Ana Júlia Vilela e Roberta Sant’Anna não se conhecem, mas mesmo assim, em tempos diferentes, desenvolveram poéticas que apontam para um mesmo lugar que não se sabe se ainda existe ou se é apenas uma memória distante. Em ‘A última vez’, se propõe indiciar a existência desta memória como presença de um monumento que ora se impõe como um lugar, ativado pela afetividade, pelo cotidiano e, principalmente, pela criação de memórias coletivas e ora se mostra como sendo um não-lugar, existindo apenas pela função específica que exerce. No caso dos trabalhos tanto de Roberta Sant’Anna quanto de Ana Júlia Vilela, este monumento é expresso pelas construções atemporais das piscinas.
As fotografias de Roberta Sant’Anna operam como um “certificado de presença” dessa memória, atestando incondicionalmente que ela, de alguma forma, existiu. Ao mesmo tempo, a fotografia não é a recordação de um instante, mas de uma forma. É sobre essa forma, que se desgasta pelo próprio processo do recordar, que Ana Júlia Vilela pinta. A fatura modifica a forma, perdendo os detalhes da memória e restando apenas um monumento, como se visto pela última vez.
Serviço:
Abertura: 04 de agosto, sábado – 18 às 22h
Visitação: 06 de agosto a 02 de setembro
Segunda a sexta-feira, das 14h às 18h
Sábados e domingos com hora marcada através do e-mail prego@silvo.co
Endereço: Rua Garibaldi, 1329
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