16ª Jornada Nacional de Literatura de Passo Fundo: ‘Leituras boêmias’ aproxima a literatura de diferentes espaços
Encontros com os escritores nos bares de Passo Fundo acontece entre os dias 3 e 6 de outubro durante a programação da 16ª Jornada Nacional de Literatura
Muitas obras da literatura nasceram em uma mesa de bar. Bares e restaurantes também abrigam assíduos leitores. Pensando nesta lógica e também no anseio de transformar Passo Fundo em uma cidade “jornalizada”, ocupando diferentes espaços com cultura e literatura, a Jornada Nacional de Literatura promoverá a ação “Livros na mesa: leituras boêmias”. As atividades acontecem durante a programação da 16ª edição da movimentação literária, entre os dias 3 e 6 de outubro, sempre das 22h30min às 23h30min, em diferentes bares da cidade.
O projeto Livros na mesa: leituras boêmias propõe a realização de debates e discussões informais, abertos à comunidade, em bares da cidade e espaços culturais. Depois da discussão, a programação segue com shows de músicos da cidade, sessões de autógrafos, momentos para fotografias, entre outras atividades. As ações acontecerão em três locais: no Maktub, no Botecco, no Quina e na Casa de Cultura Vaca Profana.
O professor Miguel Rettenmaier, coordenador das Jornada Literárias, enfatiza a importância de utilizar os espaços da noite para disseminar a literatura e formar leitores. “Sabendo que é característica do texto literário certa dicção ‘noturna’, um tipo de construção que se alicerça em metáforas, ironias, alogicidades, uma opacidade de linguagem que implica a necessidade de ‘iluminação’ do leitor, pensamos que poderíamos utilizar os espaços da noite de Passo Fundo”, comentou.
Para o coordenador, a relação entre a literatura e seus diferentes públicos se estabelece no momento em que a Jornada assume esse tipo de atividade para um público específico. Segundo ele, um dos elementos que tornam mais profunda a leitura é o compartilhamento de interpretações e isso se dá muito em bares. “A literatura é uma companheira: assim como os amantes se encontram à noite, os insones se encontram com os livros. É o momento de sonhar acordado”, completou.
Já para a também coordenadora da movimentação literária, Fabiane Verardi Burlamaque, a formação do leitor não se encerra na escola e durante a vida toda somos desafiados por novas textualidades. Por isso, Livros na mesa: leituras boêmias é, assim, também uma atividade formadora de leitores. “Isso se dá aproximando os autores dos leitores e a recepção ao que há de mais atual na literatura brasileira. Isso, é claro, sem esquecer um elemento fundamental, o prazer, seja de ler, seja de conversar, em um envolvimento alegre e afetivo entre sujeitos leitores e escritores”, afirmou a coordenadora.
As datas e locais do Livros na mesa: leituras boêmias poderão ser conferidos no site www.upf.br/16jornada.