No sábado, dia 30 de junho, a Casa Baka (Rua da República, 139) convida o público a participar de registro n.2, uma exposição-ativação-desafio baseada em estados de incômodo e liberdades de ação. Mais do que uma exibição de trabalhos que deva receber uma contemplação passiva do público, a mostra convoca a uma reflexão ativa e se estrutura na crença de que abalar estruturas é preciso.
Com curadoria de Charlene Cabral e Diego Groisman, o corpo de registro n.2 formou-se a partir de uma convocatória aberta às/aos artistas a partir do tema não neutro | dívida interna, um desdobramento propositivo elaborado a partir do texto do artista Nuno Ramos, Suspeito que estamos…, publicado na Folha de São Paulo em 2014.
Ao todo, a exposição reúne 24 artistas selecionados através de convocatória aberta e 4 artistas e 1 coletivo especialmente convidados pela curadoria. Trabalhos de artistas de diversas partes do Brasil – fotografia, gif, instalação, objeto, performance, livro de artista, bordado, vídeo, escultura, fotoperformance, vídeoperformance, trabalhos gráficos e ações – integram a mostra.
Artistas participantes: Alexandre De Nadal | Ali do Espirito Santo | Brutas Coletivo* | Caio Mascarello | Dariane Martiól |Élle de Bernardini | Erick Peres |Fabiano Gummo | Fernanda Görski| Francesco D’Avila | Giordano Toldo | Heloisa Medeiros | Henrique Fagundes | Joe Nicolay | Joélson Bugila*| Juliana Gonzalez | Kamyla Belli | Leto William* | Lu Rabello | Luiza Reginatto | Manoela Cavalinho | Martin Heuser | Matheus de Simone | Nathalia Grill | Pablo Paniagua | Ricardo Ayres | Thalles Cabral* |Traplev* |Ursula Jahn
* artistas convidados pelos curadores.
Exposição coletiva registro n.2:
Abertura: 30 de junho de 2018, sábado
Horário da abertura: 15h a 22h
Local: Casa Baka [Rua da República, 139 – Cidade Baixa]
Encerramento: 1 de setembro de 2018
Visitação: segunda a sexta, 14h30 a 21h | sábados, 9h a 12h
[agendamentos gratuitos para visitas mediadas pelo telefone (51) 3226-3052 ou pelo e-mail casabaka.secretaria@gmail.com]
Sobre registro n.2
Toda arte, de um jeito ou de outro, pode ser política. Mas acreditamos que alguns trabalhos oferecem choques, convites a percepções, questionamentos e fagulhas mais contundentes do que outros. Se nosso contexto atual é, por um lado, mais uma coleção de elementos sombrios, historicamente acompanhado de tantos outros tão obscuros ou mais, também é verdade que nossas consciências seguem em movimento, somos diferentes do que os passados foram, e os futuros serão diferentes de nós. Por isso, cremos que abalar estruturas é preciso, do pensamento, do afeto, da percepção, para que nossa dívida interna (que também pode ser interior) vá recebendo contornos de envolvimento.
Para a exposição coletiva registro n.2 | não neutro | dívida interna, nossa proposta às/aos artistas foi que nos ajudassem na formação de um ambiente de forças baseado na desestruturação, uma exposição-ativação-desafio baseada em estados de incômodo e liberdades de ação.
Programação de abertura | 30/6 | sábado:
15h a 22h | Capacho (2018) | instalação de Manoela Cavalinho | calçada da Rua da República – ininterrupto;
15h a 19h | SENTE-SE | proposta curatorial de sala de estar na calçada | conversa aberta entre curadores, artistas participantes da exposição, público, passantes e habitantes da Rua da República | artistas de fora do RS que têm presença confirmada na abertura: Jéssica Luz (Brutas Coletivo, Curitiba), Matheus de Simone (natural do RJ, vive em Juiz de Fora), Pablo Paniagua (natural do RS, vive em Florianópolis)
17h | Fuego Urbano (2018) | ação performativa de Pablo Paniagua e Teresa Siewerdt | calçada da Rua da República
18h30 | 20h30 | Sangue de Mulher (2017) | 24’11” – vídeo de Kamyla Belli | projeção em 2 horários na sala de cima;
19h | Dance with me (2018) | performance de Élle de Bernardini | espaço expositivo
* Haverá bar com cerveja artesanal, quentão e comidas veganas *
** O público está convidado a trazer suas cadeiras de praia para a Sala de Estar **
Curadores de registro n.2
Charlene Cabral (Caxias do Sul, 1981)
Curadora independente, editora, produtora cultural, educadora e fotógrafa. Bacharel em História da Arte pela UFRGS, com estudos em fotografia pela GrisArt Escola Internacional de Fotografía (Barcelona). Criadora da Vendo Luzes Inedições, selo de publicações independentes, e idealizadora da Feira Folhagem de publicações. Como artista, já teve seu trabalho exibido na Espanha, Portugal e Brasil. Em 2018, recebeu o Prêmio Açorianos Incentivo Jovem Curador oferecido pela Secretaria da Cultura da Prefeitura de Porto Alegre/Aliança Francesa/Institut Français. Suas pesquisas se direcionam para os conceitualismos das décadas de 1960 e 1970 e questões de comunicação e imagem na arte contemporânea.
Diego Groisman (Porto Alegre, 1979)
Curador independente, historiador da arte, tradutor e produtor cultural. Dirige o espaço cultural Casa Baka desde 2005, dentro do qual vem desenvolvendo, nos últimos anos, uma programação voltada à arte contemporânea, atuando na organização e curadoria de exposições e outros encontros, tais como oficinas e conversas. Ainda como produtor, colabora na produção de grandes shows de músicos nacionais e internacionais na capital. Em 2017, recebeu o Prêmio Jovem Pesquisador UFRGS na categoria Linguística, Letras e Artes pela pesquisa que vem desenvolvendo sobre as origens da arte abstrata no Rio Grande do Sul.
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