A ideia de preparar o concerto “Suite para Flauta e Jazz Piano”, do compositor francês Claude Bolling, surgiu durante a apresentação de Dúnia e Artur Elias no Chapéu Acústico, em maio último. Após cinco meses de exaustivos ensaios e preparações, é chegada a hora de coroar o final de 2018 com chave de ouro, no projeto que ocorre na Biblioteca Pública do Estado/BPE (Riachuelo, 1190), em uma parceria com o produtor Marcos Monteiro. A entrada se dá mediante contribuição espontânea.
Para dar vida a essa obra tão difícil de ser executada, dois dos instrumentistas mais versáteis do RS, os irmãos Artur Elias e Dunia Elias – flautista e pianista, respectivamente – que já eram parceiros musicais predestinados desde o berço, apoiados por um dos mais talentosos bateristas do Estado, Bruno Braga, contaram com o baixo acústico de Rafael Figueiredo. O resultado ficou simplesmente imperdível!!!
A “Suite For Flute And Jazz Piano” foi composta por Claude Bolling e gravada em 1975, pelo seu trio (piano, baixo acústico e bateria), junto com o flautista francês Jean-Pierre Rampal. Em 2018 a obra completa 43 da gravação e ainda continua um sucesso mundial. Nos EUA, o álbum foi indicado em 1975 para o prêmio Grammy de Melhor Performance de Música de Câmara . Uma gravação de vídeo de Bolling e Rampal tocando a Suite foi gravada em 1976, no Palácio de Versalhes (França), e lançada no disco de vídeo “LaserVision” e em vídeo. Eventualmente, sob o título, “Suite for Flute e Jazz Piano Trio” , os CD e DVD digitais das versões das respectivas gravações de áudio e vídeo também foram lançadas em todo mundo.
DUNIA ELIAS
Pianista clássica de formação, compositora, atriz-pianista e músico terapeuta. Conta com diversos prêmios conquistados, como no I Concurso Nacional de Música de Câmara da Faculdade Santa Marcelina (São Paulo/SP); XI Musicanto Latino-Americano (Melhor Música Instrumental); I Festival de Música Instrumental do RS (2º lugar, com “Luzazul”); Prêmio Plauto Cruz no Concurso de Choro de Porto Alegre 2005 (com “Choro Pampeano”); Concurso de Choro da Oficina de Música de Curitiba (1º lugar, com “O Choro do Bugio”); 13º Festival de Música de Porto Alegre (2º lugar, com “Candombe no Bomfim”). Entre seus parceiros regulares estão Hique Gomez (espetáculos “TãnTãngo” e “Hique Gomez e Seus Personagens”), Carlitos Magallanes e o grupo Tango’s Show. Gravou dois CDs autorais: “Ao Sul” e “Batalhão das Letras”, sobre poema de Mario Quintana. Atualmente planeja um terceiro CD solo.
ARTUR ELIAS
Aos 19 anos tornou-se 1º flautista da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA). Premiado em vários concursos nacionais, participou de recitais e concertos como solista, em várias orquestras brasileiras; também com intensa atividade como camerista. Egresso da Escola de Música da OSPA, concluiu graduação no Instituto de Artes (UFRGS) e aprofundou seus estudos em Stuttgart (Alemanha), onde viveu por quase três anos. Percorre com naturalidade terrenos diversos, como a música de vanguarda, a música barroca (interpretada com instrumentos de época) e a música popular sul-americana. Camerista nato, fundou diversos ensembles que marcaram o cenário musical gaúcho nas últimas décadas: Duo Porto Alegre, Trio Tonus, Duo Diálogos, Collegium Musicum, Capela Instrumentale, Quarteto Instrumental, Ensemble Gnattali, entre outros. Em 2005 foi indicado ao Prêmio Açorianos nde Música a categoria Melhor Instrumentista. Com apoio do Ministério da Cultura, em 2010 fez turnê com o Ensemble Gnattali, na Alemanha e Suíça. É colaborador freqüente do Studio Clio, onde tem realizado diversos projetos de música de câmara, música antiga, além de integração com outras artes.
CHAPÉU ACÚSTICO
Realizado conjuntamente pelo produtor Marcos Monteiro e Biblioteca Pública do Estado (BPE) – instituição da Secretaria da Cultura, Turismo, Esportes e Lazer (Sedactel) – o projeto vem, desde setembro de 2016, movimentando o Salão Mourisco, com performances de grandes nomes do cenário musical gaúcho, entre instrumentistas de formação jazzística e cantores (as). A ideia surgiu da vontade de desenvolver atividades musicais sem depender de verba pública ou privada, com a parceria de artistas profissionais, dispostos a movimentarem a cena artística. A ação se dá sem cobrança de ingressos, usando o chapéu como forma de arrecadação, como acontece nas performances de rua.
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