Na segunda-feira (30), Sarau Voador Virtual recebe e homenageia Nei Lisboa

Foto: Marian Starosta/Divulgação

Na edição Sarau Voador Virtual – Pra Viajar no Cosmos não Precisa Gasolina, Deborah Finocchiaro e Roger Lerina recebem Nei Lisboa. O evento acontece na segunda-feira, 30 de novembro, às 20h, no Canal do Youtube do Sarau Voador.

O artista visual Alexandre Carvalho fará uma pintura ao vivo. E os músicos Andrea Cavalheiro, Elisa Meneghetti e Marcelo Delacroix farão participações especiais, por meio de gravações em vídeo, interpretando canções compostas pelo homenageado deste Sarau Voador Virtual.

Nei Lisboa está no hall dos grandes compositores brasileiros. Possui onze discos lançados ao longo de mais de três décadas, além de dois livros. Dá nome a esta edição do Sarau – Pra viajar no cosmos não precisa gasolina – o tema do seu primeiro disco, uma produção independente de 1983.

Esta edição do Sarau Voador foi contemplada em 1º Lugar na área Literatura pelo Edital Emergencial de Auxílio à Cultura da Prefeitura Municipal de Porto Alegre.

Sobre NEI LISBOA

Sua carreira artística inicia em 1979, com os espetáculos “Lado a lado” e “Deu pra ti anos 70”. O primeiro disco, Pra viajar no cosmos não precisa gasolina, é uma produção independente de 1983. Em 1984 ele lança seu segundo disco, Noves foras e ao final de 1986 assina contrato com a gravadora EMI-Odeon, que resultaria em dois discos: Carecas da Jamaica, de 1987, pelo qual recebe o Prêmio Sharp de revelação pop/rock; e Hein?!, lançado em 1988. Em 1990 lança o romance Um morto pula a janela pela editora Artes & Ofícios, e relançado pela editora Sulina em 1999, com uma tradução francesa editada pela L’Harmattan em 2000. Em 1993 grava ao vivo no Theatro São Pedro o disco Amém, reunindo canções próprias e clássicos da música popular uruguaia, acompanhado por nove músicos de ambos os países. Nei volta ao disco em 1998 embalado pelo sucesso de Hi-fi, um apanhado de clássicos da música pop e do repertório folk que influenciou o seu início de carreira nos anos 70.

Nos anos 2000

Nei retoma a composição, e Cena beatnik é lançado em 2001. No ano seguinte, bandas e artistas gaúchos unem-se em um CD tributo, intitulado Baladas do Bom Fim com releituras de quatorze músicas do compositor. As músicas de Nei participam da trilha de vários filmes gaúchos, como Deu pra ti anos 70, Verdes anos e Houve uma vez dois verões. Em Meu tio matou um cara, de Jorge Furtado, um dos principais temas é a canção “Pra te lembrar”, na interpretação de Caetano Veloso, música que também faz parte do CD Relógios de Sol – lançado em julho de 2003. Translucidação, novo CD do artista lançado ao final de 2006. Em 2007 volta à literatura, reunindo crônicas suas publicadas ao longo da década na imprensa gaúcha sob o título É Foch!, lançamento da editora L&PM, indicado ao Prêmio Açorianos de Literatura no ano seguinte.

Na última década

Nei revisita no palco o repertório de todas essas diferentes épocas com a turnê de Vapor da Estação projeto contemplado pelo Programa Petrobras Cultural que passou em 2010 por nove cidades brasileiras. Em 2013 lança o álbum A Vida inteira. No ano de 2015, grava ao vivo em Porto Alegre Telas, tramas & trapaças do novo mundo, com patrocínio do projeto Natura Musical. No final de 2016, Nei Lisboa & Salvagni Big Band estreia em Porto Alegre, reunindo Nei e a nascente SBB, uma formação de dezessete músicos, sob a batuta do maestro Gilberto Salvagni, em torno do repertório clássico das big bands norteamericanas dos anos 30 e 40 do século passado. Nei abre 2017 com a oitava edição de sua temporada de verão NeilisPoa no Theatro São Pedro e segue ao longo do ano mostrando seu trabalho autoral, com apresentações por todo o estado, além de Belém do Pará, Brasília e Curitiba, dentro da nona edição do projeto Série Solo, nos teatros da Caixa Cultural.

Roger Lerina  e Deborah Finocchiaro. Foto: Roberta Amaral/Divulgação

Sobre o SARAU VOADOR

Desde março de 2018, foram realizadas em médias duas edições por mês em diferentes espaços culturais da capital, além de algumas cidades do interior do Estado e em Fortaleza/CE.

Durante este período de distanciamento social foram realizadas três lives para relembrar e celebrar todas as 30 edições e os artistas que fizeram e fazem parte dessa história. Elas aconteceram entre os meses de junho (dia 19) e julho (dias 03 e 17), transmitidas pelo perfil do Instagram @sarau voador e foram acompanhadas por mais de 600 espectadores. E no dia do 03 de setembro, contemplado pelo edital Fac Digital, aconteceu a 31ª edição, em formato virtual, em homenagem a Eduardo Galeano com a participação de Felipe Nepomuceno.

Versátil e itinerante, o Sarau Voador – Literatura e Improvisos Transcriados reúne diferentes manifestações artísticas em um encontro marcado pela liberdade criativa, pela colaboração e pela transposição de linguagens. Contando sempre com convidados, o evento compartilha com o público os diversos olhares e leituras sobre um determinado tema, obra ou criador. Uma construção conjunta e participativa entre anfitriões, convidados e plateia, como no lema do sarau: “Junta todo mundo que é pro mundo melhorar”.