‘Chopin ou O Tormento do Ideal’, com Nathalia Timberg e a pianista Calara Sverner, faz sua estreia nacional no Poa Em cena

Dirigido por José Possi Neto, o espetáculo ilumina, através de música e palavras, 20 anos da vida e obra do compositor

Crédito: Edson Kumasaka

Chopin ou O Tormento do Ideal é um espetáculo delicadamente romântico, consagrado a Chopin, que associa música e poesia, interpretado pela grandiosa atriz Nathalia Timberg e tocado por Clara Sverner, uma das maiores pianista brasileiras, dirigidas pelo consagrado José Possi Neto. O espetáculo faz sua estreia nacional no 24o Porto Alegre em Cena com apresentações nos dias 15, 16 e 17 de setembro, no Theatro São Pedro.

A montagem original teve sua estreia nos primeiros meses do ano de 1987, no Teatro Gaiety- Montparnasse, em Paris. O Pianista Erik Berchot, vencedor (notavelmente) do prêmio Frédéric Chopin de Varsóvia (1980), uniu seus talentos aos do ator e autor Philippe Etesse para compor o belo espetáculo.

Partindo de recortes textuais da vida de Chopin, cartas de George Sand entrelaçadas com declarações e poemas de Musset, Liszt, Baudelaire, Gérard de Nerval e Saint-Pol-Roux, o espetáculo ilumina, neste encontro de música e palavras, 20 anos da vida e da obra do compositor, criando uma possível subjetividade acerca de sua biografia com a objetividade e a poética do seu contexto histórico.

Texto e música marcam os acontecimentos e apresentam uma personagem dividida entre um cotidiano vivido, às vezes, dolorosamente e um ideal inatingível.

Nathalia Timberg

No dia 5 de agosto de 1929 nascia uma das maiores atrizes do país. Nathalia Timberg, uma profissional respeitada pelo público e pela crítica, que completa 88 anos de vida e 63 anos de carreira em 2017. Um feito que merece ser comemorado de todas as formas possíveis, como vem ocorrendo com muito merecimento. Atriz criada no Teatro Universitário (TU) e amadurecida no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). Nos primeiros anos da década de 50 fez sua formação em Paris com Jean-Louis Barrault, Etienne Decroux, Jacqueline Levant e Tania Balachova. Já foi agraciada com o prêmio Molière e com o prêmio Mambembe e indicada ao prêmio Qualidade Brasil. Em 2010 recebeu o prêmio Shell pelo conjunto da obra. As mais recentes, entre as 40 peças estreladas por esta grande dama do teatro brasileiro, foram: Tríptico Samuel Beckett – indicada ao prêmio Troféu APCA; 33 Variações, de Moisés Kaufman, com Wolf Maia, indicada ao prêmio Quem de Teatro, e O que terá acontecido a Baby Jane. Em 2015, recebeu o Prêmio Faz Diferença e em 2016 o Prêmio Aplauso Brasil de Teatro e o Prêmio Cesgranrio de Teatro pelo conjunto da obra. Além de sua extensa atuação em teatro, Nathalia tem uma longa e respeitada carreira, repleta de tipos marcantes na televisão. Nathalia é uma atriz grandiosa.

Clara Sverner

Intérprete de talento reconhecido por público e crítica do Brasil e do exterior, teve sólida formação que se iniciou em São Paulo com o professor José Kliass. Aperfeiçoou-se mais tarde nos centros musicais mais avançados, como o Conservatório de Genebra, onde recebeu uma medalha de ouro. Premiada no Concurso Internacional Wilhelm Backhaus, ainda adolescente iniciou a vitoriosa carreira que a tornou uma das mais prestigiadas virtuoses brasileiras. Apresentou-se em recitais e concertos por todos os quadrantes do Brasil e em turnês para plateias da Europa, dos Estados Unidos, do Japão e de Israel. O primeiro volume de Mozart Por Clara Sverner foi finalista do Prêmio TIM. O Vol. 2 ganhou o Prêmio TIM de melhor disco erudito. O Vol. 3 indicado ao Grammy Latino. Em 2008 participa no disco solo Nós de Marcelo Camelo, nas músicas Passeando e Saudade. Em junho de 2009 no Oi Futuro apresenta-se com seu filho Muti Randolph, em um projeto inovador onde imagens são geradas a partir do piano e, em 2012, no Sónar, um dos mais prestigiados festivais do mundo em música eletrônica de vanguarda. Em 2011, o disco Chopin por Clara Sverner foi indicado ao Grammy Latino, na categoria de melhor disco erudito. Em 2012, lançou do CD Debussy e Ravel por Clara Sverner. Gravado em Londres, distribuído pela Azul Music.

José Possi Neto

Diretor, encenador de espetáculos para os atores de teatro mais prestigiados do país. Ligado também ao teatro dança e musical, com várias realizações bem-sucedidas nesses gêneros. Concluiu sua formação em crítica e dramaturgia na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), foi diretor da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (UFBA), dirigindo montagens experimentais e criações coletivas. Entre seus trabalhos, estão: musical inspirado na personagem Geni, da música de Chico Buarque, com a atriz Marilena Ansaldi; Filhos do Silêncio, de Mark Medoff, dirige Irene Ravache e o mesmo ano (1983), dirige para Paulo Autran Traições, de Harold Pinter, em realização sóbria e refinada; Em 1984, cria um espetáculo especial: De Braços Abertos, com Irene Ravache e Juca de Oliveira, realização muito premiada, dirige novamente Paulo Autran em Tartufo, de Molière, e, em 1986, Feliz Páscoa, um boulevard de Jean Poiret, entre outros. Muitos shows musicais também integram seu currículo, com ênfase em cantoras dramáticas como Maria Bethânia – 25 anos, em 1993; Summertime, em 1980, e Bilbao Cabaré, em 1989, com Cyda Moreyra; Sonho e Realidade, com Simone, em 1995; e todas as apresentações ao vivo de sua irmã, a cantora Zizi Possi. Para o cinema faz trabalhos de coreografia em Esmerald Forest, de John Boormam, em 1983, e Running out of Lucky, Julien Temple e Mike Jagger, em 1984, por ocasião das filmagens do cantor de rock no Brasil.

Ficha técnica

Concepção: Philippe Etesse / Tradução: Nathalia Timberg / Direção: José Possi Neto /   Elenco: Nathalia Timberg / Piano ao vivo: Clara Sverner / Cenografia: Chris Aizner / Desenho de luz: Wagner Freire  / Figurinos: Miko Hashimoto / Videografismo e projeções: Alexandre Gonzales /  Direção de produção: Danielle Cabral e Ricardo Grasson / Produção executiva: Jessica Rodrigues e Victória Martinez / Coordenação de projetos: Contorno Produções e Dcarte / Realização: Gelatina Cultural e Dcarte / Assistente de Direção: Renato Forner/  Fotos divulgação: Edson Kumasaka/ Assessoria de imprensa: Nossa Senhora Da Pauta/ Duração: 70 min / Recomendação etária: 14

SERVIÇO

Chopin ou O Tormento do Ideal (SP)

Dia 15, 16 e 17 de setembro

Sexta e sábado, às 21h, domingo, às 18h

Theatro São Pedro (Praça Mal. Deodoro – s/n – Centro)

Ingressos

R$ 80 inteira / R$ 40 meia-entrada*