Nesta quarta-feira (6), Assembleia Legislativa realizou a entrega do Prêmio Pioneiras da Ecologia 2017

Da Redação

Na manhã desta quarta-feira (6), na Assembleia Legislativa do RS, ocorreu a entrega do Prêmio Pioneiras da Ecologia 2017, Troféu Giselda Castro, Hilda Zimmerman e Magda Renner.

Os agraciados foram seis:

1. CATEGORIA INDIVIDUAL

1.1 – RURAL:
Renilde Cembrani Raminelli

1.2 – ATIVISMO POLÍTICO: 
Anabela Silveira de Oliveira Deble

1.3 – PROFISSIONAL:
Marta Lopes Tocchetto

2 – CATEGORIA INSTITUCIONAL

2.1 – ORGANIZAÇÃO SOCIOAMBIENTAL OU SOCIOECONÔMICA:
Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia (CAPA/Pelotas)

2.2 – GERAÇÃO E ACESSO AO CONHECIMENTO:
Fundação Universidade de Passo Fundo – Centro de Ciências e Tecnologias Ambientais – CCTAM/UPF

2.3 – CADEIA PRODUTIVA: 
Associação Regional de Produtores Agroecologistas da Região Sul / ARPA – Sul

Renilde Cembrani Raminelli é uma ativista da agroecologia. Sua propriedade familiar de 13 hectares na Linha Seis em Ibarama, produz mais de 150 espécies crioulas entre milho, trigo, hortaliças e frutas. Renilde diz que é uma vida dura, mas divertida”. São uma família integrada às atividades coloniais de Ibarama, assim como às inúmeras atividades relacionadas à agricultura da Região. É referência em pesquisa e cultivo de espécies crioulas, agroecológicas, técnicas de permacultura e produção de alimentos através de mandalas pela Emater-Ascar, Embrapa e UFSM.

Anabela Silveira de Oliveira Deble afirmou que o prêmio pode ter-lhe sido dado pelo ativismo político individual, mas que, na verdade, trata-se de um ativismo coletivo, tanto que chamou diversos de seus companheiros no momento da premiação. Anabela exerce a função de Professora na URCAMP – Universidade da Região da Campanha. Natural de Dom Pedrito é bióloga com Ph.D. em Geografia pela UFSM. Costuma atuar em conjunto  com a Associação pela Preservação do Rio Camaquã na preservação e Sustentabilidade do Bioma Pampa. Suas pesquisas envolvem o inventário de áreas naturais na Bacia do Rio Santa Maria, avaliação e germinação de espécies arbóreas nativas na bacia hidrográfica do Rio Santa Maria, biomonitoramento do ar na Região da Campanha, etc.

Marta Lopes Tocchetto é uma Química Industrial pela UFSM que trabalha na sustentabilidade de projetos. Ao receber o prêmio acompanhada pela neta, Marta disse que a luta em prol do meio ambiente e da sua melhoria é também a luta pela redução das desigualdades. Também afirmou que o momento do lucro a qualquer preço tem de dar lugar à conservação, ou seja, ao reconhecimento de que o meio ambiente é esgotável e finito. É dentro deste contexto que se dá sua atuação. Foi neste contexto que se inicia a trajetória da indicada na área ambiental.

O Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia (CAPA/Pelotas) é uma instituição de 40 anos que busca auxiliar agricultoras e agricultores familiares a permanecerem no campo com qualidade de vida, autonomia e sustentabilidade. Através da assessoria técnica na produção de alimentos, no resgate histórico-cultural, na inserção das agricultoras e dos agricultores nas discussões de políticas públicas, procura também, por meio do modelo de produção agroecológico, assegurar vida mais digna aos e agricultores, além de oferecer alimentos mais saudáveis para consumidores, com respeito ao meio ambiente e também a toda a diversidade biológica. A coordenadora Rita Surita falou da alegria e receber o prêmio assim como da preocupação: “a gente cuida do que a conhece, mas há todo contexto político que visa prejudicar quem trabalha ecologicamente”.

A Fundação Universidade de Passo Fundo – Centro de Ciências e Tecnologias Ambientais –(CCTAM/UPF), criado em 1998, é um dos centros da UPF que desenvolve atividades de extensão e pesquisa nas áreas de ciência e tecnologia ambientais, possibilita acesso e geração de conhecimento para comunidade, acadêmicos, funcionários e professores de Passo Fundo e região de abrangência da UPF. O CCTAM constitui-se por um programa de extensão denominado Comunidades Sustentáveis, com diversos projetos na área da educação para um meio ambiente saudável, biodiversidade e práticas de sensibilização  e conscientização ambiental de comunidades. Bernadete Maria Dalmolin, vice-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários, salientou o “prêmio diferenciado” recebido pela instituição” e que as universidades costumam ser centros conservadores, o que não acontece no CCTAM/UPF.

A Associação Regional de Produtores Agroecologistas da Região Sul / ARPA – Sul é uma organização de 23 famílias de agricultores dos municípios de Pelotas, Canguçu, Arroio do Padre, Turuçu e Morro Redondo que se dedicam à produção agroecológica de hortaliças, frutas, grãos, panificados para venda direta aos consumidores em Feiras livres. A Feira Agroecológica da ARPASUL foi criada pela em 1995, sendo a primeira feira agroecológica da região de Pelotas. A Feira acontece semanalmente, em três pontos distintos na cidade de Pelotas/RS e no município de Canguçu. A Feira Agroecológica da ARPASUL oferece grande variedade de frutas, verduras, legumes e cereais produzidos pelos agricultores da região, além de outros produtos da agricultura familiar de base ecológica. A Associação também divulga cursos e eventos de agricultura familiar na região.