Amelio Robles, o primeiro transsexual do México, chegou ao posto de coronel nas tropas revoltosas. As Soldaderas (nomes das mulheres que lutavam na revolução) foram queimadas vivas por Pancho Villa. Essas são algumas das personagens que ganham representação na exposição “Adelitas”, de Cinthya Verri, que terá seu vernissage no próximo dia 9 de março, a partir das 16h, no Memorial do RS.
A mostra registra a produção de Cinthya inspirada nas Adelitas (ou Soldaderas), mulheres que tomaram de armas no início do século 20 para lutarem pela Revolução Mexicana (1910).
“Adelitas” faz parte da programação que o Memorial preparou para a Semana da Mulher (detalhes em facebook.com/memorial.do.rs/).
Além de pinturas em pano e em vidro e mosaicos, Cinthya vai expor dezenas de cabeças em tamanho natural, feitas de parafina e areia, criadas a partir de moldes colhidos de mulheres voluntárias, lembrando o sacrifício das 60 Soldaderas queimadas vivas por Pancho Villa.
Também na programação do vernissage, um pocket show em que a artista interpreta clássicos do folclore mexicano do tempo das Adelitas.
Cinthya Verri, 38 anos, é artista visual, médica, dramaturga, escritora e comunicadora. Seja no ateliê, no consultório ou nos meios de comunicação, sua ação é marcada pela contemporaneidade e pela exploração de vieses inéditos.
Em 2017, a Andreus Galeria, em São Paulo, recebeu mosaicos, couros, gravuras e telas de sua exposição “Baby Doll – Toda Mulher pode ser uma boneca”. A inspiração foram os manequins de silicone ultrarrealistas que servem para fins sexuais e a febre entre as adolescentes japonesas de se vestirem e comportarem segundo estereótipos femininos.
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