‘Taego Ãwa’ entra em cartaz no CineBancários
Dirigido pelos irmãos cineastas Henrique e Marcela Borela, Taego Ãwa estreia no CineBancários dia 11 de maio, pela Sessão Vitrine Petrobras. O documentário rompe uma paralisia de duas décadas de obras audiovisuais goianas sem distribuição, misturando registros recentes a imagens antigas dos índios Ãwa. O filme fica em cartaz nas sessões das 17h.
Através de cinco fitas VHS com registros dos índios Ãwa, mais conhecidos como Avá-Canoeiros do Araguaia, achadas numa faculdade, que os irmãos deram início ao projeto. A partir daí, encontraram outros materiais e foram em busca daquele povo, investigando a fundo a origem e a trajetória dos Ãwa até aqui, inclusive o passado de enfrentamento com os brancos, o histórico de reclusão, a luta por demarcação de território e pela restituição das terras.
Marcela Borela conta que apesar de terem feito o filme ao longo de 12 anos em busca de imagens de arquivo, a motivação das filmagens só poderia surgir em parceria com os Ãwa. “Nossa primeira intuição foi a de não filmá-los, mas sim mostrar à eles o conjunto de informações e conteúdos que vínhamos juntando sobre suas histórias. Queríamos que o filme partisse do gesto de devolver aos Ãwa aquelas imagens de arquivo que narravam 40 anos de seu desterro e cativeiro, em busca de justiça. Aquelas pessoas tinham sido filmadas demais e fotografadas demais, numa redoma de um discurso de extinção, invisibilidade e animalidade que nos chocava. De certa maneira, carregávamos uma revolta. Descobrimos que eles estavam reivindicando Taego Ãwa, a terra tradicional, depois de 40 anos de silêncio. Foi nessa primeira visita à Ilha em 2011. Ali propusemos o filme, mas eles estavam desconfiados. Estavam sofrendo retaliações por estarem encorajados em voltar à terra.”
O irmão, Henrique Borela, completa: “Seis meses depois da nossa primeira visita, os Ãwa entraram em contato conosco e disseram que eles queriam que o filme fosse feito. Aí nós fomos novamente à Canoanã, na Ilha do Bananal, em 2012, quando tratamos do filme e de como ele seria. Decidimos ali que seria sobre a terra, que se chamaria Taego.”
E por fim, Marcela retoma: “No Taego Ãwa a gente filma junto, nós e nossa equipe com a família Ãwa do Araguaia (Tutawa, seus filhos, netos, bisnetos). Somos dois irmãos, uma família, filmando outra família. Acho que esses laços ficam potencializados nesse trabalho. Decidimos coisas entre nós, como diretores e roteiristas, decidimos coisas com nossa equipe, mas sempre vibrando mais relação com a família Ãwa, bastante liderados pelos netos de Tutawa, jovens da nossa idade.”
Taego Ãwa é uma produção da Barroca e F64 filmes em parceria com a Associação do Povo Ãwa – APÃWA, da Cinemateca Brasileira, do NPD-GO – Núcleo de Produção Digital de Goiás, do Instituto Federal de Goiás – Câmpus Cidade de Goiás, da Ideia Produções e da Balaio Produções, tendo como produtora associada Luana Otto. O filme foi viabilizado através do Edital Longa.doc 2013, Edital de Fomento ao Documentário Brasileiro, da SAv/Minc e recebeu também patrocínio da SPcine – linha 3, para sua distribuição.
*Nossa sala agora é parceira do Sessao Vitrine Petrobras em Porto Alegre, destinando permanentemente sua sessão diária das 17h a um lançamento nacional que ficará em cartaz por duas semanas. O Sessão Vitrine Petrobras é um projeto de distribuição coletiva da Vitrine Filmes, que tem como objetivo levar ao público um cinema de qualidade, original, que retrata a cultura do país e que se destaca nos principais festivais brasileiros e internacionais. Mais de vinte cidades brasileiras fazem parte do projeto, fortalecendo assim o circuito alternativo nacional, ao mesmo tempo em que investe na formação de novas plateias.
Os ingressos podem ser adquiridos no local ou no site ingressos.com a R$10,00. Estudantes, idosos, pessoas com deficiência, bancários sindicalizados e jornalistas sindicalizados pagam R$5,00. Aceitamos os cartões Banricompras, Visa e Mastercard.
SINOPSE
Cinco fitas VHS encontradas no armário de uma faculdade disparam o desejo desse filme. Anos depois, munidos de mais registros, vamos ao encontro dos Ãwa na Ilha do Bananal. Levamos conosco a memória do desterro ao qual foi exposto o povo Tupi que mais resistiu à colonização no Brasil Central. As imagens foram vistas, sentidas e mais imagens surgiram desse encontro em meio à luta por Taego Ãwa.
GRADE DE HORÁRIOS
11 de maio (quinta-feira)
15h – Crônica da Demolição, de Eduardo Ades
17h – Sessão Vitrine: Taego Ãwa, de Henrique e Marcela Borela
19h – Crônica da Demolição, de Eduardo Ades
12 de maio (sexta-feira)
15h – Crônica da Demolição, de Eduardo Ades
17h – Sessão Vitrine: Taego Ãwa, de Henrique e Marcela Borela
19h – Crônica da Demolição, de Eduardo Ades
13 de maio (sábado)
15h – Crônica da Demolição, de Eduardo Ades
17h – Sessão Vitrine: Taego Ãwa, de Henrique e Marcela Borela
19h – Crônica da Demolição, de Eduardo Ades
14 de maio (domingo)
15h – Crônica da Demolição, de Eduardo Ades
17h – Sessão Vitrine: Taego Ãwa, de Henrique e Marcela Borela
19h – Crônica da Demolição, de Eduardo Ades
16 de maio (terça-feira)
15h – Crônica da Demolição, de Eduardo Ades
17h – Sessão Vitrine: Taego Ãwa, de Henrique e Marcela Borela
19h – Crônica da Demolição, de Eduardo Ades
17 de maio (quarta-feira)
15h – Crônica da Demolição, de Eduardo Ades
17h – Sessão Vitrine: Taego Ãwa, de Henrique e Marcela Borela
19h – Crônica da Demolição, de Eduardo Ades