Nos últimos anos, o jornalista gaúcho Moisés Mendes se destacou por defender, em suas crônicas e reportagens especiais publicadas no jornal Zero Hora, ideias de conteúdo humanista, num cenário crescente de radicalização das opiniões. O que o transformou numa espécie de porta-voz de uma corrente crítica em relação ao papel da mídia no enfrentamento das crises institucionais brasileiras.
Em “Todos Querem Ser Mujica – Crônicas da Crise”, Moisés estreia em livro e apresenta 60 textos nos quais discorre sobre a barbárie moderna do Brasil: um país cujas oportunidades de modernização se encontram frequentemente em risco devido ao pensamento conservador de suas elites.
As crônicas impulsionam também o lançamento de uma nova editora no mercado gaúcho de livros: a Diadorim. Comandada pelos jornalistas Denise Nunes e Flávio Ilha, o empreendimento terá foco em literatura de ficção e de não-ficção.
Os textos reunidos em “Todos Querem ser Mujica” foram publicados entre 2014 e 2016 no jornal Zero Hora e abarcam os momentos decisivos da mais recente crise política do país – sem deixar de se posicionar claramente sobre suas razões e, principalmente, consequências.
“O jornalista sempre deve ter a pretensão de abordar questões que pareçam ser apenas cotidianas, mas que tenham, também, as feições de um artigo sobre política”, define o autor.
Moisés também passeia, em suas crônicas, por outros temas igualmente relevantes e que resultam em textos surpreendentes, como a literatura de Mário Vargas Llosa e de Eduardo Galeano, a América Latina de Pepe Mujica e de Cristina Kirchner e “polêmicas” bem gaúchas, como os gays e o tradicionalismo e a vida nem tão pacata do interior do Rio Grande.
“Todos Querem Ser Mujica” tem apresentação de Luís Fernando Verissimo e pode ser adquirido em pré-venda no sítio da Kickante (http://www.kickante.com.br/campanhas/todos-querem-ser-mujica). O lançamento comercial está previsto para outubro.
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