Freud e os Escritores 2016

Foto de Vilmar Carvalho
Foto de Vilmar Carvalho

ENTRADA FRANCA

Dia: 7 de dezembro (quarta-feira)

Hora: 21h

Local: Theatro São Pedro

Coordenação: Lenira Fleck

Realização: Instituto APPOA e Coletivo Território das Artes

A última sessão de Freud e os Escritores de 2016 apresenta a montagem feita em São Paulo no início do ano. Em cena. estão as ressonâncias atemporais entre Sigmund Freud e Anna, sua filha caçula. A atriz Janaina Pelizzon, a psicanalista Lenira Fleck e a artista visual Liana Timm interpretam os personagens que fizeram parte da história ao lado da família Freud, com direção de Graça Nunes e Carlota Albuquerque. Além dos familiares, também estarão presentes em cena, Ernest Jones, Dorothy Burlingham e Marilyn Monroe, esta última realizou entrevistas com Anna Freud, em Londres.

Sigmund e Anna, pai e filha, tiveram vidas que se cruzaram muito além do laço familiar. Produziram obras tecidas nas transferências que circulam no processo de criação da psicanálise desde sua origem. Anna, a menina que ficou famosa na obra freudiana A Interpretação dos Sonhos, ao ter seus sonhos citados pelo pai, nasceu e cresceu com a psicanálise. Cumpriu a importante função de ter sido uma das responsáveis pela preservação do legado paterno, que esteve em vias de ser destruído durante o nazismo.

Anna Freud foi uma das pioneiras da psicanálise com crianças. A experiência com a pedagogia, com o acolhimento de crianças vítimas do pós-guerra e a interlocução com importantes personalidades do mundo psicanalítico revelaram um estilo de clínica sui generis. As produções de Anna Freud marcaram a diferença através de sua proposta transdisciplinar na análise infantil. Foi uma das primeiras a propor o estudo sobre Psicanálise e Educação, incluindo ainda uma abertura a outras áreas em prol da pesquisa da infância e adolescência.

A história da Psicanálise está marcada por sua presença, por suas contribuições e pela incansável dedicação ao pai. Anna foi a filha, a discípula e a sempre cúmplice até os derradeiros dias de sofrimento paterno em função do câncer. O texto é de Lenira Fleck e Liana Timm.