Guia21 recomenda ‘Argentina’, ‘Além das Palavras’ e o extraordinário ‘Paterson’

Milton Ribeiro

Como não tivemos o tradicional Guia21 recomenda na última sexta-feira, deixamos passar a estreia de um dos filmes que estará certamente na lista de melhores de 2017: o notável Paterson, de Jim Jarmusch. Pensamos que seja um filme obrigatório.

Mas há duas outras estreias de alta qualidade. Argentina, um musical de Carlos Saura, e Além das Palavras, de Terence Davis, um filme a respeito da vida da poetisa norte-americana Emily Dickinson

Nas exposições, o destaque é Uma Possível História da Arte no Rio Grande do Sul: Plural[ismos] no Sul, lá no Margs. Na música, Luiz Carlos Borges In Concert, no Theatro São Pedro. Já no Teatro e Dança, ficamos com o espetáculo Sete8ito – Impermanências, com os bailarinos Thais Petzhold e Marco Fillipin no Teatro Bruno Kiefer.

Confira outras indicações abaixo. 

Este pequeno Guia é um resumo. Não se trata de uma programação completa, mas de recomendações dos melhores espetáculos que assistimos. O critério é a qualidade. Se você tiver sugestões sobre o formato e conteúdo de nosso guia, por favor, comente. Boa semana! De segunda a sexta, atualizamos nosso Guia21 com a programação do que acontece em POA.

Cinema – Estreias

Argentina (****)
(Zonda: Folclore Argentino), de Carlos Saura, Argentina / Espanha / França, 2015, 85 min


Zonda é um vento seco e quente, característico de regiões situadas ao pé da Cordilheira dos Andes. Na Argentina, sopra desde a província de Neuquén até Jujuy. É também o nome que o diretor Carlos Saura escolheu para seu último filme, no qual faz um passeio pelo folclore argentino. Malambo, chacareras, vidalas, chamamés. A obra continua a série sobre investigações musicais que Saura começou com Sevillanas” (1991), e seguiu com “Flamenco” (1995), “Tango” (1998), “Iberia” (2005) e “Fados” (2007). Desta vez, a co-produção é entre Argentina, Espanha e França. A direção musical é de Lito Vitale. São 20 números musicais, que oferecem também belas coreografias, como vocês podem ver o trailer abaixo. (Do Aquí me quedo).

No Guion Center 1, às 14h20, 18h e 19h40

Além das Palavras (****)
(A Quiet Passion), de Terence Davis, Reino Unido / Bélgica, 2016, 125 min


Além das Palavras, roteirizado e dirigido por Terence Davies, acompanha a biografia de uma das maiores poetisas norte-americanas de todos os tempos. Narra com intenso vigor o período que vai da juventude de Emily Dickinson no internato até os seus últimos anos, vivendo como uma artista reclusa e ainda não reconhecida. O filme aborda as rejeições, repressões e paixões que influenciaram a trajetória da escritora, bem como os relacionamentos com sua família e outras pessoas que marcaram sua alma e obra.

No Espaço Itaú 3, às 18h50 e 21h20
No Guion Center 2, às 16h10 E 20h40
No GNC Moinhos 2, às 13h50, 16h30, 19h e 21h30

Elon Não Acredita na Morte (***)
de Ricardo Ales Jr, Brasil, 2016, 74 min


O thriller mineiro conta a história de Elon (Rômulo Braga), um vigia em busca da sua mulher desaparecida. Rodada em Belo Horizonte, a produção, através do mote do filme, discute a ausência, solidão e os limites da sanidade nas grandes e labirínticas metrópoles. Elon é um personagem que busca alguém e que, de alguma maneira, vai colhendo pistas aqui e ali. O filme está construído sobre uma ‘narrativa tensional’ para esclarecer a sensação de agonia desencadeada por um enredo misterioso, gerando uma apreensão no espectador. O diretor explica: “Elon é um Orfeu contemporâneo, perdido numa grande metrópole, atormentado, sem saber o que está de fato acontecendo – ou sem poder acreditar no que está acontecendo, aos poucos vai se desintegrando. De alguma maneira, o personagem do Elon dialoga com o mito grego do Orfeu que desce ao inferno na busca pelo amor perdido e por consequência em busca de si mesmo.”.

