BPE sedia sarau poético-musical nas celebrações dos 95 anos de inauguração de seu prédio
“As Gerações dos Mortais Assemelham-se às Folhas das Árvores” é o sarau com o pianista Dario Rodrigues e o compositor Heitor Oliveira, composto por textos de Homero, Dante, Camões e Shakespeare, que será realizado na Biblioteca Pública do Estado (BPE), na abertura das comemorações dos 95 de inauguração de seu prédio, que terá intensa programação ao longo de setembro. Concebido especialmente para o Salão Mourisco, o evento dialoga com o espaço e inventa relações entre leituras de passagens literárias clássicas e a criação musical contemporânea. As apresentações ocorrerão nos dias 2 e 3 de setembro (sábado e domingo), às 19h, com entrada franca. As senhas, limitadas a 40 pessoas, serão distribuídas a partir das 18h.
Heitor Oliveira possui bacharelado em Música (Regência), licenciatura em Educação Artística pela Universidade de Brasília (2002-2006) e mestrado em Música – Texas State University (2004), título reconhecido no Brasil pela Universidade Federal de Goiás (2008). Atualmente é Professor Assistente da Universidade Federal do Tocantins, vinculado à área de Artes e Filosofia, campus de Palmas e doutorando em Composição pelo Programa de Pós-Graduação em Música da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, sob orientação do Prof. Dr. Celso Loureiro Chaves. Mantém atividade constante como compositor de música para a sala de concerto, espetáculos cênicos e audiovisual. Teve peças estreadas na XVIII Bienal de Música Contemporânea (2009) e no Encontro Nacional de Composição Musical de Londrina (2014). Em 2012, gravou o CD “Espaços Preenchidos de Vazio”, contemplado no edital de patrocínio do Banco da Amazônia S.A.
Dario Rodrigues Silva, natural de Caçapava, interior de São Paulo, começou a estudar piano aos 13 anos de idade na Escola Municipal de Artes “Maestro Fego Camargo” em Taubaté-SP (1999–2006), sob a orientação do professor Fábio Augusto Ferreira. É Bacharel em Piano pela Universidade de São Paulo (2008–2013), campus Ribeirão Preto, sob a orientação do Prof. Dr. Fernando Crespo Corvisier, e Mestre em Música pelo Programa de Pós-Graduação em Música da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (bolsista CNPq, 2013–2015), sob a orientação da Profª Drª Catarina Domenici. Atualmente é aluno do curso de doutorado do PPGMus da UFRGS, sob orientação artística de Catarina Domenici, (bolsista CAPES). Realizou recitais solo em cidades do interior de São Paulo, Minas Gerais, Porto Alegre e João Pessoa/PB. Participou de masterclasses de piano e música de câmara com os músicos Fábio Luz, Cláudio Soares (Japão-Brasil), Eduardo Monteiro, Gilberto Tinetti, Luciana Sayuri, Jerzy Tosik-Warszawiak (Polônia), Ana Cervantes (México), Ricardo Kubala, Maria Vischnia (Uruguai – Brasil), Marie Triplet (França), Julian Tryczynski (Polônia-Brasil), Cláudio Cruz, Midori Maeshiro (Japão-Brasil) e Fernando Calixto (Rússia-Brasil). Possui apresentações artísticas e artigos publicados no Seminário Nacional de Pesquisa em Música (SEMPEM 2009 e 2010), Congressos da ANPPOM (2011 e 2012), I Seminário de Práticas Interpretativas da UFRJ-UFBA (2014) e Concerto Prismas – Música e Colaboração – Germina.Cciones (2014). Em 2013 participou da estreia da peça “Doppelgänger” do compositor Lauro Pecktor (1985) e em 2014, de “Espaços Submersos Entre Prédios”, do mesmo compositor, criação colaborativa apresentada no Concerto Prismas como parte do projeto “Germina.Cciones… Primaveras Latinoamericanas” – Criações Colaborativas, criado e dirigido pelo compositor Luca Belcastro (Itália). Em 2015, defendeu a tese de mestrado “A Obra Pianística de Marisa Rezende: Processos de Construção de Performance Através da Interação entre Intérprete e Compositora”, cujas obras também foram apresentadas em recitais. Atualmente desenvolve pesquisa e trabalhos colaborativos com os compositores Heitor Oliveira e Darwin Pilar Corrêa.
Prédio histórico da BPE
Em 1912 foi iniciada a construção da primeira etapa do prédio da BPE e em 1915, já autônoma, transferiu-se para a sede atual na rua Riachuelo, esquina General Câmara. Construído por sugestão de Vitor Silva, o prédio foi projetado por engenheiros das Obras Públicas do Estado. Tanto na sua fachada como em seu interior, apresenta influência da doutrina positivista, utilizando vários estilos em sua representação. A fachada apresenta o estilo neoclássico, contornada com bustos do calendário positivista. A porta principal é em madeira esculpida e emoldurada em gesso dourado com soleira em mármore. Em estilo Império, a Sala de Leitura preserva a pintura original das paredes, hoje recoberta com tinta PVA cinza. Nas outras salas e salões diversificam-se os estilos, entre eles o rococó, egípcio, gótico e florentino. O prédio foi inaugurado como parte das comemorações do centenário da Independência a 07 de setembro de 1922. Em 1986 foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (IPHAE) e em 2000, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). O casarão foi submetido a restauração das fachadas, hidráulica e elétrica no processo que durou sete anos, quando a instituição funcionou na Casa de Cultura Mario Quintana, retornando na entrega da obra, no final de 2015.
Serviço:
Datas: 2 e 3 de setembro de 2017 (sábado e domingo)
Hora: 19h
Local: Salão Mourisco – Biblioteca Pública do Estado (Riachuelo, 1190 esquina com General Câmara)
Entrada franca
Distribuição de senhas a partir das 18h, para 40 pessoas.