Velcy Soutier comemora 50 anos de pintura com mostra na Galeria Duque
Espaço também apresenta novidades do seu acervo e a artista convidada Elisa Tesseler na quarta-feira (13/09)
O artista plástico Velcy Soutier inicia as comemorações de seus 50 anos de pintura com exposição na Galeria Duque. O vernissage acontece nesta quarta-feira (13/9), às 17h30, e a mostra fica em cartaz até 14 de outubro. A galeria apresenta também novidades no seu acervo, entre elas obras de mestres como Di Cavalcanti, Heitor dos Prazeres, Burle Marx e Iberê Camargo. No quarto andar do local, a artista convidada Elisa Tesseler exibe sua coleção de colares de parede.
Produzidas a partir de 2010, as telas de Soutier foram organizadas em quatros temas: musas, encontros, liberdade e horizontes. As musas representam a fase atual e a maior parte dessa produção é de 2017. A exposição tem caráter eclético e é representativa da carreira do artista de 66 anos de idade, mas sem conotação de retrospectiva. Os pássaros, tornados iconográficos ao longo da obra do pintor, contribuem para estabelecer uma ligação entre as telas, como protagonistas ou coadjuvantes nas narrativas. Batizada de Alma de Pássaro, a mostra tem curadoria de Susan Felix.
Soutier, que tem obras no exterior – principalmente na Suíça -, fez sua primeira individual em Passo Fundo em 1968. Os 50 anos de sua carreira são marcados pela atividade no atelier, obras em pintura, desenho, viagens, pesquisas, cursos realizados e ministrados, trabalhos acadêmico, palestras, curadorias. O artista pintou naturezas mortas, paisagens, figura humana, traduzida em seus nus, e figuras monumentais representadas em murais temáticos que decoram os interiores de diversas igrejas.
A curadora da Duque, Daisy Viola, intitulou a junção das três mostras de Cores e alegrias. “As pinturas de Soutier privilegiam a cor e a liberdade na forma, que passeia entre o abstrato e um jardim com flores e pássaros; o acervo da galeria é de artistas consagrados ao longo da segunda metade do século 20; e o trabalho de Elisa, Entrelaçados pelo tempo, valoriza sua condição de mulher contemporânea, colocando seus colares de fio e pedras como objetos na parede”.
Consagrados e convidados
A Galeria Duque firma-se em Porto Alegre como um espaço que apresenta obras de artistas consagrados ao longo da segunda metade do século 20, de seu acervo, ao lado de artistas convidados contemporâneos com propostas consolidadas. Nesta Cores e alegrias, serão mostradas, por exemplo, obras de mestres como Di Cavalcanti (Colombinas 1956, óleo s/tela, 40 x 34 cm), Burle Marx (Abstrato, óleo s/tela, 73 x 60cm), Heitor dos Prazeres (Um dia na roça,1963, óleo s/eucatex, 34,5 x 43,5 cm) e Iberê Camargo (Figuras, 1988, óleo s/tela, 35 x 25 cm), além de trabalhos de Armando Romanelli, Aldemir Martins, Eduardo Vieira da Cunha, Glênio Bianchetti e Nelson Jungbluth, entre outros.
A artista convidada Elisa Tesseler apresenta, em Entrelaçados pelo tempo, seus colares de parede. “Neste novo tempo que se inicia (ela está completando 60 anos de idade), minha expressão criadora quer ser rebelde, original, mas, também, reinventar trabalhos que foram importantes e retomar materiais artísticos, trazendo-os para o aqui agora; como a homenagear o decorrer do tempo. A proposta é, então, transportar um colar de seu lugar usual, para colocá-lo na parede, no limite, na divisória”, declara ela.