De 4 a 6 de dezembro, a Mostra Independente de música levará shows de sete bandas/artistas ao Teatro Renascença. A ideia é que esta seja uma primeira iniciativa de reunir artistas independentes que vem despontando e/ou se destacando no cenário musical e para este primeiro projeto, que tem como parceira a Secretaria Municipal de Cultura. Os ingressos já estão à venda no sympla (link abaixo).
Sobre as bandas
Não é de hoje que Paola Kirst vem se destacando na cena musical do sul do Brasil. Esteve em 2016 na grade do Morrostock, onde também este ano terá sua participação neste que é o maior festival de rock e música independente do RS. Natural de Rio Grande, a cantora e performer que carrega forte influência da dança e do teatro em sua trajetória artística. Apresenta seu trabalho autoral no primeiro disco intitulado ‘costuras que me bordam marcas na pele’, gravado quase inteiramente ao vivo no Estúdio da Pedra Redonda, em Porto Alegre por Wagner Lagemann, responsável por também produzir, mixar e masterizar o álbum. Lançado pelo selo Escápula Records, o disco reúne composições feitas em parceria com amigos artistas da sua cidade e arranjos assinados pelo KIAI grupo, trio que a acompanha. Além disso, o disco conta com duas canções dos compositores emergentes Juliano Guerra e Andrei Corrêa e com as participações especiais de Neuro Júnior, violão 07 cordas e Bruno Coelho, percussão. Paola busca traçar uma trajetória de experimentação para o uso do corpo e de sua voz como instrumento de expressão poética promovendo uma atmosfera de liberdade e improviso com os músicos Dionísio Souza no baixo elétrico, Lucas Fê na bateria e Marcelo Vaz no piano. Em seu trabalho, a cantora aborda o cotidiano vivenciado através de um olhar sensível e faminto de uma artista atravessado pelas delícias e angústias do ser mulher.
Cantor e compositor gaúcho, natural de Jaguarão, Poty busca na música a expressão de sua consciência e percepção universal. Focado em apresentar suas composições, integrou o coletivo “ESCUTA – O Som do Compositor”. Em 2013, lançou o single/clipe da música “Fugas de Setembro” e, nos anos seguintes, gravou o EP ‘Casa’, composto por quatro músicas, um trabalho produzido por Ian Ramil e Guilherme Ceron e que contou ainda com as performances dos músicos João Ortácio (guitarra), Guilherme Ceron (baixo), Leandro Schirmer (bateria) e Zelito (violino). Lançou em junho de 2018 seu primeiro disco, “Percepção”, produzido por Guilherme Ceron e Ian Ramil, gravado ao vivo no estúdio da Pedra Redonda, na zona sul de Porto Alegre, por Wagner Lagemann, com banda formada por Lorenzo Flach (guitarra), Bruno Neves (bateria) e Guilherme Ceron (baixo).
A música de Dona Conceição reúne a força do batuque do RS aliada aos timbres da contemporaneidade musical e elementos da cosmovisão africana. Ele foi um dos quatro selecionados do Som no Salão 2018, projeto que fomenta a cena musical autoral, lançando seu álbum no dia 07 de novembro, no Salão de Atos da UFRGS, com casa cheia! Fruto de um trabalho de dois anos de concepção e produção, ‘Asè de Fala’ é o primeiro disco do músico e compositor Dona Conceição. Natural de Alvorada (RS), o também ator, performer e diretor de cena, reuniu um grande grupo – 32 pessoas – em diferentes localidades para o registro. Gravado entre as cidades de Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador no Brasil, e Amiens, na França, o disco teve no Estúdio da Pedra Redonda, em Porto Alegre, a sua base. O músico e produtor Wagner Lagemann dividiu com Dona Conceição a produção do trabalho que conta com a coprodução do músico Pedro Dom. Dona Conceição fala sobre seu processo de criação como uma narrativa que resulta em composições que são um mapa de volta para casa, uma volta às Áfricas, onde cada música desse disco é um recorte de sua história e vivências. Para Conceição, escrever do seu lugar social é necessário, como negro, jovem, da periferia gaúcha, sentiu a necessidade que o mundo escutasse seu grito em forma de música. Asé de Fala é disco de beleza e fúria de um Batuqueiro Negro do sul do Brasil e já disponível em todas as plataformas de streaming. A banda do espetáculo é formada por Gutcha Ramil (percussão, voz e rabeca), James Oliveira (percussão), Andressa Ferreira (percussão e voz), Bruno Vargas (baixo), Fabrício Gambogi (guitarra), Rafael Rodrigues XVI (violão, cavaquinho e voz). Escute: https://www.onerpm.com/al/8233267527
