Maria Carpi é a patrona da 64ª Feira do Livro de Porto Alegre

Foto: Diego Lopes/Divulgação

A poeta Maria Carpi é a patrona da 64ª Feira do Livro de Porto Alegre. O anúncio foi feito na noite da última quinta-feira (18), no Centro Cultural da UFRGS, com a presença de representantes de entidades públicas e privadas da área cultural, de escritores, de associados da Câmara Rio-Grandense do Livro e da imprensa.

Após o anúncio, realizado pela antecessora, Valesca de Assis, a patrona foi ovacionada pelo público e recebeu flores. “Eu agradeço muito essa honra que a Câmara Rio-Grandense do Livro, as entidades de cultura e meus leitores me proporcionaram. Eu publiquei com 50 anos de idade meu primeiro livro, então sempre digo que a poesia esperou por mim. Pois a Feira do Livro também esperou por mim”, celebrou a patrona, que costuma dizer que é poeta desde o ventre de sua mãe. A escritora também contou que perguntou aos filhos sobre ser patronável. “O meu filho caçula me disse ‘se tu não ganhar, por favor não vota para casa”, brincou, pedindo aos patronáveis que caminhem junto com ela pela praça.

Neste ano, além de Maria Carpi, os escritores Caio Riter, Celso Gutfreind, Claudia Tajes, Leticia Wierzchowski integraram o grupo de patronáveis.

Sobre Maria Carpi

Nascida em Guaporé, Rio Grande do Sul, em 1939, Maria Carpi estreou na literatura em 1990, aos 51 anos. Uma das escritoras mais respeitadas da poesia contemporânea brasileira, recebeu o reconhecimento da crítica através de diversos prêmios e distinções. Entre eles, figuram a Menção Honrosa no Casa de las Américas em 1999, em Cuba; o Revelação da Associação Paulista dos Críticos de Arte em 1990, o Erico Veríssimo em 1991, por Desiderium Desideravi; vencedora quatro vezes do Prêmio Açorianos de Literatura, categoria Poesia. Além desses, foi três vezes premiada pela Associação Gaúcha dos Escritores, Livro do Ano, categoria Poesia, em 2004, 2006 e 2007. Essa última obra obteve no ano anterior, 2006, a premiação Livro do Ano – categoria Poesia – pela Rede Pampa, Nacional e Sul. Publicou obras como Os cantares da semente (1996), A migalha e a fome (2000) e O cego e a natureza morta (2016).

Sobre a Feira do Livro de Porto Alegre

Criada por iniciativa dos livreiros e editores gaúchos com apoio do jornalista Say Marques, diretorsecretário
do Diário de Notícias, a Feira do Livro de Porto Alegre foi inaugurada em 1955. O evento é
considerado referência no país por seu caráter democrático e pela consistência do trabalho que desenvolve
na área da formação de leitores e de mediadores da leitura, além de programação cultural 100% gratuita.
Realizada desde sua primeira edição na Praça da Alfândega, Centro Histórico da capital gaúcha, a Feira é
dividida em Área Geral, Área Internacional e Área Infantil e Juvenil. Centenas de escritores, ilustradores,
contadores de histórias e outros profissionais participam do evento, que conta com sessões de autógrafos,
mesas-redondas, oficinas, palestras e programações artísticas, entre outras atividades. Alguns desses
eventos são realizados no Memorial do Rio Grande do Sul, Santander Cultural, Centro Cultural CEEE Erico
Verissimo, Auditório da Livraria Paulinas, Auditório do Museu de Artes do Rio Grande do Sul e Auditório da
Inspetoria da Receita Federal.

Em 2006, a Feira do Livro de Porto Alegre recebeu a medalha da Ordem do Mérito Cultural, concedida pela
Presidência da República, que a reconheceu como um dos mais importantes eventos culturais do Brasil. Um
ano antes, havia sido declarada bem do Patrimônio Cultural Imaterial do Estado e, em 2010, foi o primeiro
bem registrado, pela Prefeitura de Porto Alegre, como integrante do Patrimônio Histórico e Cultural
Imaterial da cidade.

Sobre a Câmara Rio-Grandense do Livro

A Câmara Rio-Grandense do Livro é uma sociedade civil sem fins lucrativos, que tem por objetivo unir entidades e empresas que trabalham pelo livro, promovendo sua defesa e seu fomento, a difusão do gosto pela leitura, a formação de leitores e o fortalecimento do setor livreiro. A entidade conta com mais de 140 de associados, entre editores, livreiros, distribuidores e outras instituições que se dedicam à produção, à comercialização e à difusão do livro, todas com sede ou filial no Rio Grande do Sul.