Grupo Cerco apresenta seu repertório no Theatro São Pedro nos dias 23, 24 e 25

Foto: Divulgação

O Grupo Cerco, celebrando seus 10 anos de trajetória artística, em parceria com o Theatro São Pedro, apresenta sua mostra de repertório nos dias 23, 24 e 25 de novembro, sexta, sábado e domingo.

Na programação, serão apresentados 4 importantes espetáculos: “O Sobrado” (2008), de onde originou grupo, o infanto-juvenil “Puli-Pulá” (2015), “Incidente em Antares” (2012) e o recente sucesso “Arena Selvagem” (2018).

Fundado em 2008 no Departamento de Artes Dramáticas da UFRGS, o Grupo Cerco que tem o processo colaborativo e a pesquisa de linguagem como principais marcas, seguiu aprimorando suas investigações, dando consistência a projetos, performances, mostras, o que o tornou um dos principais grupos da cena teatral gaúcha. Em sua trajetória, conquistou importantes prêmios, além de inúmeras indicações e participações em projetos e festivais em âmbito nacional e internacional. Em setembro do corrente ano, inaugurou sua sede própria: o Espaço Cerco Cultural. Atualmente formado por 15 profissionais, o Grupo tem à sua frente a Profa. Dra. Inês Marocco, premiada diretora e pesquisadora.

Ingressos à venda na bilheteria física do Theatro São Pedro e no site https://vendas.teatrosaopedro.com.br/

Confira a programação completa: 
23 de novembro
O SOBRADO
O Sobrado é uma adaptação cênica de sete capítulos da obra literária O Continente, que integra a trilogia O Tempo e o Vento, de Erico Verissimo. A ação se passa em 1895, quando o chefe político republicano Licurgo Cambará se encontra sitiado em sua casa, junto à sua família e correligionários, sob o cerco de tropas federalistas. Fechados no sobrado durante dez dias, com pouca comida, água e munição, os personagens da trama relacionam-se em um meio conturbado e agonizante, enquanto a morte se faz presente dentro e fora da casa. Permeia essa obra-prima da literatura brasileira o patriarcalismo, o belicismo, a relação com a terra e a presença forte e constante das mulheres, apresentando uma história permeada pela cultura regional, fazendo o espectador vislumbrar a formação da sociedade gaúcha, que se mostra extremamente universal por tratar de temas profundamente humanos.
24 de novembro
PULI-PULÁ
Estreado em 2015, Puli-Pulá é o primeiro espetáculo infanto-juvenil do Grupo Cerco e também seu primeiro trabalho de teatro de rua.
Puli-Pulá leva à cena uma das mais antigas tradições populares que move gerações de diversas culturas: o pular corda. No espetáculo o espectador é convidado a mergulhar em um universo lúdico e a brincar com o elenco em cena. Canções originais e da tradição oral, histórias e jogos compõem a narrativa apresentada ao ar livre, conduzida por atores e atrizes “brincantes”, que tocam instrumentos e interpretam diversos personagens. De forma alegre, colorida e musicada, Puli-Pulá é um convite à ocupação dos parques, das praças, da rua. A rua que é a de casa, a do trabalho, mas que também é a da brincadeira, da arte, do convívio e da liberdade de expressão.
Para a criação do espetáculo, o grupo percorreu diversas escolas públicas de Porto Alegre a fim de compor a obra com participação ativa do público infanto-juvenil e propor atividades lúdicas.
Puli-Pulá foi contemplado com o Prêmio Funarte Artes na Rua do Governo Federal.
24 de novembro
INCIDENTE EM ANTARES
Incidente em Antares é uma adaptação da segunda parte do romance homônimo de Erico Verissimo. A história situa-se no contexto pré-ditadura militar do Brasil, retratada numa cidade fictícia do interior do Rio Grande do Sul chamada Antares. O espetáculo inicia-se em 1963, quando uma greve geral paralisa a cidade. Dois dias depois, em uma sexta-feira 13, sete pessoas morrem por diferentes causas e não são sepultadas, pois os coveiros aderiram à greve. Indignados, os defuntos levantam-se de seus esquifes e reclamam por seu enterro, invadindo a cidade com seus corpos putrefatos. Vivos e mortos passam a discutir em praça pública a vida social e política de Antares, desvelando a podridão e a hipocrisia das autoridades e dos habitantes locais. Revelações que poderiam transformar a sociedade e seus indivíduos, mas que, ao final, sucumbem à força da alienação e dos interesses políticos de uma minoria.
25 de novembro
ARENA SELVAGEM
O que é ser selvagem?
Neste espetáculo, o Grupo Cerco te convida a entrar em uma arena onde seres humanos encontram-se com sua animalidade. A cidade e a selva. A opressão e a liberdade. O instinto e a sobrevivência. Em meio à artificialidade que criamos para nos diferenciar entre nós e dos outros animais, nossos corpos revelam que essas mudanças são superficiais diante da força da nossa natureza.
Arena Selvagem foi construído através de pesquisa do grupo Cerco no Centro de Documentação e Pesquisa em Artes Cênicas do Teatro de Arena, que conta com textos dramáticos, muitos oriundos do antigo Departamento de Censura da Polícia Federal, livros de artes cênicas e videoteca. Além dos textos teatrais, o espetáculo reúne conteúdos científicos, fragmentos de contos e cenas criadas pelo elenco. Oito atrizes e atores revezam-se em cena entre diversas personagens, executando, inclusive, trilha sonora autoral.
*Sobre ARENA SELVAGEM: não haverá ingressos de plateia, apenas 100 cadeiras dispostas no palco. Esses ingressos só serão vendidos na bilheteria física do Theatro São Pedro. Demais lugares têm lotação normal e podem ser adquiridos online ou na bilheteria física.