Autismo e Interfaces da Rede é o tema da jornada que acontecerá nos dias 7 e 8 de abril, no IPA – Porto Alegre, com a participação de profissionais e pesquisadores de diversas especialidades voltadas ao cuidado da criança com autismo. Promovido pelo Movimento Psicanálise, Autismo e Saúde Pública (MPASP), o encontro irá debater questões pertinentes ao pensar complexo da clínica, das políticas públicas intersetoriais nos campos da saúde e da educação, bem como das pesquisas médicas nas áreas da genética e neurociências.
As causas do autismo são variadas, múltiplas e a complexidade que as envolve nos faz pensar que não há um autismo, mas autismos no plural. Estas questões levam a construção de uma clínica com a participação de diferentes especialidades que devem, necessariamente, interagir numa única direção, a do sujeito de desejo. Sujeito que circula em diferentes espaços sociais, como a escola, lugar por onde devem passar todas as crianças. Para que haja inclusão da criança com autismo na escola, os trabalhos da clínica e da educação também precisam convergir.
Diante do crescimento do número de crianças diagnosticadas com autismo é preciso debater como as políticas públicas de saúde, educação, justiça e cultura, vão estruturar suas ações de forma integrada para incluir e dar voz a essas crianças e seus familiares no laço social, na vida da cidade. A psicanálise, como disciplina envolvida com a clínica e com a pólis, se coloca na posição de contribuir nesse complexo debate ajudando a formular as ações clínicas interdisciplinares e as costuras entre os diferentes setores envolvidos com o cuidado da infância.
O MPASP reúne hoje profissionais de diferentes áreas da saúde e da educação que, orientados pela ética da Psicanálise, trabalham no campo da saúde mental em instituições clínicas e acadêmicas, nas redes pública e privada, em todo o País. Seu objetivo primordial é qualificar o debate nos campos científico e político, tornando transmissíveis ao público os efeitos da práxis psicanalítica, dando o testemunho do seu saber-fazer. Para isso, organiza jornadas anuais para todos os seus membros e para os profissionais interessados.
Dias: 7 e 8 de abril (sexta e sábado)
Local: IPA – Porto Alegre (Rua Coronel Joaquim Pedro Salgado, 80)
Promoção: Movimento Psicanálise, Autismo e Saúde Pública (MPASP)
Programa:
07 de abril (sexta-feira)
14h – Temas Livres
16h – Curso: Dimensões Inaudíveis do Desenvolvimento? A Voz na Clínica do Autismo – Inês Catão
18h30mim – Articulação da Raps – Ilana Katz, Erika Sottili e Isadora Simões
08 de abril (sábado)
08h – Detecção e intervenção Precoce – Vera Zimmermann, Maribel Melo e Julieta Jerusalinsky.
10h – Discussão entre Genética, Neurociências e Psicanálise – Alfredo Jerusalinsky,
Salmo Raskin e Denize Bomfim
13h – Diagnóstico e intervenção na Clínica do Autismo – Claudia Mascarenhas,
Nilson Sibemberg e Mariangela Mendes de Almeida
15h – Articulação entre saúde e educação – Wagner Ranña, Amanda da Costa e
Elaine Milmann
Apoios: Associação Psicanalítica de Porto Alegre (APPOA) e Instituto APPOA, Associação Psicanalítica Sigmund Freud – SIG, Centro Lydia Coriat, Fundação de Atendimento de Deficiência Múltipla (Fadem), IPA – Porto Alegre e Projeto – Associação Científica de Psicanálise.
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