Nesta terça (7), Alcy Cheuiche lança a edição comemorativa aos 50 anos do livro ‘O Gato e a revolução’
Lançado na 13ª Feira do Livro de Porto Alegre, em 1967, o romance O Gato e a Revolução teve sua primeira edição recolhida pela ditadura militar, e o seu autor, Alcy Cheuiche, foi processado.
Passados 50 anos, o livro será relançado em 3ª edição, pela AGE Editora, no dia 07 de novembro durante a programação da 63ª feira do Livro de Porto Alegre. O painel sobre a publicação reúne o autor, Luís Augusto Fischer, Olívio Dutra e Paulo Flávio Ledur na Sala Leste do Santander Cultural, às 17h. Alcy Cheuiche autografa às 18h30 na Praça Central.
No texto de apresentação, Luís Augusto Fischer ressalta o simbolismo do livro que, 50 anos atrás, trazia uma sátira, em forma de farsa, contra o regime de exceção instalado no Brasil. “Um livro que agora, meio século depois, respira o ar de outro golpe, agora midiático-parlamentar (talvez seja o caso de inverter a ordem dos adjetivos), que pôs no poder… Como um baixo-contínuo irritante, uma camada de significado de O Gato e a Revolução avisa ao leitor que a farsa de 1967 não é tão diferente desta de 2017. É uma continuação que nos faz pensar, que nos faz quem sabe perder a esperança, nos faz talvez renovar a indignação – seja qual for nossa reação, é certo o valor desta reedição, tão significativa para o Cheuiche, para a literatura gaúcha e brasileira, para nós todos.”, comenta.
Data: 7 de novembro de 2017 – Terça-feira
O Gato e a Revolução – 3.a edição revista, de Alcy Cheuiche
COMEMORAÇÃO AOS 50 ANOS DA 1.a EDIÇÃO DO LIVRO O GATO E A REVOLUÇÃO
Participantes: Alcy Cheuiche, Luís Augusto Fischer, Olívio Dutra e Paulo Flávio Ledur.
17h – Sala Leste do Santander Cultural.
18h30 – Autógrafos na Praça Central
Como conferencista, Alcy Cheuiche já empolgou plateias nas mais diferentes regiões brasileiras e em países dos quais domina a língua-mãe, como Uruguai, Argentina, Paraguai, Peru, Cuba, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Espanha, França, Bélgica e Alemanha. Como escritor, dedica-se principalmente ao romance histórico, tendo retratado personagens e fatos da maior relevância na História do Brasil, como Santos Dumont, João Cândido, o Almirante Negro, Sepé Tiaraju, Bento Gonçalves, Garibaldi e Anita, Getúlio Vargas, Otávio Correa, o herói civil dos Dezoito do Forte de Copacabana, e muitos outros. Conquistou importantes prêmios literários e culturais em sua vida, como Ilha de Laytano, Açorianos, Medalha do Mérito Santos Dumont, Medalha Simões Lopes Neto, Troféu Guri, mas o que mais o empolgou foi ter sido Patrono da Feira do Livro de Porto Alegre, uma das maiores em espaço aberto do mundo, palco onde estreou como escritor e para onde volta, a cada ano, só ou acompanhado por dezenas de alunos escritores.