Exposição “Zona de Escuta: Deslocamentos, ocupações, resistências e narrativas” permanece até 20 de julho na Pinacoteca do IA/UFRGS

Foto: Divulgação

Evento: Exposição “Zona de Escuta — Deslocamentos, ocupações, resistências e narrativas”
Curadoria: professora Maria Ivone dos Santos
Visitação: até 20 de julho, de segunda a sexta, das 10h às 18h
Local: Pinacoteca Barão de Santo Ângelo do Instituto de Artes da UFRGS (Rua Senhor dos Passos, 248, 2º andar — Centro Histórico, Porto Alegre)

Ingresso: entrada franca
Informações: equipe da Pinacoteca Barão de Santo Ângelo, telefone 3308-4302, e-mail iapin@ufrgs.br
Imagens: cedidas pelos artistas

Artistas participantes da exposição “Zona de Escuta“: Claudia Zanatta, Daniela Cidade, Laryssa Machada, Luisa Horta, Marcelo Damasceno, Marina de Moraes, Maria Ivone dos Santos e Expedição catástrofe: por uma arqueologia da ignorância, uma proposição de Alexandre Campos, Carolina Fonseca, Filipe Britto, Glayson Arcanjo, Ícaro Lira, Laura Castro, Pablo Lobato, Pedro Britto, Renata Marquez e Yuri Firmeza.

Permanece aberta para visitação até 20 de julho no IA/UFRGS a exposição “Zona de Escuta”, que reúne artistas, arquitetos e urbanistas em torno de uma reflexão sobre deslocamentos, ocupações e remoções de comunidades em Porto Alegre e sobre seus processos de resistência.

As cidades brasileiras experimentam momentos de muita contradições. Movidas pelo desejo do ordenamento, vivem como ruínas. Carregadas de tensões sociais, são marcadas por processos políticos lentos e descontinuados que têm como consequência a precarização dos modos de vida e subsistência dos menos favorecidos. Ocupações e assentamentos urbanos no Brasil trazem em seu núcleo dramas humanos maiores na medida em que envolvem o direito à cidade dos mais desfavorecidos, que ficam excluídos das políticas públicas. Na esteira de remodelações urbanas históricas e sob a pressão ordenadora dos grandes eventos como a Copa de 2014, observa-se em Porto Alegre a desestruturação de famílias e de seus territórios já bastante precários, produzindo-se processos de periferização. Nessas remoções nascem focos de resistência e dramas que fazem surgir vozes e pautas muitas vezes desconsideradas pela narrativa oficial, às quais propomos uma escuta.

A exposição “Zona de Escuta” apresenta imagens críticas que sensibilizam o lugar de fala e se contrapõem à cultura do medo, na medida em que aportam outros regimes de visibilidade e de elaboração de questões urgentes para refletirmos juntos sobre a construção de nosso espaço comum. Assim, documentários em vídeo, fotografias, mapas, publicações, narrativas e performances são desdobramentos de pesquisas trazidas à essa Zona de Escuta, realizadas dentro e fora da Universidade.