Maracatu Truvão comemora seus 14 anos com apresentação, música e dança no Afro-Sul Odomode dia 15 de setembro
O Maracatu Truvão comemora 14 anos bem vividos. E com todas as boas vibrações de sua juventude, convida o público a participar dessa baita festa dia 15 de setembro, sábado, no Afro-Sul Odomode. Para além dos tambores, danças e cantos das nações de maracatu de baque virado de Pernambuco – Estrela Brilhante do Recife, Porto Rico, Leão Coroado, Estrela Brilhante de Igarassu, Baque Forte – que fazem parte do repertório que o Truvão levará ao palco, a festa terá a participação do grupo Bom Partido, apresentando as raízes do samba, desde os versos de improviso do partido-alto aos antigos pagodes de fundo de quintal das décadas de 70/80, trazendo na sua interpretação músicas de compositores como Almir Guineto, Arlindo Cruz, Beth Carvalho, Fundo de Quintal, Demônios da Garoa, João Nogueira, Zeca Pagodinho entre outros. O Bom Partido é formado pelos músicos Cristiano Azevedo (cavaco e voz), Giuliano Azevedo (pandeiro e voz), Anderson Clos (rebolo e voz) e Christian Silva (violão 7 cordas).
O Truvão, grupo porto-alegrense que executa a música e a dança do maracatu de baque virado, tem movimentado a cena do gênero no sul do país. Anualmente traz mestres e batuqueiros de Pernambuco para ministrar oficinas e trocar aprendizado com seus integrantes. Em 2014 teve um projeto contemplado no FAC-RS (Fundo de Apoio à Cultura) que possibilitou a vinda dos mestres Chacon Viana (Nação do Maracatu Porto Rico) e Joana D’arc (Nação do Maracatu Encanto do Pina e Baque Mulher), além de uma série de apresentações gratuitas em São Leopoldo, Alvorada, Osório e vários de bairros de Porto Alegre. Desde então, trouxe outros mestres como o Mestre Toinho – que é uma das personalidades mais antigas do maracatu do Recife e atualmente integra a Nação Baque Forte –, e o Mestre Afonso, do Leão Coroado, recentemente falecido. Também esteve por aqui este ano o batuqueiro Rumenig Dantas, da Nação Porto Rico e o mestre Gilmar do Estrela Brilhante do Igarassu.
A discotecagem do antes, durante e depois fica com Joelma Terto e seu set list já consagrado com o filé da música brasileira. Tudo no Odomodê, espaço de Paulo Romeu e Iara Deodoro, que abriga de forma plural e carinhosa um recorte da produção cultural de Porto Alegre. Venha curtir essa festa, dançar, cantar bem alto e se divertir com a gente!!!!!
Sobre o Maracatu de Baque Virado: O Maracatu-Nação, também conhecido por Maracatu de Baque Virado, é uma manifestação cultural genuinamente brasileira resultante da soma de contribuições de diversas outras manifestações seculares, entre as quais a mais conhecida é a festa de coroação de Rei do Congo, que encontra registros em diversas regiões da América Latina. Em seu sincretismo religioso, as Nações costumavam realizar rituais de coroação na Igreja do Rosário dos Homens Pretos, quando, após a cerimônia, os integrantes do cortejo, vestidos em trajes de gala, percorriam as ruas da cidade. Em Recife, com a abolição da escravatura, o desfile dos cortejos desligou-se das comemorações litúrgicas da Igreja Católica e os maracatus passaram a integrar os festejos carnavalescos, ainda representados por um cortejo real, acompanhado de uma orquestra percussiva. Em um progressivo processo de afirmação da identidade negra do maracatu ao longo do século XX, além de louvores à nossa Senhora do Rosário, as Nações passaram a assumir e a representar a sua fé nos orixás.
Sobre o Afro-Sul Odomode: O Afro-Sul Odomode é espaço da cultura negra e popular há muitas décadas, sendo continuidade de outras formas importantes de organização da cultura no Rio Grande do Sul. O espaço é um Ponto de Cultura reconhecido pelo Ministério da Cultura e desenvolve projetos sociais com menores carentes da região onde está localizado.