Festival de Teatro da Casa de Cultura Mario Quintana apresenta sexta-feira (8) espetáculos de teatro e oficina

O II Festival Estadual de Teatro do Rio Grande do Sul (FESTE) continua nesta sexta-feira (8), com quatro peças teatrais e a oficina “A Estética do Teatro do Oprimido”, com Bárbara Santos. A entrada é gratuita, e as senhas serão distribuídas uma hora antes na bilheteria dos teatros. Para participar da oficina, os interessados devem se inscrever pelo e-mail festeccmq@gmail.com. As vagas são limitadas.

Bueno Fotografias

A oficina “A Estética do Teatro do Oprimido” ocorre às 9h, na Sala Marcos Barreto. Segundo Bárbara Santos, ela está conectada com as pesquisas desenvolvidas e relatadas em seu livro “Teatro do Oprimido – Raízes e Asas: Uma teoria da Práxis”, editado pela Ibis Libris. A publicação combina teoria e prática para a análise do método do Teatro do Oprimido, uma criação do brasileiro Augusto Boal. Propõe uma discussão sobre os conceitos que fundamentam o método em articulação com os avanços e desafios de sua práxis. “A oficina será um experimento sobre a Estética que fundamenta o Teatro do Oprimido”, explica.

Às 14h, no Teatro Carlos Carvalho, será apresentado o espetáculo “A Princesa Barbada”, do Grupo Teatral In Love, de Três Coroas. Casamento de príncipes e de princesas sempre causaram confusões. Os jovens daquela época não tinham a felicidade da escolha. Embora as princesas sonhassem em encontrar o verdadeiro amor, era melhor não encontrá-lo, pois o destino estava nas mãos de seus pais. Porém, uma delas sonhou em mudar o seu destino.

Inspirado no conto de Marina Colasanti: “Entre a Espada e a Rosa”, a peça teatral faz uma viagem através dos contos clássicos infantis, questionando a identidade de gênero e preconceitos em torno deste tema. O espetáculo, que é de classificação livre, aborda uma aventura em busca de si mesmo.

Às 15h30 será a vez da peça “O gato Malhado e a Andorinha Sinhá”, que acontece no Teatro Bruno Kiefer. O temperamento do gato malhado não era dos melhores. Sua fama de encrenqueiro era tanta que, quando ele aparecia na fazenda, todos fugiam: o papagaio, dona Andorildes, a vaca. Até as flores fechavam-se à sua passagem. Todos gostavam de fazer fofocas e intrigas sobre o gato. Só a coruja era sua amiga. Porém, o que ele não sabia é que havia alguém que não tinha medo dele e admirava sua personalidade e seu jeito. A bela Andorinha Sinhá, que começa a ter ideias avançadas sobre a sociedade dos animais da fazenda.

Com grande lirismo, a história do amor de um gato mau por uma adorável andorinha assume aqui o tom fabular dos contos infanto-juvenis. Além de se transformar em um improvável caso de paixão, a narrativa mostra como duas criaturas bem diferentes podem não apenas conviver em paz como mudar a maneira de ver o mundo. Inspirado no texto de Jorge Amado, a direção e a adaptação são de Marlon Britto.

Noite

Às 19h30, no Teatro Carlos Carvalho, ocorre o espetáculo convidado “Greta Garbo, quem diria, acabou no Irajá”, do dramaturgo contemporâneo Fernando Melo. O espetáculo, em três atos, conta a história do envolvimento entre Pedro (Antonio Lima – Melhor Ator no 18º Rosário em Cena), um enfermeiro homossexual de meia idade, e Renato (Gabriel Dieter – Melhor Ator Coadjuvante no 18º Rosário em Cena), um jovem recém-chegado do interior do Rio de Janeiro.

Numa noite chuvosa, voltando de uma festa, Pedro encontra Renato, jovem sonhador, recém-chegado à cidade do Rio de Janeiro com o sonho de ser médico, e o leva para casa. Renato passa a ser sustentado por Pedro, num clima de chantagem e exploração. O combustível dessa ação é a ironia de Pedro que, diante da aparente inocência de Renato, vai se envolvendo, afetivamente, com o enfermeiro, seu amigo e protetor.

Às 21h, o Teatro Bruno Kiefer apresenta “O que os olhos não veem”. O espetáculo conta a história de um príncipe que vivia na opulência, cercado pelos muros de um palácio que o impediam de ver a miséria de sua cidade. Quando um dia é transformado em estátua, é colocado no ponto mais alto da cidade e se depara com a triste realidade. Impossibilitado de agir com as próprias pernas, vê numa menina de rua, ingênua e de bom coração, sua única esperança. O texto, a direção e o cenário são de José Renato Leão; a operação de luz é de Cida Machado; e os figurinos são de Veridiana Pinós.

O FESTE é realizado pela Casa de Cultura Mario Quintana, em parceria com o Instituto Estadual de Artes Cênicas (IEACen) e as Coordenações dos Festivais de Teatro do Interior. O evento segue até domingo (10), com o anúncio e a premiação dos melhores espetáculos do Estado.

SERVIÇOS

Oficina “A Estética do Teatro do Oprimido”, com Bárbara Santos
Data: 8 de dezembro | Sexta-feira
Hora: 9h
Local: Sala Marcos Barreto – 4º andar da CCMQ (Rua dos Andradas, 736)
Inscrições: festeccmq@gmail.com
Vagas limitadas

Espetáculo “A Princesa Barbada”
Data: 8 de dezembro | Sexta-feira
Hora: 14h
Local: Teatro Carlos Carvalho – 2º andar da CCMQ (Rua dos Andradas, 736)
Entrada gratuita

Espetáculo “O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá”
Data: 8 de dezembro | Sexta-feira
Hora: 15h30
Local: Teatro Bruno Kiefer – 6º andar da CCMQ (Rua dos Andradas, 736)
Entrada gratuita

Espetáculo “Greta Garbo, quem diria, Acabou no Irajá”
Data: 8 de dezembro | Sexta-feira
Hora: 19h30
Local: Teatro Carlos Carvalho – 2º andar da CCMQ (Rua dos Andradas, 736)
Entrada gratuita

Espetáculo “O Que os Olhos Não Veem”
Data: 8 de dezembro | Sexta-feira
Hora: 21h
Local: Teatro Bruno Kiefer – 6º andar da CCMQ (Rua dos Andradas, 736)
Entrada gratuita