Descentralizado, Festival Internacional de Teatro de Rua começa neste domingo

Espetáculo "Dança do Tempo", do grupo Usina do Trabalho do Ator, tem mulheres negras como protagonistas | Foto: UTA / Reprodução Facebook
Espetáculo “Dança do Tempo”, do grupo Usina do Trabalho do Ator, tem mulheres como protagonistas | Foto: UTA / Reprodução Facebook

Da Redação*

A partir de uma demanda da população, o oitavo Festival Internacional de Teatro de Rua (Fitrupa) acontece em diversos bairros de Porto Alegre a partir deste domingo (19). O evento traz 54 atrações de 17 grupos para a capital gaúcha, em locais que foram escolhidos por votação no site e abrangem todas as regiões da cidade. Além de estar mais descentralizado, o Festival também traz uma apresentação no Carmen’s Club e uma no Cemitério da Santa Casa.

Além de espaços tradicionais de teatro de rua, como Centro Histórico e Parque Farroupilha, o Fitrupa acontece também em endereços nos bairros Cristal, Belém Novo, Jardim Carvalho, Santo Antônio, Lomba do Pinheiro, Rubem Berta, Ipanema, Passo d’Areia (IAPI), Humaitá, Mario Quintana, Ilha da Pintada, Restinga e Cavalhada. Esta edição é dedicada à Anna Fuão, atriz, produtora, professora de teatro, e integrante da Usina do Trabalho do Ator – UTA. O Grupo Trilho de Teatro Popular, que completa dez anos, é o homenageado.

Um dos destaques é o espetáculo Kassandra, parte de um movimento internacional que envolve encenações na Argentina, Grécia, Uruguai, Brasil, Albânia, Alemanha, Cuba, Espanha, Estados Unidos, França e Itália e que será realizado num “estabelecimento de diversão adulta conhecidíssimo da sociedade gaúcha”, como define o site do Festival. A mítica do espaço é utilizada a favor do espetáculo e desperta a curiosidade de um público que normalmente não frequentaria esse ambiente.

Já Odiseo.com será encenado em três países ao mesmo tempo: Brasil, Argentina e Alemanha. Em Porto Alegre, a Estação Filmes, situada na Avenida Taquary, uma construção de aparência contemporânea, acolherá a encenação que combina planos ficcionais captados por webcam em tempo real e cujas ações transcorrem nesses três países. Há ainda a obra DNA de DAN, do artista paranaense Maikon K, pupilo de Marina Abramovic, com a sua dança/instalação/performance que dura de cinco a seis horas dentro de uma bolha plástica no qual o artista literalmente troca de pele diante dos espectadores.

O espetáculo Dança do Tempo da Usina do Trabalho do Ator – UTA e a Performance Escultura SocialIN[PENETRÁVEL, de Carina Sehn, ganham relevância pelo momento atual brasileiro, em que muito se discute a violência contra as mulheres. O Festival  conta ainda com um curso e seminários. A programação completa está no site oficial.

*Com informações da Prefeitura de Porto Alegre e e do Fitrupa