Bazar dos Arteiros oferece presentes que envolvem o futuro
Dias: a partir do dia 8 (quinta-feira) até 18 de dezembro
Local: Sindicato dos Bancários (Rua da Ladeira/General Câmara, nº 424)
Horário: das 10h às 20h
O Bazar dos Arteiros é uma rota de fuga para o consumismo natalino desenfreado, sem abrir mão do delicado gesto de homenagear pessoas queridas. O evento –promovido pela Agência Livre para Informação, Cidadania e Educação (ALICE), no Sindicato dos Bancários, começa nesta quinta-feira (dia 8) e segue até 18 de dezembro, das 10h às 20h –, oferece a possibilidade de presentear com arte, prestigiar artistas locais e contribuir com trabalhos sociais, já que parte das renda será revertido para os projetos da ALICE. Mais do que uma feira de vendas, será um espaço de convivência e circulação de desenhistas, pintores, fotógrafos, escritores, artesãos e músicos, que distribuirão autógrafos e conversarão com os frequentadores. Durante os 11 dias de duração da feira também acontecerão happy hours realizados em parceria com o Casual Gastrobar, que entra em funcionamento no mesmo dia do Bazar.
Autogerido pelos próprios expositores, o Bazar reúne artistas e invencioneiros de várias linguagens e gerações, inclusive estrangeiros. Trabalhos premiados internacionalmente convivem com a produção da gurizada recém-chegada com suas inquietações, questionamentos, materiais inusitados e formas de democratizar o trabalho artístico. No Bazar, são abertos os escaninhos e quebradas as hierarquias de mercado. Os expositores agrupam-se de maneira solidária, tomam decisões e contribuem com os projetos da Ong.
Idealizado pelas jornalistas e artesãs Vera Rotta e Rosina Duarte, o Bazar teve sua primeira edição nos altos do Mercado Público, em 1998, uma época em que iniciativas deste tipo eram raras. Em 2013, foi adotado pela ALICE passando a fazer parte dos Saraus Amigos da Alice, reprisados todos os meses. A organização não governamental existe desde 1999 e trabalha para revelar o que a sociedade não vê, defendendo o direito de todos à comunicação, à cultura e à arte. Nessa linha, desenvolve projetos alternativos e autônomos, envolvendo comunidades ignoradas pela mídia tradicional e negligenciadas pelas políticas públicas. Entre os trabalhos realizados, destacam-se o jornal Boca de Rua – feito e vendido por moradores de rua de Porto Alegre há 16 anos – e Direito à Memória e à Verdade, que resgata fatos históricos do período da Ditadura Militar.
“A valorização dos talentos locais, o incentivo ao consumo consciente num espaço de convivência onde predominam a confiança e a plena vivência da cidadania são os principais diferenciais do grupo. “Os arteiros – por meio do Bazar -oferecem uma alternativa inteligente para quem quer adquirir ou presentear arte de qualidade. Além disso, insere os visitantes num espaço diferenciado ao consumo desenfreado e ao individualismo – marcas da sociedade atual”, resume Vera Rotta, articuladora da iniciativa.