No Cinebancários, às 17h

Cinema – Em cartaz

Paterson (*****)
(Paterson), de Jim Jarmusch, EUA, 2016, 118 min


Se ainda existem cineastas de culto, Jim Jarmusch é o maior deles. E Adam Driver e Golshifeth Farahani formam o casal mais romântico do ano. E é garantido que, sob a câmara de Jarmuch, o romantismo nunca é tolo. Um filme literário, delicado, pontuado por piadas de bom gosto sobre a sobrevivência da literatura em meio ao cotidiano. Paterson entra direto na lista dos melhores filmes do ano. Paterson é um motorista de ônibus da cidade homônima, em Nova Jersey. Diariamente, ele repete uma rotina simples: dirige seu ônibus observando a cidade, enquanto ouve fragmentos das conversas que o rodeiam. Também escreve poesias em um caderno, passeia com o cachorro, vai a um bar à noite, bebe uma cerveja e volta para casa para encontrar a esposa Laura. Ao contrário do marido, o mundo de Laura está sempre mudando. Ela tem novos planos todos os dias. Paterson a apoia e ela encoraja o talento dele para a poesia. O filme mostra silenciosamente as vitórias e derrotas da vida diária com a poesia que se intrometendo nos pequenos detalhes. Um tremendo filme. Cinema puro falando da vida e da literatura.

No Espaço Itaú 1, às 19h20 e 21h40
No Guion Center 2, às 14h e 18h30

Despedida em Grande Estilo (***)
(Going in Style), de Zack Braff, EUA, 2017, 96 min


Muito atual. Enquanto brasileiros vão às ruas protestar contra a reforma da Previdência que estabelece 65 anos como a idade mínima para a aposentadoria de homens e mulheres e 49 anos como o tempo de contribuição para obtenção do valor integral, chega aos cinemas Despedida em Grande Estilo. Joe (Michael Caine) teme perder a casa em que vive com a filha e a neta por dívidas bancárias e recruta os amigos Albert (Alan Arkin) e Willie (Freeman) para um plano ousado: assaltar a instituição financeira que o sacaneou. A inspiração vem de um crime que ele presencia e os colegas são convencidos quando a empresa em que trabalharam por mais de três décadas anuncia que irá sair dos Estados Unidos para se instalar no Vietnã, deixando de pagar pensões aos antigos funcionários. Um drama nada incomum. Recebendo uma aposentadoria merreca, sem ter o que perder e revoltados, eles abandonam as desanimadas partidas de bocha para arquitetar um roubo “justo”. (AdoroCinema)

No GNC Moinhos 1, às 19h50
No GNC Moinhos 4, às 16h e 21h50

Central (****)
de Tatiane Sager e Renato Dorneles, Brasil, 2015, 75 min

Foto: Sidney Brzuska

O Presídio Central de Porto Alegre já foi considerado o pior do Brasil pela CPI do Sistema Carcerário, da Câmara dos Deputados, em 2008. Agora, o local abre suas portas para expor a estrutura mal conservada e a vida de penitenciários em condições insalubres. Funcionários da prisão, detentos e familiares dos presos contam como é a vida cotidiana na cadeia e propõem uma reflexão sobre o estado do sistema penitenciário brasileiro. A obra também apresenta o olhar dos próprios presos, que, com câmeras nas mãos, captaram imagens diretamente nas galerias, onde nem mesmo a polícia tem acesso. Superlotação, falta de infraestrutura e de higiene, má alimentação, uso liberado de drogas, além de uma rotina de execuções e maus tratos, são evidenciados no longa-metragem. A partir de depoimentos de policiais militares, familiares, presos, o sociólogo Marcos Rolim e autoridades, o filme também apresenta as diversas faces de uma mesma história,

No Espaço Itaú 8, às 16h
No GNC Iguatemi 1, às 13h25 e 19h50
No GNC Moinhos 1, às 17h50
No GNC Moinhos 3, às 14h20
No GNC Praia de Belas 3, às 17h20 e 19h10

Era o Hotel Cambridge (****)
de Eliane Caffé, Brasil, 2016, 99 min


Refugiados recém-chegados ao Brasil dividem com um grupo de sem-tetos um velho edifício abandonado no centro de São Paulo. Além da tensão diária que a ameaça de despejo causa, os novos moradores do prédio terão que lidar com seus dramas pessoais e aprender a conviver com pessoas que, apesar de diferentes, enfrentam juntos a vida nas ruas. O filme é um hibrido de ficção e documental no qual participam atores e personagens reais de uma ocupação no centro de São Paulo. O convívio entre línguas, mundos e culturas diferentes transforma a narrativa em uma rica polifonia de situações tragicômicas. As janelas do edifício se abrem para outros mundos através da web, quando os refugiados se conectam com seus familiares e países de origem deixados para trás.

