafo. No cinema trabalha como diretor, diretor de fotografia, roteirista e montador. Com suas fotografias, participou de várias exposições coletivas, entre elas: I Trienal de Fotografia do Museu de Arte Moderna de São Paulo (1980), Bienal de Fotografia de Curitiba (1996). E realizou exposição individual Intervalos de Filmagem (1997), Centro Cultural Banco do Brasil, RJ. Como diretor de fotografia, seu primeiro curta foi Incelência para um Trem de Ferro (1972), de Vladimir Carvalho, e seu primeiro longa Que País é Este?, de Leon Hirszman, 1977. A partir dos anos 1980, torna-se um dos fotógrafos mais requisitados do cinema brasileiro, assinando filmes importantes como Terra Estrangeira (1996), Central do Brasil (1997), Abril Despedaçado (2001), Lavoura Arcaica (2001), Amarelo Manga (2002), Filme de Amor (2003), A Febre do Rato (2010). Na televisão, realizou alguns trabalhos importantes como fotógrafo: Krajberg, o poeta dos vestígios, e as séries documentais América e Blues – ambas dirigidas por João Moreira Salles. Como diretor de cinema realizou o curta MAM-SOS (1978) e os longas Janela na Alma (2001 – em codireção com João Jardim), Cazuza – o tempo não para (2004 – em codireção com Sandra Werneck), Budapeste (2009) e Raul Seixas – o início, o fim e o meio (2011). Entre os prêmios que recebeu pela sua fotografia no cinema: Câmera de Prata no Festival da Macedônia, por Terra Estrangeira (1995), Golden Frog no Camera Image, Polônia, por Central do Brasil (1996), Câmera de Ouro no Festival da Macedônia por Central do Brasil (1996) e Câmera de Ouro no Festival da Macedônia por Lavoura Arcaica (2001). Por Lavoura Arcaica recebe ainda os prêmios de melhor fotografia nos festivais de Cartagena e Havana, o prêmio da Associação Brasileira de Cinematografia (ABC) e o Grande Prêmio BR do Cinema Brasileiro.

Márcio Mariath Belloc é psicólogo, doutor em Saúde Coletiva pela Universitat Rovira i Virgili,Tarragona (Catalunha) e pela Universidade Federal do Rio Grande do sul (UFRGS). Atua nos campos da antropologia médica, da saúde coletiva, saúde mental, arte e experiência urbana. Professor do Mestrado en Salud Mental da Universidad Nacional de Córdoba (Argentina); professor convidado da Residência Integrada Multiprofissional em Saúde da UFRGS e da Especializació en Salut Mental Col-lectiva da URV; professor colaborador da Universitat Oberta de Catalunya, UOC.

A Fundação Iberê Camargo tem o patrocínio de Itaú, Grupo GPS, IBM, Oleoplan, Agibank, BTG Pactual, Banrisul e apoio SLC Agrícola, Sulgás e DLL Group, com realização e financiamento do Ministério da Cultura / Governo Federal. A Traduzca e a Alves Tegam apoiam a exposição As Durações do Rastro.

 

Serviço: Fim de semana na Fundação Iberê Camargo – programação

Sábado, 28 de julho

Das 14h às 19h – visitação às exposições Moderna para Sempre – Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú Cultural e As Durações do Rastro – A fotografia de Jordi Burch frente à arquitetura de Álvaro Siza Vieira

17h – Projeto Mediador Convidado – Sou o tamanho das minhas histórias, com Luís Olavo Melo Chaves. Destinada a pessoas de 19 a 47 anos, a ação aborda a exposição As Durações do Rastro. Inscrições pelo link: https://goo.gl/forms/By9PHCa3nrgC7N6f2. A atividade tem como ingresso a doação de uma caixa de leite limpa e vazia, para uso nas atividades do Programa Educativo. Informações: (51)32478001 ou educativo@iberecamargo.org.br

Domingo, 29 de julho

Das 14h às 19h – visitação às exposições Moderna para Sempre – Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú Cultural e As Durações do Rastro – A fotografia de Jordi Burch frente à arquitetura de Álvaro Siza Vieira

16h – Cine Iberê – Janela da Alma, de João Jardim e Walter Carvalho (1h13min, 2001, Brasil) – sessão única e comentada por Márcio Mariath Belloc. Entrada franca por ordem de chegada | Classificação indicativa: Livre

 

Exposições em cartaz:

As Durações do Rastro – A fotografia de Jordi Burch frente à arquitetura de Álvaro Siza Vieira

Exposição de fotografias de Jordi Burch
Curadoria: Veronica Stigger
Local: 4º andar
Período de exibição: de 16 de junho a 5 de agosto de 2018
Classificação indicativa: Livre

A exposição As Durações do Rastro – A fotografia de Jordi Burch frente à arquitetura de Álvaro Siza Vieira, do fotógrafo português Jordi Burch, traz uma série de 40 imagens que registram quatro conjuntos habitacionais da Europa projetados pelo arquiteto português Álvaro Siza – também autor do premiado projeto arquitetônico da Fundação Iberê Camargo. Com curadoria de Veronica Stigger, a mostra faz parte das comemorações dos 10 anos de construção do edifício sede da Fundação.

A série se originou de um convite que o artista recebeu para participar da Bienal de Arquitetura de Veneza de 2016, no pavilhão de Portugal dedicado a Siza. A ideia era levar Burch e uma equipe de cinegrafistas para acompanhar a visita do arquiteto a conjuntos habitacionais projetados por ele, depois de muitos anos sem rever essas obras: no Bairro da Bouça (Porto/Portugal, 1973), no Campo di Marte, na Giudecca (Veneza/Itália, 1983), em Kreuzberger (edifício Bonjour Tristesse, Berlim/Alemanha, 1984), e no Schilderswijk West (Haia/Holanda, 1985). Para saber mais sobre a exposição, acesse o presskit aqui: https://goo.gl/U9in9x.

Exposição Moderna para Sempre – Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú Cultural

Curadoria: Iatã Cannabrava
Local: 2º e 3º andares
Período de exibição: de 19 de maio a 29 de julho de 2018
Classificação indicativa: Livre

A exposição Moderna para Sempre – Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú Cultural é composta por 144 obras, com destaque para quatro trabalhos recém-adquiridos e incorporados à mostra pela primeira vez: Florale, de Geraldo de Barros; Oca, Parque do Ibirapuera, de German Lorca; além de Composição e Sem Título, de Mario Fiori. Com curadoria do fotógrafo e pesquisador Iatã Cannabrava, a mostra soma trabalhos de 33 artistas renomados, com foco em suas participações no Foto Cine Clube Bandeirante, em particular, e na importância de suas obras no movimento modernista para a cultura e identidade brasileiras.

De caráter itinerante e sempre com diferentes recortes, Moderna para Sempre começou a circular em 2010, quando foi apresentada, também em Porto Alegre, no Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS). De lá para cá, seguiu por mais 11 cidades brasileiras – Fortaleza, Belo Horizonte, Belém, Ribeirão Preto, São Paulo, Santos, Recife, Brasília, Curitiba, Rio de Janeiro e Vitória. No exterior, a mostra esteve em Assunção, no Paraguai, Cidade do México, no México, e Lima, no Peru. A exposição que chega agora na Fundação Iberê Camargo tem cerca de 50% de obras que nunca foram expostas em Porto Alegre. Para release completo, texto curatorial, lista de obras e legendas, acesse: https://goo.gl/YwnXwW.