Sarau Voador faz edição na 11ª FestiPoa Literária com homenagem às mulheres escritoras

O Sarau Voador – Literatura e Improvisos Transcriados realiza no dia 25 de abril, às 20h, no Agulha, sua terceira edição no aquece para 11ª FestiPoa Literária, reunindo um time para celebrar Conceição Evaristo, a homenageada da FestiPoa, e escritoras brasileiras.

Os ingressos terão um preço especial de R$ 10,00 mais um livro de literatura em boas condições, que será doado à ONG Cirandar.

Com o tema “Mulherio na Festipoa Literária”, Deborah Finocchiaro e Roger Lerina recebem os escritores Nati Gaspa e Jeferson Tenório (escritor anfitrião da FestiPoa neste ano), a artista e performer Andressa Cantergiani, a também atriz e cantora Denizeli Cardoso (DNZL) e a cineasta e curadora do Cine Iberê, Marta Biavaschi. Além da leitura de trechos de obras, os convidados irão cantar e interpretar textos femininos sutis e, ao mesmo tempo, fortes e de luta por reconhecimento, espaço e igualdade.

“O Sarau Voador foi pensado para dar liberdade criativa a diversas obras literárias, trazendo a música, o teatro, a dança e outros segmentos da cultura para este grande encontro. É um momento de transcriar, de mostrar as diversas formas de leitura sobre um determinado texto. A oportunidade de reunir os apaixonados pela literatura e atrair novos públicos à arte da leitura, fazendo com que todos participem e interajam. O Sarau tem o propósito de alimentar a alma e expandir a consciência sobre as várias possibilidades de criação e reinventar-se.”, explica Deborah.

Sobre a homenageada:

Foto: Divulgação

Conceição Evaristo nasceu em 29 de dezembro de 1946 numa favela da zona sul de Belo Horizonte (MG). Filha de lavadeira que, assim como Carolina Maria de Jesus, matinha um diário onde anotava as dificuldades de um cotidiano sofrido, Conceição cresceu rodeada por palavras. Teve que conciliar os estudos com o trabalho como empregada doméstica até concluir o Magistério, em 1971, aos 25 anos. Somente aos 44 fez a sua primeira publicação.

Mudou-se para o Rio de Janeiro, onde cursou letras, e tornou-se Doutora em Literatura Comparada pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ). Com o grupo Quilombhoje publicou, nos anos 90, sua coletânea de poemas.

A poeta traz em suas obras profundas reflexões acerca das questões de raça e de gênero, com o objetivo claro de revelar a desigualdade velada em nossa sociedade, de recuperar uma memória sofrida da população afro-brasileira em toda sua riqueza e sua potencialidade de ação. É uma mulher que busca abrir espaços para outras mulheres negras se apresentarem no mundo da literatura.