Músicos lançam canção sobre desastre de Mariana para ajudar vítimas

Clipe da música retrata imagens de Mariana | Foto: Reprodução/ Cacimba de Mágoa
Clipe da música retrata imagens de Mariana | Foto: Reprodução/ Cacimba de Mágoa

Da RBA

“O sertão vai virar mar, é o mar virando lama. Gosto amargo do Rio Doce, de Regência a Mariana.” Assim começa o lamento de Cacimba de Mágoa, música composta por Tato do Falamansa e Gabriel O Pensador. A canção sobre o desastre ambiental de Mariana, em Minas Gerais, onde houve o rompimento de uma barragem da Samarco no dia 5 de novembro de 2015, ganhou um videoclipe divulgado na internet. O dinheiro arrecadado com a peça deve ser destinado às vítimas das comunidades atingidas.

Com a presença de artistas e esportistas como Nasi (vocalista da banda paulistana Ira!), Tico Santa Cruz, Dani Suzuki, Eri Johnson e Neymar, o clipe apresenta imagens dos locais devastados pelo “tsunami de lama”, bem como de moradores atingidos diretamente pelo desastre da mineradora, controlada pela brasileira Vale e a anglo-australiana BHP.

Em tom de cobrança, a canção segue com versos que evidenciam o drama das comunidades atingidas. “Quantos pescadores sem redes e sem canoas? Quantas pessoas sofrendo, quantas pessoas?”, questionam os músicos.

Publicado no Youtube no dia 15 de fevereiro, em cinco dias, o conteúdo já possui quase 500 mil visualizações. Com a hashtag #compartilheobem, os envolvidos no projeto divulgaram o clipe nas redes sociais. “Cada visualização deste clipe se transforma em uma doação para um fundo de assistência às famílias ribeirinhas com a finalidade de promover obras sociais”, explica Nasi, pelo Facebook.

“Uma pausa na guerrilha para colaborar com as vítimas de Mariana”, destacou Tico Santa Cruz, também via redes sociais. A canção também será divulgada em outras mídias, além do Youtube, como o Itunes e outros portais de música. De acordo com os envolvidos, todo o valor arrecadado – inclusive o oriundo de downloads – será destinado à obras sociais comunitárias.

As imagens do vídeo, bem como sua produção, são de autoria do Instituto Últimos Refúgios. Em entrevista para um jornal local Folha Vitória, o fotógrafo capixaba Leonardo Merçon, um dos primeiros profissionais a chegar no local, afirmou que “foi difícil fotografar com lágrimas nos olhos”. De acordo com Merçon, “Tato (Falamansa) e Gabriel já são parceiros de um amigo de Vitória. Tato fez o convite e nós topamos”, disse acerca da produção do material.

Confira o vídeo: