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As últimas apresentações de Yerma, do Teatro Ateliê, acontecem no Teatro Renascença, de 25 a 27 de agosto

agosto 23, 2017 By Milton Ribeiro Deixe um comentário

Um espetáculo adulto que trata de desejos, anseios e quereres de uma sociedade que cria códigos de conduta moral e de felicidade, contada transversalmente pelas expectativas de um casal que, ao mesmo tempo, os alimenta e os devora.

Em 1934, Federico Garcia Lorca – na sua obra Yerma – falava de um universo de desejos insatisfeitos, maledicência, vergonha e ignorância. Um casal sem filhos. Suposições pessoais ou da sociedade sobre as quais existe um “culpado”, deformidades causadas por códigos de conduta ignoradas, defeitos físicos ou espirituais que o deformam. Esta universo é base e guia para a construção do espetáculo “Yerma ou quanto tempo leva para transbordar um balde”.

A investigação parte de uma mulher e seu desejo de ser mãe para observar as distintas questões que nos inquietam – quereres, desejos e ânsias em uma coletividade que estabelece um guia de comportamento ética que a faz infeliz; os papéis no casamento e suas decorrências dentro da conjuntura social dos últimos séculos e a correlação sobre o que é possível e o que é desejado por cada pessoa.

O que esperam de nós? O que achamos que esperam de nós? O que nós mesmos esperamos de nós mesmos? Como viver sem cumprir as expectativas? Que tamanho pode ter a frustração? Qual o limite que alcança um sofrimento?

Há um ano, o TEATRO ATELIÊ vem trabalhando sobre os temas abordados por Federico Garcia Lorca em Yerma.  Sendo um dos grupos pertencentes do Projeto Usina das Artes, este teve a oportunidade de mergulhar a fundo na investigação da obra e trazer para discussão questões fundamentais do ser humano. Com 18 anos de trabalho ininterrupto, o TEATRO ATELIÊ tem extensa pesquisa em Contação de histórias e trabalho permanente de multiplicação de expectadores – principalmente na infância e juventude – atuando em parceria com a Livraria FNAC, Editora Moderna e Câmara Riograndense do Livro. Andarilho, seu último espetáculo foi agraciado com os prêmios Tibicuera de Teatro 2016 de Melhor Espetáculo, Direção, Dramaturgia, Ator, Atriz e Cenário, sendo indicado a nove das doze categorias. No ano em que completa sua “maioridade”, o Teatro Ateliê escolhe Yerma, de Federico Garcia Lorca, para retornar à sua pesquisa em Teatro Adulto. A partir dela, cria sua história, traz suas características e deita novo e contemporâneo olhar sobre as questões humanas postos na obra.

Direção: Gustavo Dienstmann
Elenco: Áurea Baptista, Alex Limberger, Alexandre Malta, Ursula Collishonn, Valquiria Cardoso
Trilha sonora original: Arthur de Faria
Iluminador: Casemiro Azevedo
Colaboração cênica: Guega Peixotto
Colaboração coreográfica: Larissa Sanguiné
Figurino: Gustavo Dienstmann e Valquiria Cardoso
Confecção de figurino: Titi Lopes
Bordado: Elisabeth Dienstmann
Cenário: Alex Limberger
Fotografia de divulgação: Guega Peixoto
Divulgação: Liane Strapazzon
Design gráfico: Tiago Braga via Estúdio Garfo
Produção e realização: Teatro Ateliê

Serviço:
Espetáculo teatral “Yerma ou quanto tempo leva para transbordar um balde”
De 04 a 27 de agosto, sextas a domingos, sempre às 20h
Teatro Renascença (Centro Cultural Lupicínio Rodrigues – Av. Erico Verissimo 307, Azenha, Porto Alegre)>
Duração: 80 minutos
Faixa etária: 14 anos
Ingressos: R$ 30,00 ( desconto de 50% para estudantes, idosos e classe artística)

Sobre a obra de Federico García Lorca
Yerma foi escrita em 1934 e apresentada pela primeira vez no mesmo ano. É uma obra popular de caráter trágico, ambientada em Andaluzia, no início do século XX. Conta a história de um casal que segue, segundo as tradições de sua comunidade, as prescrições cotidianas do casamento – o homem empenha-se no trabalho junto ao gado e no cuidado com a terra, a mulher cuida da casa e do bem-estar do marido. Yerma deseja, como única condição de felicidade, ter um filho; no entanto, o tempo passa, a gravidez não vem e o desejo de outrora vai dando lugar à frustração. Mais do que a questão da esterilidade ou da maternidade frustrada, o que está superiormente expresso em termos poéticos e simbólicos em Yerma é a tragédia de todos os que não conseguem realizar a sua plenitude vital ou que vêem definhar o seu potencial criativo, em razão da ignorância, do preconceito, da repressão ou das forças desencontradas do destino.

Sobre o autor
O autor Federico García Lorca (1898-1936) nasceu na região de Granada, na Espanha, e levou para sua poesia muito da paisagem e dos costumes de sua terra natal. Lorca é considerado um dos mais importantes escritores modernos de língua espanhola. Por meio de sua poesia identificou-se com os mouros, os judeus, os negros e os ciganos, alvos de perseguições ao longo da História de sua região. Em 1920 estreou no teatro com a peça “O Malefício da Mariposa”. Em 1931, criou a “La Barraca”, companhia teatral ambulante que percorria as aldeias de todo o país encenando autores clássicos espanhóis como Lope de Vega e Cervantes. Tornou-se um grande dramaturgo e criou peças que ficaram conhecidas no mundo inteiro. Entre suas obras mais encenadas estão “Bodas de Sangue”, “Yerma” e “A Casa de Bernarda Alba”. Jamais deixou de manifestar aversão ao fascismo. Em 1936, ano da eclosão da Guerra Civil Espanhola, García Lorca foi preso. Fuzilado por militantes franquistas, tornou-se símbolo da vítima dos regimes autoritários.

Sobre o Teatro Ateliê
Com 18 anos de trabalho ininterrupto, o TEATRO ATELIÊ tem extensa pesquisa em contação de histórias em parceria com SESCs dentro e fora do Estado, e trabalho permanente de multiplicação de expectadores, principalmente na infância e juventude, atuando com a Livraria FNAC, Editora Moderna e Câmara Riograndense do Livro. Iniciando sua atividade em 1998, com o tempo passa a abrir pesquisas em outras técnicas, como Teatro de Rua com o espetáculo “Aqui, Ali e Acolá” e Manipulação de Bonecos. Ao longo desses anos teve mais de 5 mil apresentações. Seu mais recente espetáculo, “Andarilho”, recebeu os Prêmios Tibicuera de Teatro 2016 nas categorias melhor espetáculo, direção, dramaturgia, ator, atriz e cenário.

Fotos: Adriana Marchiori

Arquivado em: Teatro e Dança

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