Uma narrativa jornalística sobre a intolerância, o ódio e a violência presentes e ameaçadores à sociedade brasileira, a mostra Silêncios reúne painéis que reproduzem e ampliam o noticiário dos diferentes meios de comunicação e das mídias digitais, mostrando os contornos da onda conservadora que ressurge a cada dia em nossas vidas. A mostra, criada pelo Coletivo Resistência e Arte, é a atração do Sarau Amigos Alice no próximo dia 13 de junho (terça-feira), no Clube de Cultura. Nesta noite, os amigos da ALICE ainda irão comemorar os 60 anos do violonista Nivaldo José, presença constante em todas as edições do sarau.
A exposição reúne 19 painéis, com curadoria e arte de Cristina Pozzobon e pesquisa e argumentação dos integrantes do Coletivo Resistência e Arte, integrado por Cristina Pozzobon, Leila Dalpiaz Mattos, Lucia Jahn, Luiz Cláudio Knierim, Margarete Moraes, Sandra Fagundes e Vera Spolidoro. O objetivo do grupo é despertar a cidadania para os problemas das minorias, dos menos favorecidos e dos ignorados pela sociedade. E, especialmente, busca estimular a que se saia da passividade, do descaso e da cumplicidade do silêncio em relação à intolerância, ao racismo, à misoginia, à violência, ao fundamentalismo e à impunidade.
Grande parceiro nos encontros do Sarau Amigos da Alice, o violonista paulista Nivaldo José é o homenageado desta edição, também comemorativa de seus 60 anos. Radicado há 27 anos em Porto Alegre, é um músico respeitado e admirado por seus colegas. Junto com o violonista Márcio de Souza, professor da UFPEL, realizou um trabalho de resgate da obra de Octavio Dutra (final do século 19), que resultou no Cd Espia Só. É reconhecido por seu vasto conhecimento musical, que transita pelos mais variados gêneros, e tem como hábito surpreender a todos com novidades de repertório. No final do 2016, foi lançado o curta-metragem A Vida Tocando, sobre a sua trajetória musical.
Nesta noite, somados ao talento de Nivaldo José, os músicos Cristiano Hanssen, e Vinícius Corrêa e Claudio Veiga, integrantes do duo de violões Batuque de Cordas, irão fazer a festa musical do sarau. O público ainda terá a sua disposição as obras do Bazar dos Arteiros, produzidas por cartunistas, fotógrafos, artesãos, músicos e escritores, que podem adquiridas no local.
O valor dos ingressos é R$ 12,00. Estudantes estão isentos de pagar. A renda é revertida para projetos sociais desenvolvidos pela ALICE, organização não governamental sem fins lucrativos que desenvolve projetos autogeridos de comunicação, formando leitores críticos e contribuindo para democratizar a informação no Brasil. Entre os trabalhos realizados, destacam-se o jornal Boca de Rua – feito e vendido por moradores de rua de Porto Alegre há 15 anos – e Direito à Memória e à Verdade, que resgata fatos históricos do período da Ditadura Militar.
QUANDO: 13 de junho (terça-feira), 19h30min
O QUE: Sarau Amigos da Alice – “Terça-feira é dia de começar uma pequena revolução”
ONDE: Clube de Cultura (Rua Ramiro Barcelos, 1853 – Bom Fim – fone: 3331.6920)
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