Bibiana Turchiello e Eduardo Knob realizam recital gratuito de violino e piano na BPE​

bibiana
Marcos Ronsini

Abrindo o repertório, a “Sonata nº 1, em Dó maior, Opus 12” foi composta por Beethoven (1770-1827) por volta de 1798 e dedicada ao compositor italiano Antonio Salieri. Nela o violino é totalmente integrado ao argumento musical, juntamente com o piano. Por ter sido criada num período de transição, entre o Classicismo do século XVIII e o Romantismo do XIX, ainda carrega grande influência de compositores, como Mozart. Serão executadas “Alegro con Brio”, “Tema con Variazioni: Andante con moto” e “Rondo: Alegro”.

Depois tem vez “Chaconne in G Menor” de Tomaso Antonio Vitali (1663-1745). ‘Chaconne’ é um gênero musical cuja forma é baseada na variação de uma pequena repetição imediata, em diferentes níveis de altura de uma determinada harmonia. Há dúvidas quanto à autoria, já que o compositor italiano pertence ao estilo barroco (1600-1750) e algumas modulações que ocorrem durante a peça não são características desse período. Arranjos que existem para violino e orquestra foram feitos por Ottorino Respighi e para violino e piano por Ferdinand David e Léopold Charlie.

César Guerra-Peixe (1914-1993) vem na sequência, com “Três Peças para Violino e Piano”, “Allegretto Moderato (Cantoria de Galope)”, “Andantino (Reza de Defunto)” e “Allegretto (Toque Je-Je)”. O compositor brasileiro de música erudita, arranjador e estudioso da música brasileira explorou nosso folclore como poucos, dando a sua obra uma nova dimensão , a partir do estudo de ritmos nordestinos, como o maracatu, coco, xangô e frevo. Compôs esta específica, em 195, originalmente para viola e piano, que ganhou versão para violino e violoncelo. “Cantoria de Galope”também teve versão para duas flautas e cordas, feitas para a Orquestra Armorial No “Reza de Defunto” não há comprovação do compositor ou elementos populares, em especial no início. No “Toque Je-Je” sim, não só a presença de um ritmo dos ‘xangôs’ pernambucanos, como um ‘toque cego’ e um ‘recitativo’, baseado em um canto que faz o sacerdote em determinados momentos das cerimônias.

O encerramento fica a cargo de “Scherzo in C Menor from FAE Sonata”, de Johannes Brahms (1833-1897). Em quatro movimentos para violino e piano, é uma obra colaborativa de três compositores: Robert Schumann, o jovem Johannes Brahms e aluno de Schumann Albert Dietrich. Foi composta em Düsseldorf, em 1853. A sonata foi ideia de Schumann como um dom e homenagem ao violinista Joseph Joachim, a quem os três compositores tinham amizade, e que havia adotado a romântica frase em alemão “Frei aber einsam” (“livre, mas solitária”) como seu lema pessoal. O Scherzo, composto por Brahms, é o terceiro movimento dessa sonata.

Programa:
1) Beethoven (1770 – 1827) – “Sonata Noº 1 in D maior, Op 12”:
– Allegro con brio
– Tema con VARIAZIONI: Andante con moto
– Rondo: Allegro
2) Vitali (1663-1745) – “Chaconne in G Menor”
3) Guerra-Peixe (1914-1993) – “Três Peças para Violino e Piano”:
– Allegretto moderato (Cantoria de Galope)
– Andantino (Reza de Defunto)
– Allegretto (Toque Je-Je)
4) Brahms (1833 – 1897) – “Scherzo i n C Menor from F. A. E Sonata”

Serviço:
Dia: 26 de novembro de 2016 (sábado)
Hora: 19h
Local: Salão Mourisco da BPE (Riachuelo, 1190).
Informações: bibianatf@gmail.com
Entrada franca.