Na Sala Eduardo Hirtz, às 17h30

Os Belos Dias de Aranjuez(****)
(Les Beaux Jours d’Aranjuez), de Wim Wenders, Alemanha/França, 2016, 98 min


No norte da França, um escritor começa a fazer esboços para o seu próximo livro e desenvolve, como ponto de partida, um diálogo entre um homem e uma mulher que se encontram em um jardim suspenso na cidade de Aranjuez, na Espanha. Eles discutem, entre outras coisas, questões como sexualidade, amor, infância e também suas memórias e a vida em si. É Wim Wenders tentando voltar à velha forma. Wenders persegue, há anos, um lugar que, na profusão de imagens e de sons, seja a reserva moral do cinema — onde ele possa resistir com as suas histórias. Os Belos Dias de Aranjuez é um filme falado que experimenta o lugar. E o espetáculo é calmo e sensual. A produção é o reencontro entre Wim Wenders e Peter Handke – quase três décadas depois de As Asas do Desejo.

Na Sala Paulo Amorim, às 15h

Fragmentado (****)
(Split), de M. Night Shyamalan, EUA, 2017, 117 min


O melhor filme do mestre do suspense Shyamalan. Kevin (James McAvoy) possui 23 personalidades distintas e consegue alterná-las quimicamente em seu organismo apenas com a força do pensamento. Um dia, ele sequestra três adolescentes que encontra em um estacionamento. Vivendo em cativeiro, elas passam a conhecer as diferentes facetas de Kevin e precisam encontrar algum meio de escapar. A atuação de McAvoy é sensacional. Todas as 23 personalidades têm como elo de ligação a sexualidade. A menina Hedwig, de 9 anos, é a personalidade mais dilacerante do filme. Vale a pena.

No GNC Iguatemi 2, às 17h20

T2 Trainspotting (***)
(T2 Trainspotting), de Danny Boyle, Reino Unido, 2017, 117 min


Sequência de Trainspotting – Sem Limites (1996), a trama apresenta os mesmos personagens e o mesmo elenco e diretor, vinte anos depois. Ou seja, da rebeldia para a nostalgia. O filme original foi um dos que mais marcaram a cultura popular dos anos 90. T2 Trainspotting é tudo o que se espera dele: assustador, engraçado, desesperadamente triste, de visual arrojado. O que começou como uma brincadeira na década de 1990 agora renasce como uma comédia negra escabrosa e brutal sobre a decepção masculina de meia-idade e o medo da morte.

No Guion Center 3, às 21h15

Exposições

Uma Possível História da Arte no Rio Grande do Sul: Plural[ismos] no Sul
Galeria Aldo Locatelli, de 12 de abril a 9 de julho, no Margs, na Praça da Alfândega
De terças a domingos, das 10h às 19h

O Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli, dando continuidade ao programa de exposições do acervo permanente do museu, prossegue com o projeto elaborado pelos núcleos do museu com o objetivo de apresentar obras da coleção do acervo do MARGS que são importantes para a configuração da constituição do cenário artístico gaúcho. A exposição Uma Possível História da Arte no Rio Grande do Sul: Plural[ismos] no Sul será apresentada na Galeria Aldo Locatelli, de 12 de abril a 9 de julho, com entrada franca. A mostra reúne 16 obras de artistas relevantes para o sistema da arte local, produzidas nos século XX, pertencentes ao acervo do MARGS. Este módulo tem como objetivo principal mostrar a pluralidade na produção gaúcha nas décadas de 1940, 1950 e 1960. Essa época foi marcada por discussões sobre o Modernismo, lançadas em São Paulo, na emblemática e questionadora Semana de Arte Moderna em 1922; tendo repercussões e desdobramentos aqui no Sul, especialmente no plano das ideias, resultando em confrontos e questionamentos sobre o que é a arte moderna e por qual caminho os artistas deveriam seguir. Tais debates influenciavam a produção artística, e a falta de consenso, aliados às diversas opiniões sobre a arte moderna, tornam-se perceptíveis ao observarmos as obras daquele momento, representadas na exposição. Embora muitos artistas não se intitulassem como modernistas e até mesmo se posicionassem contrários ao modernismo, suas obras, do ponto de vista formal, muitas vezes, passavam por atualizações estéticas e processos de modernização, originando essa multiplicidade de temas, técnicas e influências que identificamos na produção desse período.

