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Vestibular da UFRGS: conheça as obras e autores da lista de leituras para 2019

abril 14, 2018 By Redação Deixe um comentário

Da Redação 

Na quarta-feira (11), a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) divulgou a lista de leituras obrigatórias para o Vestibular de 2019. Além de obras que foram mantidas, como ‘Morangos Mofados’, ‘A Hora da Estrela’ e ‘O Continente’, outras quatro foram incluídas na lista: ‘Hamlet’, poemas de Florbela Espanca, ‘Papéis Avulsos’ e ‘Úrsula’, além do álbum ‘Elis & Tom’. Uma das novidades, ‘Hamlet’ marca uma mudança na concepção da prova da universidade, que passa de prova de Literatura de Língua Portuguesa para Literatura em Língua Portuguesa, permitindo a inclusão de textos e autores importantes que não sejam exclusivamente brasileiros.

Conheça os autores e as obras exigidas para o vestibular de 2019: 

Florbela Espanca

Foto: Autor Desconhecido/Commons Wikimedia

Novidade na prova da UFRGS, Florbela é uma das primeiras feministas de Portugal. A poetisa portuguesa escreveu sonetos e contos que marcaram a literatura do país. Dentre suas obras, de caráter essencialmente confessional, destacam-se o ‘Livro de Mágoas’ (1919), ‘As Máscaras do Destino’ (1931) – livro dedicado ao irmão que morreu em um acidente de avião – e ‘Diário do Último Ano’ (1981). Florbela se suicidou em dezembro de 1930, aos 36 anos.

Para o vestibular de 2019 foram escolhidos os seguinte poemas:

1. Fanatismo; 2. Horas rubras; 3. Eu; 4. Vaidade; 5. Lágrimas ocultas; 6. A minha dor; 7. Suavidade; 8. Se tu viesses ver-me; 9. Ser poeta; 10. Fumo; 11. Frêmito do meu corpo; 12. Realidade; 13. Súplica; 14. Doce certeza; 15. Quem sabe?!…; 16. A Mulher I; 17. A Mulher II; 18. Amiga; 19. Ódio; 20. Amar!; 21. O maior bem; 22. Neurastenia.

Papéis Avulsos – Machado de Assis

Foto: Marc Ferrez/Wikimedia Commons

‘Papéis Avulsos’ é outra das quatro novas obras da lista para 2019. Composta por contos, esta obra é marcada por ironias e pessimismo. Com esse tom, Machado aborda as temáticas que envolvem as diferenças entre vida pública e íntima, ser ou parecer, utilizando diversos personagens e situações.

No inicio de sua carreira, o carioca Machado de Assis dedicava-se a uma literatura essencialmente romântica, que durou até a década de 1880. A partir de então, seus textos tornaram-se mais pessimistas, irônicos e com fortes reflexões acerca da sociedade brasileira. O autor faleceu no Rio de Janeiro, em setembro de 1908.

Úrsula – Maria Firmina dos Reis

Foto: Tony Romerson Alves/Wikimedia Commons

O livro publicado em 1859 integra pela primeira vez a lista de leituras. Romance de estreia da autora brasileira Maria Firmina dos Reis, ‘Úrsula’ consagrou-se como uma crítica pioneira à escravidão no país, além de ser uma das primeiras obras a contar o assunto por meio do ponto de vista dos próprios escravos. Por isso, a obra de Maria Firmina tornou-se o primeiro romance da literatura afro-brasileira. O livro tem como enredo a história de amor entre dois jovens.  

Natural do Maranhão, Maria Firmina é considerada a primeira romancista brasileira. Além de ‘Úrsula’, destacam-se entre suas obras o livro ‘Gupeva’ (1862), o conto ‘A Escrava’ (1887) e o ‘Hino da libertação dos escravos’ (1888).

Hamlet – William Shakespeare

Foto: Desconhecido/Wikimedia Commons

‘Hamlet’ é uma das novas obras presentes na lista que marcam a mudança da concepção da prova. A obra é aclamada como uma das mais importante de William Shakespeare, dramaturgo inglês. Com uma linguagem poética mesclada com prosa, o livro conta a história do Príncipe Hamlet, abordando temas como traição, incesto, valores e insanidade. Para além da literatura, o texto tornou-se referência em áreas como História e Direito.

Nascido na Inglaterra, William Shakespeare é considerado o maior escritor da literatura inglesa e o mais importante influenciador da dramaturgia mundial. Em suas obras são frequentes as temáticas envolvendo amor e relacionamentos, fossem eles entre casais ou sociedade. Destacam-se, ao lado de ‘Hamlet’, as também tragédias ‘Romeu e Julieta’ (1595) e Otelo (1603).

A Máquina de Fazer Espanhóis – Valter Hugo Mãe

Foto: Fronteiras do Pensamento/Wikimedia Commons

A obra lançada em 2010 tem tem como narrativa a vida de um barbeiro após a morte de sua esposa. Nesse contexto, Valter Hugo Mãe aborda questões subjetivas como velhice, amor e literatura, além de tratar também do período da ditadura militar em Portugal, país no qual o autor vive desde criança.  

Nascido na Angola, Valter Hugo Mãe é escritor, artista plástico e ainda apresentador de televisão. 

