Happy Hour Singullar celebra o samba e a figura do malandro
O 7º Happy Hour Singullar faz uma homenagem aos 100 anos do Samba e ao malandro, no dia 21 de fevereiro, das 18h às 21h30min, na calçada da Félix da Cunha, 657, em frente à loja. Música ao vivo, performances, comidas típicas e varal com curiosidades sobre o samba são algumas das atrações para relaxar, participar e tornar a vida mais leve. O ator Laerte Cardoso vai receber as pessoas vestido de malandro. A chef Sílvia Pires, com sua bike ornamentada, terá caldinho de feijão, sanduíche de mortadela, ovo rosa na conserva, cerveja e refrigerante. Água fresca da bica, servida em garrafas de cachaça, é cortesia da casa. O evento é aberto ao público com entrada gratuita.
Vera Sebben, coordenadora do Happy Hour Singullar, inspirou-se em ícones do samba para criar a decoração. Em um varal pendurado no ambiente, um pouco da história do malandro e de compositores consagrados que construíram a trajetória da música brasileira. Segundo ela, “é impossível falar de samba sem falar do malandro, personagem forte da nossa cultura popular”. Em exposição, uma escultura produzida na Escola de Artes do Rio de Janeiro e um desenho feito pela Raya Ilustrações destacam a figura do malandro.
O malandro era figura despojada no Rio de Janeiro dos anos 1930. Ganhou vida através dos sambistas da época, que exacerbavam seu estilo na construção de um personagem de terno branco de linho, chapéu de aba que não mostra muito o rosto, camisa de listras horizontais e sapato bicolor! “A expressão artística era ícone do malandro, dos desenhos e frases nos guardanapos de papel à – como não poderia deixar de ser – dança e à música do samba, ginga do corpo e da vida”, afirma Vera.
O samba, considerado o mais original gênero musical brasileiro, símbolo da nossa tradição cultural, patrimônio imaterial, reconhecido pela Unesco, em 2005, como Patrimônio da Humanidade, completou 100 anos em 2016. Mistura de ritmos e da história do país, dos rituais indígenas ao batuque trazido pelos escravos africanos, passando pelas imigrações e pela influência das religiões, funde música e dança. No Rio de Janeiro do século XIX, capital do Império, era manifestação de rua. Reunia pessoas em pequenos círculos (samba de roda) e era ponto de comunicação entre diversos grupos, que dançavam acompanhados de pequenas frases melódicas e refrões sem autoria. O 1º samba, Pelo Telefone, de Ernesto dos Santos, o “Donga”, foi gravado em 1916 e se propagou rapidamente pelo país, popularizando o gênero musical. A palavra “samba” passou a ser associada à diversão e festa. Quando se chamava para uma roda de samba, chamava-se para a rua.
Música ao vivo
O grupo Samba da Área (Leonardo Max Camargo, cavaquinho, Hélio Santos, violão, Paulo Castro, voz e percussão, Cassio Vandré, percussão e Sidnei Campos, voz) vai garantir música na calçada, acompanhado pelos passistas Paulo Roberto Szeckir e Caroline Cruz. No repertório, canções de grandes sambistas como Cartola, Nelson Cavaquinho, Candeias, Noel Rosa, Paulinho da Viola, Clara Nunes, Nelson Sargento e Monarco.