Encontro com Morfeu, do artista visual Artur Veloso
No Espaço de Artes da UFCSPA,
De segunda à sexta-feira, das 9h às 20h e aos sábados das 9h às 11h30
Até o dia 27 de maio

O nome da exposição faz uma referência a um dos deuses gregos dos sonhos, Morfeu. “Faço a associação do sonho e da pintura como duas formas humanas da criação de imagens em que tudo é possível e tudo pode fazer sentido. Em um sonho somos apresentados a um universo composto das experiências que tivemos acordados, unindo fatos, objetos, pessoas e lugares que até então não tinham qualquer tipo de associação e a partir disso construindo cenas e narrativas. Em minhas pinturas procuro fazer o mesmo”, destaca. Artur Veloso cursa bacharelado em Artes Visuais no Instituto de Artes da UFRGS. Sua produção é voltada para a pintura e o desenho figurativos, normalmente tendo como tema a figura humana. É um dos integrantes do Studio P, projeto de extensão voltado para a pesquisa em pintura e realização de ações na comunidade. Participou das exposições coletivas “Três Novos Olhares” no Centro Cultural Erico Verissimo (2016) e “2001 Uma Odisseia da Arte” no atelier Burk’arte (2016). Auxiliou o artista Roberto Van Ploeg na realização de sua pintura no projeto Arte no Muro do Santander Cultural (2016).

“A Inquietude do Olhar”, de Vera Reichert
No Margs, Praça da Alfândega, s/n°, de terças a domingos, das 10h às 19h
Até 7 de maio

O Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli, MARGS, inaugura a exposição A Inquietude do Olhar, da artista plástica Vera Reichert, no dia 22 de março de 2017, com início às 19h. Na ocasião, também será lançado o livro que deu origem ao título da exposição, com registros da produção da artista em seus 30 anos de carreira. A exposição que ocupará as galerias Iberê Camargo e Oscar Boeira do MARGS, tem curadoria de Ana Zavadil e pode ser visitada até 7 de maio de 2017. No dia mundial da água, Vera Reichert apresenta sua exposição “A Inquietude do Olhar”, um recorte de sua produção que busca chamar a atenção para os problemas da água e da natureza, onde a água é a sua matéria plástica. Ao longo de 30 anos Vera desenvolveu e experimentou suportes e mídias variadas para materializar suas ideias, inicialmente através da pintura, passando para a fotografia, com desdobramentos em instalações, além da produção em vídeo e intervenções na paisagem.

PlanoPedraPapelPessoa
Galeria da Duque, Rua Duque de Caxias, 649
Até 3 de Maio, Seg/Sex: das 10h às 19h | Sáb: das 10h às 17h

Obras de grandes mestres recém-incorporadas ao acervo e a nova produção de cavalos do escultor Caé Braga são as atrações da exposição planopedrapapelpessoa que a Galeria Duque inaugura na sexta-feira (17/03), às 18h, com curadoria de Daisy Viola. A mostra fica em cartaz até 3 de maio. A galeria mostrará pela primeira vez ao público dezenas de novas obras que passam a integrar o acervo. Com ênfase na arte brasileira, são trabalhos de mestres como Hércules Barsotti, Carlos Bracher, Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Alice Soares, Alice Brueggman, Benedito Calixto, Carlos Vergara, Iberê Camargo, Carybé, Vasco Prado, Siron Franco, Jorge Guinle, Orlando Teruz, Farnese de Andrade, Tomie Ohtake, Yoshiya Takaoka, Abraham Palatnik e Victor Vassarely, entre outros. “Mostraremos obras que ampliam as possibilidades do olhar; que em tempos diversos restabeleceram os limites do fazer artístico. Serão planos tratados milimetricamente em espaços de cor, com forma e conteúdo impecáveis de um tempo em que a narrativa figurativa comprometia a postura política e social da pessoa-artista. Assim, a obra comunica através do ritmo da cor e da forma”, diz a curadora.