Trabalhos Espaciais Manuais (TEM) é uma pequena orquestra de música popular que surgiu em Porto Alegre e está em atuação desde 2013. A banda desenvolveu sua sonoridade através do formato baile-show, onde estilos como o samba, o funk e o rock’n’roll são misturados com o jazz e o groove em uma atmosfera dançante, permeada por temas marcantes. Vem participando de festivais como Pira Rural, Tum Tum instrumental e Fartura Gastronômica. Em 2017 com a faixa “Farofa de Banana”, a banda foi selecionada para participar da coletânea “John Armstrong presents AfroBeat Brasil” lançada mundialmente através do selo londrino BBE. Recentemente lançou seu primeiro álbum, produzido por Marcelo Fruet. Em 2018 foi esteve na Virada Sustentável de Porto Alegre, no Meca Maquiné e já é atração confirmada do Festival Psicodália 2019, em Santa Catarina.
Formada na cidade de Pelotas (RS) por Camila Cuqui, Alércio PJ e Vini Albernaz, a Musa Híbrida produz um som orgânico e eletrônico, utilizando elementos vindos do bandolim, contrabaixo e uma guitarra azul piscina combinada com beats, samples, sintetizadores e ambiências. A banda já possui três trabalhos lançados: Musa Híbrida (2012), Verde Fosco Roxo Cinza (2014) e Respirei o Poema Cuspi (2016) e o recém lançado Piscinas Vazias Iluminadas em Pé (2018), com apoio cultural da Natura musical, distribuição digital pelos selos Escápula Records e Pwr Records e distribuição de exemplares físicos pelo Selo 180.
‘Lugar Afora’ é o primeiro álbum do cantor e compositor João Salazar, lançado pelo selo Tronco. Conduzida pelo inventivo liricismo de João, a narrativa do disco se expande e se retrai. Acompanhadas pelos intricados arranjos, por vezes caóticos, por vezes idílicos, as canções se apresentam como resultado de uma sensível percepção da vida mundana na cidade de Porto Alegre, provocante local o qual João habita. Produzido por André Garbini e Bernard Simon, no estúdio Casona, o disco contou também com Lorenzo Flach (guitarra), Caio Mello (baixo), Bruno Neves (bateria), Guilherme Ceron (baixo e violão), Lucas Duarte (violoncelo), Juliano Lacerda (sintetizador), Gabriel Burin (sintetizador) Ives Mizoguchi (vozes e percussões).
Conectado com os novos (e sombrios) tempos, o novo disco de Thiago Ramil, EmFrente, reflete os anseios de uma geração que procura um lugar ao sol dentro do panorama em que Brasil e mundo estão mergulhados. Produzido por Guilherme Ceron e Thiago Ramil, o álbum reúne talentosos músicos que juntos compuseram e enriqueceram os arranjos e as intenções do disco, como Gutcha Ramil (percussões/violinos/vocais), Andressa Ferreira (percussões), Guilherme Ceron (baixo), Lorenzo Flach (guitarra), Pedro Petracco (bateria), Felipe Zancanaro (percussões/efeitos). É um trabalho coletivo de amigos e parceiros que vem produzindo e criando coletivamente, que sabem que esta é uma linha, um caminho a seguir, juntos e fortalecidos, em meio aos acontecimentos e mudanças da atualidade. ‘Acho que uma coisa massa que o Em Frente traz é o diálogo com outros artistas da minha geração tornando o álbum mais abrangente do que o meu universo como compositor’, afirma Thiago Ramil, que compôs algumas das novas músicas com Alércio PJ (Musa Híbrida), Poty Burch, Alexandre Kumpisnki e o Felipe Zancanaro (ambos da Apanhador Só) e Diogo Maestri, e gravou no bairro onde cresceu, dando um clima ainda mais emotivo ao projeto.
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