“PlastiCIDADE” faz um alerta para a degradação da Praça Dom Feliciano, em Porto Alegre

Foto: Gabriel Dienstmann
Foto: Gabriel Dienstmann

Quando: 14/10, sexta-feira, das 9h às 12h.
Onde: Praça Dom Feliciano, em frente à Santa Casa – Centro de Porto Alegre.
Quanto: gratuito

Um espaço a céu aberto no coração da metrópole, repleto de história, símbolos, personagens e que, ao mesmo tempo, sofre com a degradação. A Praça Dom Feliciano, no centro de Porto Alegre, será o cenário da intervenção urbana PlastiCIDADE, no dia 14 de outubro, sexta-feira, das 9h às 12h.

A ação é resultado da oficina Performance e Sustentabilidade em Intervenções Urbanas, que integra o projeto Ecopoética – ILHA. O projeto busca na prática artística uma ferramenta para o tratamento de questões ambientais e para o cultivo das relações entre as pessoas e a cidade. Por isso, a escolha de uma das mais antigas praças da cidade, utilizada mais como local de passagem do que de convívio. A intervenção tem como objetivo ressignificar monumentos depredados, chamando atenção para seu estado de degradação e para o excesso de lixo produzido pela cultura do consumo e descarte.

A performance é uma criação de Marina Mendo e Rossendo Rodrigues, idealizadores do projeto, em parceria com os artistas e participantes da oficina – Daniel Gustavo, Fabio Pinto, Rita Rosa, Genifer Gerhardt, Isabel Tombini, Juliana Strehlau, Juliano Rossi, Kayan Gross, Liana Keller, Louise Pierosan, Luciane Panisson, Inês Hübner e Tiago Rigo. O projeto conta ainda com a assessoria de figurinos da artista plástica Margarida Rache e consultoria do cenógrafo Rodrigo Shalako. A produção é de Liége Biasotto – CUCO Produções – e André Varela. A realização é da Pulperia Cultural e o financiamento do Fumproarte – Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre.

Após essa etapa, a equipe segue com a produção de um novo espetáculo – Ilha, com estreia prevista para 2017.

> O PROJETO – ECOPOÉTICA:

Criado pelos artistas Rossendo Rodrigues e Marina Mendo, o projeto Ecopoética teve início em 2013, tendo recebido na ocasião o Prêmio de Pesquisa Décio Freitas (Fumproarte – Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre).

O projeto dedica-se à busca por poéticas de sustentabilidade no ambiente urbano, articulando conexões entre ecologia, sustentabilidade e Artes Cênicas. A primeira performance foi Dilúvio MA. Durante sete horas, o casal de performers ficou pendurado em uma rede de lixo sob uma ponte do arroio Dilúvio, na capital gaúcha. Outras duas intervenções urbanas também foram realizadas sobre águas poluídas da cidade: Ritual de Sobrevivência Urbana na ponte de pedra do Largo dos Açorianos e no encontro das águas entre o arroio Dilúvio e o Guaíba; e Travessia, no Parque Farroupilha.

Em 2016, o projeto recebeu o Prêmio Boas Ideias de Sustentabilidade e também foi contemplado com o financiamento do Fumproarte para a continuidade da pesquisa.