Música

Luiz Carlos Borges In Concert
29 de abril, sábado, 20h | 30 de abril, domingo, 18h
Theatro São Pedro – Praça Marechal Deodoro, s/n

Nos dias 29 e 30 de abril o gaiteiro, cantor e compositor Luiz Carlos Borges leva ao palco do Theatro São Pedro o espetáculo Luiz Carlos Borges in Concert, acompanhado dos músicos Cristian Sperandir (teclado), Ricardo Arenhaldt (bateria), Rodrigo Maia (contrabaixo), Roger Torres (guitarra) e Yuri Menezes (violão). O repertório 100% autoral apresentará um resgate de toda sua obra, utilizando-se da sonoridade da voz, do violão e de seu instrumento preferido, o acordeom, com destaque para as canções que integram o álbum DOSEDUPLA, que será lançado no dia do evento. Segundo Borges, a proposta de LCB In Concert é proporcionar ao público uma visão geral de sua obra, além de apresentar um apanhado de 55 anos de carreira, que pode ser vista como um grande mosaico de variados ritmos e influências musicais. “Na minha composição há uma presença constante de todos os ídolos que povoaram minha iniciação na música: Pedro Raimundo, Ernesto Montiel, Luiz Gonzaga, Cuchi Leguizamon, Chiquinho do Acordeom, Adelar Bertussi, Albino Manique, Raul Barboza, entre outros, dialogam permanentemente em minhas canções; à medida que vou descobrindo outras propostas, passo a sentir influências da sonoridade musical de Geraldo Flach, de Alegre Corrêa ou de Dominguinhos”, conta.

| Foto: Andressa Camargo

Teatro

Musical infantil “A Arca de Noé”, de Vinicius de Moraes
Dias 29 e 30 de abril e 06 e 07 de maio, sábados e domingos, sempre às 15 horas
Sala Álvaro Moreyra, Centro Municipal de Cultura, Av. Erico Veríssimo, 307

Mais conhecidos pelo disco feito para crianças (e transformado em musical pela Rede Globo), os poemas da “Arca de Noé” foram escritos por Vinicius de Moraes e são apresentados aqui, em uma montagem deste musical, dirigido por Zé Adão Barbosa. Na história, uma trupe de artistas circenses cantam o que aconteceu com os bichos depois que as águas do grande dilúvio baixaram e a arca de Noé desceu à terra. Durante o espetáculo, os atores interpretam as canções mais conhecidas das últimas gerações de crianças brasileiras, apresentando o macaco que diz que é arquiteto e constrói uma casa muito engraçada; as abelhas que fazem mel para alimentar a família de Noé e os companheiros; as girafas que limpam as nuvens; o leão, que cria novas regras; o urso velho, que canta para a criançada; a corujinha, que acorda a turma pela manhã e o pato, bem… o pato é uma história à parte. Nesta montagem, o diretor se debruça sobre uma nova leitura desta obra-prima, através da direção musical de Everton Rodrigues, que cria novos arranjos para canções antológicas como “A Casa”, “O Pato”, “As Abelhas”, “São Francisco”, entre muitas outras.

Foto: Lucca Curtolo

Espetáculo Sete8ito – Impermanências
Data: 2 de maio | Quarta-feira | Hora: 19h30
Teatro Bruno Kiefer – 6º andar da CCMQ (Andradas, 736)

Os bailarinos Thais Petzhold e Marco Fillipin estreiam no dia 2 de maio, às 19h30, no Teatro Bruno Kiefer da Casa de Cultura Mario Quintana, Sete8ito – Impermanências. O espetáculo de dança contemporânea, com elementos do teatro, é dividido em quadros inspirados nas relações humanas. Concebido por Fillipin, SeteOito traz cenas com desfechos inesperados, levando o espectador a inquietar-se e questionar sobre a própria vida. A direção cênica é da atriz e diretora Claudia Sachs, artista com extensa experiência de atuação, doutora em teatro que sempre teve a dança e o envolvimento do corpo como elemento indispensável à sua pesquisa. Marco Fillipin tem 28 anos de trabalhos na dança e, há 17, vem montando espetáculos teatrais, buscando desafiar a si próprio com novos temas, mas mantendo o foco no ser humano e suas múltiplas facetas. Thais Petzhold atua no cenário artístico há 25 anos e, há 16, pesquisa a integração da obra coreográfica com a cena urbana, trazendo a ação da arte para o momento presente, para o diálogo com o público, arquitetura, sons, iluminação e outros tantos fatores que compõem o ambiente. Após a apresentação, os artistas batem um papo com o público, mediado pela professora mestre em Artes Visuais, Alice Bemvenuti.

Foto: André Chassot