Dia: 02 de novembro (quarta-feira)
Hora: 15h30min
Local: Em frente ao Memorial do Rio Grande do Sul (Praça da Alfândega)
Realização: Site Psicanalistas pela Democracia (http://psicanalisedemocracia.com.br) e Laboratório de Pesquisa em Psicanálise, Arte e Política da UFRGS (LAPPAP/ UFRGS)
Será nesta quarta-feira (02 de novembro – Dia dos Mortos), a partir das 15h30min, em frente ao Memorial do Rio Grande do Sul, a Intervenção Carandiru 111, promovida pelo site Psicanalistas pela Democracia (http://psicanalisedemocracia.com.br) e pelo Laboratório de Pesquisa em Psicanálise, Arte e Política da UFRGS (LAPPAP/ UFRGS). A intervenção em Porto Alegre está em sintonia com o ato público que terá a duração de 24 horas, liderado pelo artista Nuno Ramos, em São Paulo. O ato público será transmitido pela Internet e tem seu final marcado para, exatamente, às 16h do dia 2 de novembro, quanto terá início a intervenção em Porto Alegre.
A proposta do coletivo que promove este ato público é de dialogar com a intervenção paulista, convidando a todos para uma leitura pública dos nomes dos 111 presos assassinados. Desta forma, será marcado o direito à memória destas 111 vidas, que não podem ser contadas apenas neste número absoluto.
Para dar forma a intervenção, o objetivo é reunir 111 pessoas com camisas pretas em frente ao Memorial do Rio Grande do Sul, às 16h, exato momento em que a tropa militar invadiu Carandiru. A ação será singela, simples, e consistirá na leitura por cada um dos participantes do nome de cada uma das vítimas. Os organizadores pedem que os participantes confirmem sua presença no email psicanalisedemocracia@gmail.com com o assunto: 111.
CARANDIRU 111
O massacre do Carandiru não é um fato isolado em nosso país. Está aí – vivo -, exigindo que possamos pensar o que ele significou e significa em nossa história. Deixou 111 mortos na casa de detenção de São Paulo em 2 de outubro de 1992, portanto há 24 anos. No último dia 30 de setembro, a 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu anular os julgamentos que culminaram com a condenação de 74 policiais militares acusados pela morte dos detentos. O relator do processo, o desembargador Ivan Sartori, acatou a tese dos advogados dos policiais militares que alegavam que os réus haviam agido em “legítima defesa”. A história é por demais conhecida, foi narrada em livro e no cinema. Embora a condenação anterior, no que foi o maior julgamento da história do Brasil, e que aconteceu em 2013 e 2014, os policiais militares nunca foram presos.
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