Projeto Desconcerto apresenta ‘À primavera que virá’ no sábado (22)
A próxima edição do projeto Desconcerto vem acompanhada pela primavera. No dia 22 de setembro, sábado, o tenor Cecé Pereira e o pianista Daniel Benitz celebram a estação em que a natureza desabrocha com um repertório dedicado às canções do Romantismo Alemão, a partir das 18h30, no bar Parangolé (Lima e Silva, 240).
“À primavera que virá” traz uma seleção de obras de Franz Schubert (1797-1828) e Robert Schumann (1810-1856). Os dois compositores foram responsáveis pelo desenvolvimento do gênero lied, composições para canto lírico e piano, a partir da obra literária de grandes poetas do movimento Sturm und Drang, como Goethe, Heine e Eichendorff. O repertório deste Desconcerto reúne lieder tomados de diferentes períodos da obra de Schubert e Schumann, tendo como elo a temática dos ciclos naturais, que levam a Terra e os seres humanos do desencanto do inverno até o florescer da primavera.
O projeto Desconcerto não cobra um valor fixo de couvert artístico, mas sugere uma contribuição espontânea.
Sobre os músicos:
O cantor, ator e compositor César Pereira é bacharel em Música com habilitação em canto pela UFRGS. Além disso, conclui o curso de formação de atores da Escola Popular de Teatro do grupo Ói Nóis Aqui Traveiz. Atualmente, dedica-se a seu projeto autoral chamado “Cecé Pássaro”, onde dá vazão a três vertentes artísticas que permeiam fortemente sua carreira: a música, a poesia e a performance/teatro.
O pianista Daniel Benitz é bacharel em Música pela UFRGS e Mestre pela Universidade do Colorado em Boulder. Nos Estados Unidos, sua experiência teve ênfase na colaboração vocal e instrumental. Hoje atua como pianista correpetidor do Coral Unisinos Anchieta, em São Leopoldo. Exerceu também essa função em recentes edições do Festival Internacional SESC de Música, em Pelotas, e do Festival de Inverno da UFSM, em Vale Vêneto.
Sobre o projeto:
O Desconcerto foi inspirado em projetos que têm levado música clássica a bares e casas noturnas na Europa e nos Estados Unidos (como Classical Revolution e The Night Shift). Tomar um chope enquanto assiste ao recital? Pode. Aplaudir quando uma passagem causa entusiasmo ou entre os movimentos, e não só ao final da peça? Sinta-se à vontade.
O objetivo é justamente apresentar a música clássica em um formato diferente do convencional, transgredindo códigos que conferem um ar sisudo a essa tradição e a afastam do público, e estimulando novas formas de performance e escuta.