Após sessões com ingressos esgotados no festival Palco Giratório SESC e com sucesso de crítica, ‘Tremor – Sobre como as coisas foram chegar nesse ponto’ volta aos palcos em apenas três apresentações no festival Porto Verão Alegre. A peça estará em cartaz de 8 a 10 de janeiro, às 21h, na Sala Álvaro Moreyra, em Porto Alegre.
Com direção de Patrícia Fagundes, o espetáculo é a primeira montagem brasileira para o premiado texto Beben (em português, Tremor), da alemã Maria Milisavljevic. A produção da Cia. Rústica foi uma das vencedoras do Projeto Transit.
A MONTAGEM DA CIA. RÚSTICA:
Século XXI, velocidade e fragmentação, música pop e paisagens caóticas de violência e miséria disfarçadas sob luzes de Neon. Esse é o universo de Tremor – Sobre como as coisas foram chegar neste ponto. A versão da Cia. Rústica celebra a teatralidade e baseia-se no jogo entre artistas e espectadores. Uma atriz (Priscilla Colombi) e dois atores (Evandro Soldatelli e Lauro Fagundes) conduzem a jornada, acompanhados de um operador de som em cena (Ander Belotto). A novidade é que a diretora Patrícia Fagundes também atua no espetáculo – em áudios e sobre o palco.
A fragmentação presente no texto será refletida no palco no ritmo vertiginoso que alterna diferentes situações, estados, vozes e referências contemporâneas: guerras, notícias, pop, games, redes sociais, Hollywood, carnificinas, filosofia, consumo. A cenografia é composta por elementos móveis que são reorganizados em cena pelos atores, como peças de um jogo, compondo diferentes playgrounds. Criações percussivas em cena, microfones, coreografias e movimentos de danças urbanas, política, palavra e corporeidade complementam a proposta da montagem. Nossos modos de percepção diariamente formatados em telas que, cada vez mais, tornam tênues os limites entre o real, o virtual e o ficcional.
A equipe tem ainda Rodrigo Shalako (cenografia), Marco Rodrigues (coreografias e preparação corporal) e Leonardo Machado (trilha sonora original). Ander Belotto também assina a assistência de direção. O jornalista Renato Mendonça, do site Agora – Crítica Teatral, acompanhou todo o processo de criação e atuou como crítico interno.
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