Quarto de despejo: diário de uma favelada – Carolina Maria de Jesus

O livro de 1960 é uma reprodução do diário da brasileira Carolina Maria de Jesus. O texto é o relato da vida de Carolina, moradora da comunidade Canindé, em São Paulo, que conta sua vivência como catadora na cidade. Na obra documental, a autora aborda suas vivências e sentimentos enquanto mulher negra e pobre, tratando de temas sensíveis à realidade de sua vida na favela, como dor, fome e angústias. Além do caráter pessoal, o livro ainda mostra a sociedade do início da modernização, da segregação e, consequentemente, da criação de favelas em São Paulo. A obra é visto como um dos marcos da escrita feminina no país. Carolina faleceu em fevereiro de 1977.

Elis & Tom

Foto: Wikimedia Commons

Discos foram inseridos pela primeira vez na Lista de Leituras Obrigatórias para o vestibular da UFRGS em 2015. ‘Tropicalia ou panis et circensi’s’, dos artistas Cateano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Nara Leão, Os Mutantes e Tom Zé foi a obra inaugural. Para o vestibular de 2019, a universidade exige, pela segunda vez consecutiva, o álbum brasileiro ‘Elis & Tom’, lançado em 1974 por Elis Regina e Antonio Carlos Jobim. As famosas canções ‘Águas de Março’, ‘Corcovado’ e ‘Inútil Paisagem’ são algumas das que integram o disco.

Diário da Queda – Michel Laub

Foto: Agência Brasil

Das obras que integram a lista da universidade, ‘Diário da Queda’ é a publicada mais recentemente, tendo sido lançada em 2011. O livro de Michel Laub conta a história de três gerações – filho, pai e avô – que possuem uma narrativa similar, marcada por lembranças que enredam-se umas nas outras. Na obra são apresentadas as histórias de vida dos três personagens, sendo que o avô é um sobrevivente do campo de concentração Auschwitz, que escreveu em um diário durante anos.

Nascido em Porto Alegre, Michel Laub é escritor e formado em Direito. Entre suas principais obras estão ainda ‘Longe da Água’ (2004), ‘O Segundo Tempo’ (2006) e ‘O Tribunal da quinta-feira’ (2016).

O Continente – Erico Veríssimo

Presente mais uma vez na lista da UFRGS, ‘O Continente’ é o primeiro volume da trilogia ‘O Tempo e o Vento’, do escritor gaúcho Erico Verissimo. Na saga, o autor aborda 200 anos da história de formação do Rio Grande do Sul e do país. ‘O Continente’ dá início à história narrada pela personagem Bibiana Terra e por meio de sete episódios, o leitor vai sendo apresentado aos acontecimentos que formaram a família Terra-Cambará, protagonista da trilogia.

Nascido em Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, Erico Verissimo consagrou-se como um dos mais importantes e conhecidos escritores brasileiros, tendo suas obras traduzidas em vários idiomas. Além da saga, destacam-se também os romances ‘Clarissa’ (1933), ‘Olhai os Lírios do Campo’ (1938) e ‘Incidente em Antares’ (1971).   

Gota d’Água – Chico Buarque e Paulo Pontes

O livro ‘Gota d’Água’ é novamente exigência da UFRGS para o vestibular. Inicialmente uma peça teatral, escrita em 1975 pelos brasileiros Chico Buarque e Paulo Pontes, a obra aborda a tragédia urbana vivida nas favelas do Rio de Janeiro. Tendo como enredo central o drama do casal Joana e Jasão, o texto ainda mostra as dificuldades que os moradores de um conjunto habitacional precisam enfrentar.

Morangos Mofados – Caio Fernando Abreu 

‘Morangos Mofados’ (1982) é outra das obras que continuam integrando a lista de leituras obrigatórias da Universidade. Publicado em um período marcado pelo fim da Ditadura Militar brasileira, o livro é composto por contos que abordam as temáticas solidão, dor e marginalização – temas esses muito presentes na literatura do escritor. A obra é dividida em três partes: “O Mofo”, “Morangos” e “Morangos Mofados”. Nos contos estão presentes os efeitos da ditadura, a esperança, a sexualidade, a homossexualidade, as drogas, a AIDS, os relacionamentos fracassados, os medos e os desejos mais profundos do ser humano.

Natural do Rio Grande do Sul, Caio Fernando Abreu é considerado um dos grandes nomes da sua geração. As obras do escritor gaúcho são marcadas pela visão dramática da modernidade, refletindo os sentimentos, pensamentos e vivências do autor. Dentre os livros publicados, destacam-se ainda, além de Morangos Mofados, as obras ‘Onde Andará Dulce Veiga’ (1980), ‘O Ovo Apunhalado’ (1975) e ‘Limite Branco’ (1970). Caio faleceu em fevereiro de 1996, após contrair o vírus da Aids.

A Hora da Estrela – Clarice Lispector

O obra de Clarice Lispector também está mais uma vez presente nas leituras da UFRGS. A ‘Hora da Estrela’ é o último romance da autora. Na obra, Clarice aborda os sonhos e conflitos pessoais de uma jovem nordestina, que tem sua vida contada por meio de um narrador fictício.

A escritora e jornalista Clarice Lispector nasceu em 1920 na Ucrânia, porém foi naturalizada brasileira, tornando-se uma das autoras brasileiras mais importantes do século. Nas suas obras são comuns as cenas cotidianas de personagens comuns e as tramas psicológicas que permeiam essas vivências. Clarice faleceu em dezembro de 1977.

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