Em sua vigésima nona edição, o Desconcerto recebe Gabriela Vilanova, violista da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA). No dia 17 de novembro, sábado, às 19h30, no bar Parangolé (Lima e Silva, 240), ela apresenta um programa intitulado “Contrapontos”, transitando da música clássica ao choro, e da sala de concerto ao bar.
O termo “contraponto” surgiu no século XIV e designa, em música, vozes independentes e discordantes, que se complementam por meio de um código próprio de combinação. Perseguindo seu desenvolvimento, neste Desconcerto, Gabriela Vilanova parte da música barroca, incluindo obras de J. S. Bach e H. I. F. von Biber. Depois, ela encontra sua influência na música brasileira de concerto, com Radamés Gnattali, e também destaca sua forte manifestação na tradição popular do choro.
Para isso, Gabriela conta com participações especiais de Alexandre Avanci (percussão), Ana Medeiros (castanholas), Fernando Rauber (piano) e Júlia Valentini (violão).
A apresentação encerra com uma homenagem ao músico Fernando Mattos, falecido no último domingo (4), de quem Gabriela era aluna de composição. Ao lado de Estela Kohlrausch (viola), ela interpreta uma peça de o compositor e professor do Instituto de Artes da UFRGS.
O projeto Desconcerto não cobra um valor fixo de couvert artístico, mas sugere uma contribuição espontânea.
SOBRE GABRIELA VILANOVA: Violista e violinista. Atua como violista da OSPA há dez anos, e também integra a Camerata Pampeana. Teve sua formação inicial na Escola de Música da OSPA. É bacharel em viola pela UFRGS, com especialização na Alemanha. Trabalha com educação musical, regência, composição e música instrumental brasileira, principalmente com o choro.
SOBRE O PROJETO DESCONCERTO: O Desconcerto foi inspirado em projetos que têm levado música clássica a bares e casas noturnas na Europa e nos Estados Unidos (como Classical Revolution e The Night Shift). Tomar um chope enquanto assiste ao recital? Pode. Aplaudir quando uma passagem causa entusiasmo ou entre os movimentos, e não só ao final da peça? Sinta-se à vontade.
O objetivo é justamente apresentar a música clássica em um formato diferente do convencional, transgredindo códigos que conferem um ar sisudo a essa tradição e a afastam do público, e estimulando novas formas de performance e escuta.
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